009 ━━━ PUPETT

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"bom, você fala demais, meu anjinho por que você chora?"

        UMA TEMPESTADE acontecia na cidade, com direito à raios e trovões muito barulhentos

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        UMA TEMPESTADE acontecia na cidade, com direito à raios e trovões muito barulhentos. Já eram perto das duas da manhã, e como no dia anterior, a noite estava tranquila. Ninguém tentou entrar nem nada, e as câmeras aparentavam estar sob controle. A sala estava silenciosa, e Mike não aguentou e deitou sua cabeça em cima dos braços, sentindo muito sono. Diferente de Emmanuelle, que hoje não sentia um pingo de sono.

— Qualquer coisa me chama, tá? — avisou o moreno, e a amiga apenas resmungou um "uhum".

Os dois não se falaram direito desde a manhã. Claro, eles não estavam se ignorando totalmente, ainda conversavam sobre trabalho e sobre as coisas, mas em nenhum momento comentaram sobre o que quase tinha acontecido. A real é que eles estavam sendo orgulhosos, não queriam dizer o que realmente sentem.

Emmanuelle Emily se sentia muito entediada, e decide se levantar de seu acento e caminhar um pouco pela Fazbear, afim de esparecer um pouco sua mente. Ela passava pelos corredores longos e vazios do local, notando aquela escuridão toda e se lembrando como era o lugar nos anos 80. Era tão animado, tão colorido e alegre. Hoje em dia está assombrado isso sim.

Quando chegou no salão principal da pizzaria, a morena pegou uma cadeira que estava um pouco afastada e a levou até o centro, em frente ao palco onde os animatronics cantavam. Naquele momento sua cabeça se encheu de memórias. Memórias boas. Seus pais ao seu lado, e sua irmãzinha correndo e brincando animada. Ela imaginava como seria se eles ainda estivessem com ela, será que seria tão diferente? Temos certeza. Ela seria uma pessoa mais feliz como era quando criança. Seu brilho só foi sumindo de acordo com o seu crescimento, longe de qualquer familiar de sangue.

Emmanuelle nunca conheceu nenhum de seus avós, ou tios e primos. Seus pais falaram uma vez que tinham se conhecido em um orfanato, por isso não conheceram o restante da família. Mas na época eles nem precisavam conhecer, já eram uma família perfeita, mas em um 'toque de mágica' tudo mudou.

Tomada a tantos pensamentos, Emma nem percebeu que tinha uma presença a acompanhando. Ela sente, e se vira para trás se deparando com algo que a chocou. Era pupett, a animatronic que seu pai tinha criado na época para estar sempre ao lado de Charlotte, protegendo-a. O animatronic estava completamente imóvel à frente da morena, e ela nem se preocupou em saber como pupett tinha chegado sem fazer tantos bagulhos, Emma estava mais surpresa que tudo.

— Pupett. Sou eu, a Emmanuelle. — disse baixo, sentindo uma lágrima escorrer por seus olhos. O animatronic não demostrou nenhuma expressão, apenas ficou parado a olhando. Seus olhos eram iluminados com um pontinho branco, e Emma não parava de olhar-os. — Você sabe o que aconteceu com minha irmã? Por favor, me diz o que aconteceu com Charlotte.

Ela perguntou como se o animatronic fosse responder, mas como sabemos, foi em vão. O que ela não esperava é que sua  irmã está mais próxima dela do que imaginávamos, no entanto não é do jeito que queríamos. Logo, a pequena luz que iluminava o local é totalmente apagada. Porém em um rápido segundo são acessas novamente, mas Pupett não estava mais no campo de visão de Emmanuelle.

Um tempo antes... Mike se prendeu em um outro sonho com seu irmão. Ele não tinha tomado medicamento nem nada, mas quando dormiu foi levado ao dia do sequestro do mais novo. Ele gritava para algumas criancinhas perguntando o que tinha acontecido com Garrett, e os pequenos correram dele e o Schmidt correu atrás de um mas foi surpreendido com um corte em sua mão feito por um garotinho que tinha feito um gancho em mãos. Com o susto, ele acabou acordando pra realidade, e notou o mesmo corte ainda. Não deu nem tempo para cuidar do corte, logo as luzes começaram a piscar e o rádio fazer um barulho de música. Mike se levantou de sua cadeira e correu até o interruptor onde apagou a luz e acendeu rapidamente, notando, nesse tempo, que Emmanuelle não se encontrava na sala. Naquele momento, ele ignorou seu machucado e começou a procurar a amiga pela pizzaria, chamando-a mas não obtendo nenhum resultado. Ela não respondia.

— Emmanuelle! — gritava mais alto que o normal, já nervoso. Quando chegou no salão principal viu a garota sentada no chão chorando. Imediatamente ele se assustou, e correu até ela.

— Era a pupett, eu vi ela! Cadê, cadê... Vem cá. Eu juro, Mike, eu vi ela. — disse, totalmente eufórica e assustada. Desde o desaparecimento de sua irmã, ela nunca mais tinha visto o animatronic.

— Pupett? — perguntou, se abaixando no chão e por instinto a abraçando rapidamente, e em seguida ficando ao seu lado. — O que você está falando?

— A animatronic que meu pai criou para Charlotte. — disse, dando pausas em sua fala à medida em que soluços surgiram. — Ela estava aqui, na minha frente, mas quando a luz se apagou, ela sumiu.

— Ah, fui eu quem apagou o registro. — comentou, e Emma o olhou, percebendo que algo havia acontecido com o amigo por conta do sangue que estava em suas mãos.

— Mike... Você está sangrando. — falou, surpresa, pegando cuidadosamente na mão dele, vendo um corte não tão profundo mas que sangrava bastante. — O que aconteceu?

Os dois foram atrapalhados quando um barulho que aparentava ser a campainha toca, eles se entre olham e correm até a sala de segurança vendo na câmera um carro de polícia. Não tendo opções, já que era a polícia, ambos vão até a porta e abre a mesma, sendo surpreendidos por Vanessa Monroe, a ex namorada de Mike Schmidt, que os cumprimentou com um sorriso orelha a orelha. Mike ficou um pouco sem graça com a presença dela, e Emmanuelle suspirou olhando para a loira que lançava um olhar bastante tentador ao amigo. Ali o pequeno ciúmes apitou.

 Ali o pequeno ciúmes apitou

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No próximo capítulo:

O que deu nela? — perguntou Vanessa, vendo como Emmanuelle tinha saído eufórica daquela sala.

• ciúmes garota? Sim, ela vai sentir ciúmes!!! Que lindos. Lembrando que logo Emma e Vanessa vão virar boas amigas.

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