Capítulo 50

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Jisoo

Na era pré-Jennie, eu não achava sexo algo extraordinário como a maioria das pessoas consideram, eu achava no máximo "legalzinho" e confesso que tinha até um pouco de preguiça porque achava muito trabalhoso todas as atividades que envolviam o sexo, não parecia valer a pena todo o esforço que eu fazia, mas agora, na era pós-Jennie, eu consigo entender o porquê de as pessoas gostarem tanto a ponto de até serem viciadas.

Porque transar com a pessoa que estou verdadeiramente apaixonada foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida e eu tenho certeza que nunca mais vou largar Jennie Kim.

Soojoo tinha razão. Jennie tinha muita energia para extravasar e parece ainda ter muita energia, mas nunca vou reclamar sobre isso porque as coisas com Jennie só melhoram a cada dia que se passa.

Talvez eu devesse agradecer a Deus e a Buda por essa conquista.

- Chu? – ouço ela dizer quando estou perdida em pensamentos e conclusões sobre o quanto a vida é boa depois de ter admirado esse templo fenomenal que Jennie chama de seu corpo.

- Sim? – respondo no automático enquanto tento fazer meus pensamentos voltarem para a realidade. Estamos deitadas, de conchinha, e Jennie parece estar quase dormindo enquanto distribuo beijos rápidos em seu ombro e nuca.

- Nós voltamos oficialmente, né? – pisco algumas vezes até entender o que ela me perguntou.

- Sim. – me aconchego mais nela e dou outro beijo rápido em seu ombro.

- Ok. – ouço ela dizer e fecho os olhos em seguida, caindo no sono rapidamente.

Quando acordo, na manhã seguinte, fico pensando em tudo que aconteceu e dou um sorriso ao me lembrar. Pego o celular para gravar a data de que Jennie e eu voltamos a namorar e crio um lembrete para os próximos meses e anos.

Sim, essa mulher nunca mais vai se livrar de mim. Pode até ser loucura, mas eu não consigo me imaginar um único dia sem dividir a vida com ela.

Minha barriga dá sinal de vida e me viro para Jennie, que ainda está dormindo. Fico observando os detalhes do rosto perfeito dela e solto um suspiro pesado. Eu realmente amo essa mulher e tenho certeza absoluta disso.

- Amor... Jennie, acorda, vamos tomar café. – digo baixinho e a cutuco, mas já aprendi que minha namorada odeia ser acordada porque ela sempre rosna baixinho parecendo uma pinscher quando eu tento acorda-la para tomarmos café da manhã. – Amor, vamos, eu tô com fome, vamos comer. – falo um pouco mais alto e fico observando Jennie resmungar algo que não consigo entender até que ela se mexe um pouco e abre os olhos devagar. – Preciso que minha namorada se alimente bem.

- Bom dia. – ela diz baixinho e boceja, se alongando.

- Bom dia, amor. – acabo sorrindo com a visão e Jennie pisca algumas vezes, me encarando com a sobrancelha arqueada. – O que foi? – franzo as sobrancelhas em confusão.

- Ah. – é a única coisa que ela diz e continua me encarando.

- O que?

- Minha ficha está caindo. – ela diz e desvia o olhar.

- Que ficha?

- Que a gente realmente voltou. – não consigo conter a risada ao ouvi-la. – Agora que a ficha tá caindo que a gente realmente voltou.

- Eu não acredito. – digo entre as risadas – Foi você que disse que voltamos.

- E você concordou! – ela diz e faz beicinho.

- Vou te zoar pra sempre. – digo depois de conseguir me acalmar – Tá ouvindo esse barulho? É a ficha caindo. – tento segurar a risada e Jennie me encara com um olhar nada amistoso.

- Você é chata. – ela cruza os braços e continua fazendo beicinho.

- E SUA!!! PRA SEMPRE! – me jogo em cima dela, a enchendo de beijos e fazendo cócegas na barriga dela a fazendo rir.

- Estou um pouco triste. – ela diz depois de alguns minutos.

- Por que? Eu fiz alguma coisa? – franzo as sobrancelhas e apoio as mãos ao lado da cabeça dela, a encarando.

- Não, é que amanhã você já vai embora. – ela faz beicinho e solto um suspiro.

- Eu também não queria ir. – deslizo meu polegar na bochecha dela e acaricio devagar, fazendo Jennie fechar os olhos e aproveitar o carinho – Não queria ir nunca mais.

- Agora que voltamos... como vamos fazer? – ela diz baixinho antes de abrir os olhos e voltar a me encarar.

- Não sei... podemos ver datas e feriados para marcar as viagens. – sorrio e Jennie sorri também.

- Nós deveríamos ir devagar, certo?

- Sim, mas eu já fiquei um ano longe de você, não sei se consigo ir devagar... – digo com sinceridade – Mas posso tentar, se você quiser.

- As pessoas dizem que...

- Jen, por que não ignoramos as pessoas e seguimos nosso ritmo? – ela fica em silêncio, me encarando – Não me importo com os outros, só quero que a gente tenha nosso ritmo e se sinta confortável com ele, desde que você não fique incomodada, não dou a mínima para o que ninguém pensa.

- Você tem razão, acho que é uma boa ideia. – Jennie diz depois de alguns minutos pensativa – Podíamos passar a virada do ano juntas, faltam poucos meses.

- ÓTIMO! – distribuo beijos rápidos em seu rosto, a fazendo rir.

- Eu poderia viajar para ver você. – ela diz baixinho – Vou passar o natal com minha família e posso ir ver você depois.

- Eu acho ótimo, já vou ver o que podemos fazer para nos divertir, sair, te levar para conhecer minha cidade. – sorrio largamente – Agora vou ficar ansiosa para o ano novo.

- Eu só espero não morrer de saudade. – ela diz e fico pensando nas palavras dela.

- Podemos nos ligar para tentar não sentir tanta saudade. – mordo meu lábio inferior enquanto rezo para ela não repudiar a ideia.

- Por chamada de vídeo? – ela dá um meio sorriso e eu solto um suspiro aliviado.

- De qualquer jeito, mas eu adoraria ver esse seu rostinho com frequência, mesmo que seja assim. – deslizo os dedos na bochecha dela que revira os olhos.

- Vamos ajustar nossas rotinas então para ter um horário fixo, ok? – Jennie diz.

- Você não vai enjoar de mim se a gente se ligar todo dia? – franzo as sobrancelhas. Não quero que Jennie fique saturada e se canse.

- Eu nunca vou me enjoar de você, Jisoo. – ela sorri largamente antes de me beijar. 

Predestinada - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora