XXI

328 22 20
                                    

Andei um pouquinho e entrei em algumas lojas, mas não comprei nada. Enquanto estava caminhando, ouvi um barulho vindo das árvores, então olhei para cima e vi um corvo no galho. Ele estava me observando, então comecei a achar estranho.

Sn- Oi, amiguinho... – Subi na árvore para tentar ficar ao lado do corvo, e por incrível que pareça, ele não saiu voando. – O que foi? Por que está me observando?... -–Olhei nos olhos dele e então senti algo como... Não sei... Nostalgia, talvez? Apenas não consegui identificar o sentimento, mas não consegui tirar meus olhos do dele. – ... Você me lembra um alguém... Itachi?... É você?

...

Sn- Que tolice a minha em tentar conversar com um corvo... Só posso estar ficando maluca!

???- É, está mesmo.

Me assustei e quase caí da árvore. Olhei assustada para corvo e muito confusa.

Sn- Foi você? – O corvo saiu voando.

???- É louca mesmo! – Me virei para direção de onde vinha a voz e então olhei para o lado. Era um garoto loiro e de olhos azuis bem claros.

Sn- Quem é você?!

???- Eu que te pergunto! Nunca te vi por aqui.

Sn- Eu sou... Por que eu deveria dizer quem eu sou?

???- Se você não me disser quem você é, então eu também não preciso te dizer quem eu sou.

Sn-... Meu nome é Sn.

???- O meu é Deidara.

Sn- Prazer... Então? Você é daqui?

Deidara- Na verdade eu sou da vila principal, de Iwagakure.

Sn- E o que cê tá fazendo aqui?

Deidara- O que você tá fazendo aqui?

Sn- Ok, não me importa o que você tá fazendo aqui.

Deidara- Ótimo... Por que tava conversando com um corvo?

Sn- Meus familiares são meio doidos, eu puxei isso deles.

Deidara- Ah... Você é de Konoha... – Ele falou enquanto apontava para minha bandana que ficava em meu braço.

Sn- É... De que clã você é?

Deidara- Vai me falar o seu?

Sn- Ok, não importa.

Deidara- Ok.

Deidara desceu da árvore e olhou para mim.

Deidara- Vem.

Desci da árvore e fiquei ao lado dele.

Deidara- Vai ficar aqui por quanto tempo?

Sn- Não sei, provavelmente vou embora amanhã.

Deidara-... Quantos anos você tem, Sn?

Sn- 17, e você?

Deidara- 16.

Sn- Mesmo?

Deidara-... Ok, tenho 15!

Sn- Kk... Você me lembrou uma pessoa.

Deidara- Foi o menino do corvo?

Sn- Não, foi o irmão dele.

Deidara- Ah... Com quem você veio?

Sn- Meu tio, quer dizer, meu padrinho.

Deidara- Padrinho... Entendi.

Sn- E você? Veio com alguém?

Deidara- Não, vim sozinho, mas vou me encontrar com alguns amigos amanhã. Eles vão vir me buscar.

Sn- E pra onde vocês vão?

Deidara-... Digamos que é pra um tipo de... Cerimônia de admissão.

Sn- Cerimônia de admissão? Mas pra que?

Deidara- Vão me aceitar no grupo deles.

Sn- É como se fosse uma banda?

Deidara- Não! É bem mais legal que uma banda!.

Sn- Então tá.

Deidara- Bem, eu tenho que ir, então tchau, Sn. Até amanhã?

Sn- Hmm... Talvez, Deidara! Tchau!

Deidara- Tchau!

Ele se virou e foi caminhando para o caminho oposto ao meu.

Sn- Deidara!

Ele parou de andar e então se virou.

Deidara- Sim?

Sn-... Ainda vamos nos ver?

Deidara-... Talvez, espero que sim... Espero que nos vejamos em breve.

Sn-...

Deidara- Até, Sn.

Sn-... Até, Tsukuri.

Ele parou de andar e então arregalou os olhos.

Deidara- Como você?...

Sn- Boca nas mãos não é algo comum, só pra você saber.

Ele sorriu e caminhou até mim.

Deidara- Aqui, pra você – Ele pegou uma pedra que carregava no bolso e me entregou.

Sn- Por que tá me dando uma pedra?

Deidara- Carregue isso até nos vermos novamente.

Sn- E por que você carrega ela por aí?

Deidara-... Faz parte da cultura do meu povo, digamos assim.

Sn- Ah... Bem, nesse caso... – Peguei um pingente que carregava comigo e o entreguei. Ele tinha forma de leque. – Ganhei isso no meu primeiro encontro... Carregue ele até nos encontramos novamente.

Deidara sorriu e pegou o pingente.

Nos viramos e caminhamos cada um para nosso destino, sem olhar para trás.

Quando cheguei no quarto, vi meu tio sentado na cadeira escrevendo uma carta.

Tobirama- Como foi?

Sn- Tranquilo... Está escrevendo pro Hashirama?

Tobirama- Sim.

Sn- Tio, como é ter um irmão?

Tobirama- Você tinha me dito que você e Itachi eram como irmãos, deve saber, não é?

Sn- Bem... Agora já não tenho tanta certeza se éramos como irmãos.

Tobirama- Hum...

Sn- Ainda vamos passar muito tempo viajando não é?

Tobirama- Sim... Já se passaram quase três anos e ainda não temos nada.

Sn-...

Tobirama- Quer voltar pra casa?

Sn- Sinto saudades, mas... Não vou te deixar.

Tobirama- Por isso que digo você é diferente! Você não é como os outros Uchiha imundos.

Sn- Tio!

Tobirama- Só é a verdade.

Revirei os olhos e então fui até ele.

Sn- Vou dormir, boa noite – Dei um beijo em sua bochecha e coloquei minha mão no ombro do mesmo, e ele colocou a mão dele por cima da minha.

Tobirama- Boa noite, Anjo.

Sn-... Tio.

Tobirama- Oi?

Sn- Posso te fazer uma pergunta? Além dessa, claro.

Tobirama- Fala.

Continua?

Your Past Condemns Me ~ Filha Do Madara Uchiha Onde histórias criam vida. Descubra agora