LXXI

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Depois de algumas horas os trovões continuaram, mas o que realmente me assustou foi ouvir gritos do Madara vindo de outro cômodo. Corri até lá e vi Madara deitado na cama suando frio enquanto se contraia na cama.

Ariel- Ma-madara? – Corri até ele e vi que ele estava tremendo. Quando o toquei, vi sua pele fria como gelo, então tomei um susto. – Madara! – Fiquei preocupada e tentei acalmar ele. Depois de um tempo ele estabilizou e parou de chorar.

Madara-... Arigato, Ari...

Ariel-... De nada...

Madara- Volte para seu quarto.

Ariel- Mas-

Madara- Eu vou ficar bem!... Vá logo.

Só então notei que ele estava sem camisa, então corei um pouco e desviei o olhar.

Ariel-... Tá.

Me levantei e então fui para meu quarto, onde fiquei encolhida tentando dormir.

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Tobirama foi acordar Ariel quando percebeu que ela ainda não tinha feito sua zuada matinal como de costume. Ao entrar no quarto, ele percebeu que ela não estava lá, então verificou no closet, banheiro, e mesmo assim não a encontrou. Seu corpo começou a tremer e a preocupação veio a tona. Ele saiu pela vila em busca de sua querida amada, mas não a via em lugar algum. Tobirama pediu ajuda dos guardas e de seu irmão, mas foi tudo falho. Eles não encontraram Ariel, ela havia sumido.

Não ser capaz de encontrá-la o deixou louco, fazendo-o perder sua sanidade mental.

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Acordei pela manhã e fiz minhas higienes pessoais, e depois desci para o andar de baixo para tomar café. Assim como ontem, vi Madara sentando na ponta da mesa de frente para mim. E assim como fiz ontem, me sentei na cadeira mais distante dele.

Madara- Até quando vai continuar com isso?

Ariel- Até quando vai me deixar presa?

Madara-... Hum... Até quando me der na telha!... Bom dia.

Ariel- Hum.

Revirei os olhos e o olhei irritada. Ele se levantou e se sentou ao meu lado, então começou a comer.

Ariel-... Ei, Madara... O que foi aquilo ontem à noite?

Madara-... Paralisia do sono... Tenho isso desde que perdi meus irmãos.

Ariel-... Izuna é um de seus irmãos, não é?

Madara- Sim.

Ariel-... Não acha que ele sente sua falta?...

Madara-... Não importa... Farei o melhor e me vingarei de todos, então depois poderei passar o tempo que quiser com ele.

Ariel-... É egoísmo da sua parte pensar assim! – Falei enquanto me levantava com raiva e batia as mãos na mesa. Madara não falou nada, nem me olhou nos olhos. – Sabe? Talvez o Tobirama tenha razão! Talvez você seja sim um demônio maníaco e egoísta. – Ele não falou nada, apenas se levantou e me olhou até a alma com seus olhos vermelhos, então me encolhi.

Madara- Não ouse defender o Senju que tirou a vida dos meus irmãos. – Ele me colocou sentada na cadeira, apertou meus pulsos e me olhou irritado. – Ponha-se no seu lugar, Ariel.

Fiquei calada e olhei para o chão, então senti Madara indo embora do local.

...

Ariel-... Chato.

Subi para o andar de cima e me tranquei no quarto. Fiquei encolhida na cama e então comecei a chorar. Por que aquilo estava acontecendo comigo? Era pra ser tudo fácil e rápido!... Agora parece que já se passou uma eternidade.

Depois de alguns minutos, ouvi batidas na porta, então o expulsei.

Ariel- Vá embora seu arrogante, mal amado! – Falei chorando e ele entrou no quarto e se sentou na ponta da cama.

Madara-... Tem razão, sou um arrogante, mal amado!... Me perdoe?

Ariel-... Aaah! Tem sorte de eu não conseguir guarda rancor, seu ridículo!

Ele sorriu e pegou em minha mão, então viu as marcas que havia deixado. Ele pegou um creme que trouxe com ele, e começou a passar na região marcada.

Ariel-... Vai queimar minha pele agora?

Madara- Nunca faria isso.

Ariel- É, e aposto que há horas atrás você também diria que não me machucaria.

Madara aperta o punho, mas depois o solta e continua massageando meu pulso.

Madara- Ariel, me perdoe... Eu sei que não tem desculpas para o que eu fiz, mas quero que saiba que foi um ato horrível de que eu me arrependo amargamente, e eu te prometo que eu nunca mais levantarei nem se quer um dedo pra você.

Ariel-... Você fala como se fosse grande coisa, mas isso é o mínimo, Madara.

Madara- Sim, tem razão... Mas lhe digo isso apenas para lhe garantir que não acontecerá novamente, para que fique tranquila e pare de chorar.

Ariel-... Chato. – Ele sorriu e acariciou minha mão, a beijou e eu corei. –... Continua chato. – Ele sorriu e se levantou para ir embora. – Madara.

Madara- Sim?

Ariel-... Está perdoado.

Ele sorriu e então saiu do quarto, e eu voltei para a solidão novamente. Decidi trocar de roupa, coloquei uma mais leve e folgada, então me deitei na cama e me aconcheguei nos lençóis.

Continua?

Your Past Condemns Me ~ Filha Do Madara Uchiha Onde histórias criam vida. Descubra agora