xxiii. trying to survive

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A morte era algo que eu sempre desejei, mas também era algo que eu temia ao mesmo tempo

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A morte era algo que eu sempre desejei, mas também era algo que eu temia ao mesmo tempo. Pensei que morreria de várias outras formas. Fome, por um tiro dos Pacificadores, pelos espancamentos da minha tia, pelos Carreiristas nos primeiros Jogos, pelos animais na floresta, os bestantes, mas nunca imaginei que iria morrer batendo em um campo de força que os tributos do 3 me ensinaram a ver um. Morri por extrema falta de atenção, e essa forma de morrer é a forma mais tosca que tem. Meu objetivo era proteger Peeta até o último minuto de minha vida, mas acho que ele vai morrer logo após a minha morte, não sei se Finnick vai ajudá-lo. Foi o meu fim, e um fim rápido que até estranhei. Vejo a famosa luz no fim do túnel que todos falam quando alguém morre, indicando que eu realmente estava morta, pelo menos irei ver meus pais depois de anos, não é?

Estava perto da luz quando sinto algo entrar em meus pulmões. Ar. Mas de onde estava vindo esse ar? Parecia que alguém estava respirando por mim, colocando ar em meus pulmões. Inspirei fortemente o ar e senti meu coração voltar a bater.

—Lila? — escuto a voz doce de Peeta me chamando. Com dificuldade abri meus olhos e tentei acostumar com a claridade, enxergava o rosto de Peeta com a visão turva que aos poucos foi voltando ao normal e logo voltei a ver bem seus olhos castanhos e cabelos dourados. Ele estava com o rosto molhado, não de suor, mas de lágrimas. — Meu Deus. — sua voz estava embargada e mais lágrimas caíram de seus olhos.

—Cuidado. — digo, mas saiu mais como um sussurro. — Só percebi agora que tem um campo de força ali.

Ele apenas deu um riso fraco e selou nossos lábios por alguns segundos. Suas mãos começaram a afagar meus cabelos e mais lágrimas começaram a cair de seus olhos. Nos nossos cinco anos de amizade, nunca vi Peeta naquele estado.

—Você morreu. — sua voz ainda estava embargada por causa do choro. — Você não estava respirando. Seu coração parou.

—Eu estou bem. — levo minha mão até seu rosto e comecei a acariciar o local. — Estou bem.

Ele me ajuda a me levantar e logo me envolveu em seus braços fortes e eu retribui com a mesma intensidade. Peeta estava tremendo e eu ouvia seus soluços, indicando que ele ainda estava chorando.

𝐃𝐀𝐘𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 | 𝐏𝐞𝐞𝐭𝐚 𝐌𝐞𝐥𝐥𝐚𝐫𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora