capítulo 5

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Sem ter muitas opções de roupas, fiquei com o biquíni e a saída de praia, já estava de banho tomado e havia escurecido, ficamos no fundo da casa onde o churrasco continuava. As quatro amigas de Helena , Lu, Ariel, Elza e Belle, riam, nadavam, dançavam e conversavam com minhas amigas, todos com roupas de banho.

Helena  tinha saído pra fazer uns telefonemas e eu estava sentada em uma das quatro cadeiras em volta de uma mesa à beira da piscina, observando tudo e tomando uma tulipa de chope. Sentia uma espécie de sentimento de irrealidade, como se tudo que estivesse acontecendo comigo desde ontem fosse um sonho. Eu não sabia bem como me portar ou o que pensar, pois minha vida tinha dado um giro de 360 graus e eu ainda não me situava bem com essa nova realidade. Era difícil ver aquelas jovens rindo e se divertindo e imaginar que na noite passada estavam mergulhados em orgias. E que eu estava ali, no meio delas. Não era mais virgem e estava à mercê de uma mulher que até ontem era uma completa desconhecida. Totalmente nas mãos dela, por livre e espontânea vontade.

Terminei com o chope do copo e pus a tulipa vazia na mesa. Já me sentia um pouco tonta, mas não recusava a bebida, pois ela me descontraía e me dava mais coragem. Eu não sabia bem o que aconteceria ali naquela noite, mas me sentia amedrontada, ansiosa e nervosa. Um pouco de curiosidade e excitação também me envolviam, mas tudo era confuso e novo demais para que eu pudesse pensar com clareza. Erika riu e mergulhou na piscina, seguida Ariel, ela tentou fugir nadando, mas a mulher de tranças a encurralou num canto da piscina e logo a encostava no ladrilho, enquanto ela esperneava e gritava:

- Não, Ariel! Sua Tarada! Ela a beijou na boca e logo Erika a agarrava e beijava também.

Sentadas na beirada da piscina, com os pés balançando dentro da água, Bruna e Ruby olhavam para o casal na piscina e riam. Ao lado delas, Belle e Elza também sorriam e diziam algo. Lumiar  estava trazendo mais bebidas e distribuindo na beira da piscina. Eu me remexi na cadeira, olhando em volta do pátio iluminado e lindo, procurando Helena  com os olhos. Na churrasqueira, o caseiro continuava a assar as carnes, talvez acostumado com as loucuras das jovens que Helena  levava ali, pois parecia tranquilo e nem olhava na nossa direção.

Sem querer, pensei na minha mãe. Ela e meu pai eram professores e criaram a mim e a minha irmă com certa rigidez, criticando a loucura que o mundo estava se tornando, a falta de romantismo e gentileza, sempre tentando nos fazer entender que algumas coisas deveriam ser valorizadas.

Cresci acostumada com esse tipo de pensamento. Mesmo depois que perdi minha irmā gêmea atropelada, ou quando meu pai morreu de um ataque cardíaco quando eu tinha quinze anos, continuei com esse pensamento, pois minha mãe sempre procurou me incutir valores. Quando eu tinha dezessete anos ela ficou com câncer e logo depois que eu completei dezoito anos ela morreu. Daí por diante segui sozinha, mas sempre pensando da maneira deles, tentando honrar a lembrança deles, vivendo do modo como me ensinaram. Até ontem.

Senti uma vergonha profunda ao imaginar que, de alguma maneira, meus pais e minha irmã pudessem me ver naquele momento. Eu os decepcionaria. Eu não estava ali fazendo mal a ninguém, mas estava num mundo totalmente diferente do meu. Contrário a tudo que me ensinaram. Eu estava ali como uma puta. Levantei da cadeira angustiada e dei às costas à piscina, com uma vontade louca de sair dali e sumir. Só percebi que estava com os olhos cheios de lágrimas quando dei com Helena  à minha frente, me olhando fixamente, e eu a enxerguei nublado pelas lágrimas não derramadas.

O olhar dela era penetrante e por um momento fiquei imóvel, até sem respirar. Uma onda pura de desejo e de luxúria pareceu lamber meu corpo, independente da minha razão ou da minha vontade. Angustiada, entendi porque eu estava ali, contrariando minha criação e tudo em que eu acreditava. Era por ela. Helena  virou meu mundo de cabeça pra baixo, como um furacão. E agora eu não me sentia mais eu. Não conhecia a mim mesma. Ela se aproximou de mim e parou a minha frente. Ergueu meu queixo com delicadeza e me olhou no fundo dos olhos. Fiz de tudo para que as lágrimas não descessem, mas mesmo assim elas escorreram e só então pude vê-la de forma límpida. Ainda não conseguia me acostumar com sua beleza extraordinária e tão gritantemente envolvente. Era difícil pensar estando tão perto

Dela.

- Por que está chorando, Cla?-A voz dela, baixa e rouca, penetrou em minha mente. Tentei reagir e sorrir, fingindo que não era nada importante. Mas não consegui dizer nada. – Quer que eu leve você embora daqui?

As risadas e brincadeiras das outras meninas que vinham da piscina pareciam apenas sussurros. Tudo que eu podia ver ou sentir era ela ali, tão perto de mim, Helena  tirou a mão do meu queixo e aguardou minha resposta. Mas o que eu poderia dizer? Eu queria ir embora sim, mas que ela fosse comigo. No entanto, Helena  deixou suas regras claras. Não seríamos só nós duas. Eu era apenas mais uma entre Bruna, Erika e Ruby e tantas outras que passariam por ali. Talvez no momento ela estivesse me dando mais atenção porque até poucas horas atrás eu era uma virgem. Mais logo isso não faria diferença.

-Clara?

-Desculpe. – Murmurei. Balancei a cabeça e fui o mais sincera possível:

- Eu não quero ser chata. É que tudo aconteceu tão rápido e... Não estou muito acostumada com tudo isso.

- Eu entendo. Posso levar você de volta ao acampamento no momento em que você quiser. É isso que você quer?

Fitei seus olhos castanhos e não pude perceber o que ela pensava. Só que estava séria compenetrada em mim. Tive vontade de abraçá-la bem forte, pois ela me atraía como um ímã. Mas pensei se Helena  gostaria disso, talvez estivesse cansado do meu jeito medroso, confuso e quisesse mesmo que eu fosse embora de uma vez. Desviel o olhar ansioso, prendendo uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, sem saber ao certo o que fazer. Ao mesmo tempo em que eu queria ir embora dali, pensar com calma e me refazer, eu também queria agarrá-la, beijá-la, ser toda dela. Só de lembrar como fora maravilhoso fazer amor com Helena , meu coração disparava loucamente

Em meu peito. -Clara, olhe pra mim. A voz dela tinha um tom inequívoco de comando, embora fosse suave. Não

Hesitei e a olhei na mesma hora.

-Quero uma resposta sua sincera. Quer ir ou quer ficar? Os termos não mudaram. Se ficar deve ser porque quer. Não quero que fique chorando ou angustiada. Ninguém aqui é obrigado a nada.

- Eu sei. Eu... quero ficar, Helena .

- Tem certeza?

Eu não tinha. Mas o que eu podia fazer se estava obcecada por ela? Se tudo o que eu queria era ser dela novamente e se nem minhas dúvidas me deixavam tomar a decisão que deveria ser a certa?

- Tenho.

Não pude me conter mais e a abracei com força pela cintura, encostando a cabeça em seu peito e sendo envolvida na hora por seu cheiro delicioso. Ela era quente, sensual, grande, maravilhoso. Vestia apenas uma blusa cavada com o biquíni por baixo.

- O que eu vou fazer com você, menina? -Helena  disse baixo contra meu cabelo, me apertando contra ela. Uma de suas mãos apertou firme a minha nuca.

- O que você quiser. – Minhas palavras saíram instantaneamente, em um sussurro.
- Não vou esquecer essa promessa. – Ela sorriu. – Venha, vamos nos sentar e beber um pouco.

Concordei e de mãos dadas com Helena , eu a

Segui. Helena  não foi em direção à mesa, mas às espreguiçadeiras em volta da piscina. Sentou-se em uma delas e me pôs sentada entre as pernas dela, de modo que encostei as costas contra seu peito, de frente para a piscina. Erika e Ariel continuavam de brincadeira e agarramento dentro da água. Ruby olhou em nossa direção e disse para Bruna:

- Olha que casal lindo

- É isso, aí, Emm. – Bruna sorriu e piscou o olho pra mim. – Finalmente você resolveu aproveitar a vida.

- Por quê? – Helena  espalmou as mãos em minha barriga. – Ela não se divertia?

- Se você considera trabalhar, estudar e se enfurnar em casa com um livro como divertimento... – Bruna deu de ombros.

Fiquei corada, sem graça. Encostei a cabeça no peito dela, deixando que continuasse a acariciar lentamente minha barriga. Sentia seu corpo quente atrás de mim e seu sexo endurecido contra o final das minhas costas. Ela murmurou em meu ouvido:

- Vou mostrar a você outra forma de diversão. Muito mais real do que a que você recebe lendo seus livros.

Engoli em seco, excitada. Meu coração estava acelerado e eu fiquei bem quietinha. As mãos dela subiram por meu tórax e fecharam-se sobre os montes redondos dos meus seios. Eu mal conseguia respirar. Ela os acariciou lentamente sobre a saída de praia, até deixar os mamilos duros. Então subiu ainda mais as mãos até meus ombros e desceu lentamente as alças da saída de praia por meus braços, deixando-as caídas na altura dos meus cotovelos, abertas até quase o umbigo. Lambi os lábios secos, muito nervosa, Lumiar  tinha colocado a bandeja com bebidas em uma mesa ali perto e estava parada, tomando cerveja e com os olhos fixos em mim. Ruby e Bruna comentaram algo baixinho, também nos lançando olhares. Belle e Elza também se viraram para nos olhar. Na piscina, Erika e Ariel se agarravam, mas estavam nos encarando e sorrindo.

- Helena ... – Murmurei, morrendo de vergonha.

- Quero que fique bem quietinha. – Ela mordeu de leve a minha orelha. Seus dedos longos se fechavam de novo sobre meus seios, apenas o tecido do biquíni ainda os protegendo. – E que não feche os olhos. Veja como todos olham para você.

Tive vontade de realmente fechar os olhos, fingir que eu estava sozinha com ela. Mas eu o obedeci, embora tremesse de tanto nervosismo. Que só aumentou quando Helena  segurou o biquíni e afastou-o para o lado, expondo meus seios duros e com mamilos arrepiados para todos verem. Pensei em me esconder, fugir, implorar, mas não tive coragem de ir contra ela. Eu a queria e já havia concordado com seus termos. Para estar com ela, eu faria qualquer coisa.

- Você tem os seios mais bonitos que já vi. Deve mostrá-los sempre, Cla, com orgulho.

Sua língua brincou na minha orelha e seus dedos indicadores e polegares puxaram levemente meus mamilos, deixando-os mais pontudos.

- Veja como você os excita. Com os olhos arregalados, senti todos os olhares em mim. Belle chegou a massagear seu sexo, acariciando-se enquanto fitava meus seios. Ruby lambeu os lábios com lascívia. Lumiar  se aproximou um pouco mais, deixando seu copo vazio sobre a mesa, sua expressão de pura luxúria. Pude sentir Helena  sorrir sensualmente atrás de mim, sua excitação pronunciada, enquanto dizia suavemente, mas de maneira que todos ouvissem:

- Você será o prato principal dessa noite, Clara. Esses seios, essa pele, essa buceta e toda essa ingenuidade, que você me deu tão docemente, vão nos deliciar, vai fazer tudo o que eu mandar e ser uma moça obediente, minha, pra eu fazer o que eu quiser.


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see you tomorrow !

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora