Capítulo 37

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E o tempo todo quis provar a si mesma de que se livraria dela quando quisesse. Não esperara sofrer tanto por sair vitoriosa daquela batalha. Tanto insistira em corrompê-la, em provar a si

Mesma que Clara era como as outras e que não passava de mais uma, que agora que a afastava de si, não sabia mais o que fazer com a própria vida. Aquele dia na orgia vê-la com os outros exigiu de mim um autocontrole imenso, uma luta interna que até agora me deixava gelada, quando estava fodendo as outras era em Clara que pensava, era ela e só ela quem me fazia excitar, gozei com outra pensando nela, obriguei-me a assisti-la com outras pessoas, mas não me excitou, ao contrário, tive ciúmes, ódio, raiva, queria que ela desistisse e ao mesmo tempo me segurei para não intervir, pois brigava com sentimentos que queriam me dominar, no final, saíra perdendo, pois, não a queria longe de si. Não se entendia mais, tinha medo do que estava sentindo.

Assim passou o meu sábado, não consegui fazer e pensar em mais nada, só queria saber se Clara estava bem, não consegui dormir nada a noite, fiquei pensando sobre minha vida e sobre o que fiz com a Clara, no domingo de manhã meus seguranças vieram me avisar que Malévola estava de novo na porta da minha casa, fazendo escândalo e pedindo pra falar comigo, há anos não me permitia falar com ela, a não ser por meus advogados e ela aceitara, pois dependia da pensão que eu lhe dava para sobreviver. Mas agora, com Tomás morto, tinha se tornado uma perturbação, como se já não se importasse com mais nada. E  pela primeira vez em muitos anos eu pedi pra que meus seguranças a deixassem entrar, assim que me viu ela começou a implorar, suplicar, contar suas mentiras, rastejar e eu só ouvia tudo, sem forças pra dizer nada, era como se tudo que ela fez comigo estivesse de volta em meus olhos, depois que ela disse tudo que queria eu tirei forças não sei de onde e disse:

- Você já disse tudo que queria? Já contou suas mentiras como me contava quando eu era criança?

- Helena , por favor...

Não deixei que ela acabasse sua fala e disse:

- Cala a boca, agora quem vai me escutar é você! Porque você fez isso comigo? Porque me colocar em seus joguinhos de orgias e tudo mais? Eu era uma criança, você devia cuidar de mim! Diz-me porra porque fez isso? Falei com a voz alterada, aquela mulher me tirava Do sério.

Quer saber a verdade, sinceramente? Cansei de ficar rastejando atrás de você!

- Então fala logo a porra da verdade! Eu estava com tanta raiva que não estava mais conseguindo me segurar a minha vontade era de partir pra cima dela. Depois de um tempo me

Olhando com cara de cínica ela continuou: - A verdade aberraçãozinha é que eu nunca te amei, só aceitei cuidar de você pra poder colocar as mãos no dinheiro do seu papai, mais ele foi esperto de deixar uma boa parte da quantia dele pra você quando fizesse dezoito anos, ele era um velho esperto, quando eu fiquei sabendo disso eu tive que pensar em outro meio de te fazer se prender a mim, foi aí que eu tive a ideia de te seduzir, quanto às orgias eu e Tomás amávamos e com o dinheiro e mansão do seu pai foi ainda mais fácil e interessante continuar nesse mundo, foi aí que eu comecei a te seduzir, fazia todas as suas vontades e desejo te mimava, enquanto por dentro eu só pensava o quanto a aberração era tola de acreditar que alguém poderia lhe amar, eu sabia da sua deficiência, pois, seu pai nunca escondeu de ninguém e se tem uma coisa que eu sei nessa vida e como fazer alguém com um pau se excitar. Você não achava que eu realmente gostava quando você me tocava né? Ou quando me fodia? Foi tudo um plano, na verdade tudo que eu sentia era nojo, você é e sempre vai ser só uma aberração, pra falar a verdade é um desperdício alguém como você ter um pau tão bonito assim, você deixa muito homem de verdade com inveja aberração.

Ela parou de falar um pouco sorrindo irônica, enquanto eu não conseguia acreditar, como fui burra, logo continuou.

- O que foi a aberração não aguenta a verdade?

- Desgraçada!

Fui pra cima dela e prendi-a na parede, estava com uma raiva tão grande que nunca senti nada igual na vida.

-Continua, fala tudo que você me escondeu! – Vou continuar sim, chega de esconder o que sinto, depois que eu consegui fazer você ficar na minha mão porque não te inserir no nosso mundo? Você amava, achava que era especial, mais na verdade você só era uma aberração rica, novinha, uma novidade, só que depois de um tempo você começou a entender o que acontecia e eu não estava mais conseguindo ter controle como eu queria sobre você, mais foi bom enquanto durou, todo o dinheiro do seu papai que eu gastei com orgias e olha só hoje a filhinha dele é igual a mim.

- Não sou como você desgraçada!

- É mesmo? E aquilo que você fez na sexta com a sua querida Clara? Não foi a mesma coisa que fiz com você?

Quando ela disse isso à ficha caiu, soltei-a e não segurei mais as lágrimas de tudo que ela me disse isso foi o que mais me doeu e infelizmente ela estava certa, eu tinha me tornado um lixo como ela. Mais esse não era o momento pra pensar nisso

Eu precisava acabar com ela. Mais antes que eu fizesse alguma coisa ela continuou: - A verdade dói não é? Você usou e abusou da única pessoa que te amou de verdade na vida, aberração.

- EU NÃO SOU UMA ABERRAÇÃO! Sua DESGRAÇADA! Você que não vale nada, que se aproveitou de uma criança inocente por dinheiro. – Sabe o que mais eu fiz por dinheiro? – disse enquanto sorria irônica- Você não achou que o acidente que matou seus pais foi de verdade um acidente né?

Quando ela disse isso eu olhei-a surpresa. – Co..mo assim? Disse gaguejando

- Foi tudo um plano meu pra ficar com o dinheiro dos seus pais, o plano era matar você também, mais quando eu descobri que seu pai deixou 70% da fortuna dele pra quando você fizesse dezoito anos, eu tive que mudar de tática e aturar você.

- Você matou meus pais? Perguntei perplexa, não era possível.

- Basicamente isso...

Quando ela acabou de falar eu ouvi sirenes de policia fora de casa e em poucos minutos eles invadiram minha casa e a prenderam, fiquei sem entender, até que Liza minha empregada chegou do meu lado me abraçou e disse que havia escutado tudo e chamado a policia, que não se importaria se eu a demitisse. Estava tão fraca e quebrada emocionalmente que apenas abracei-a e chorei tudo que prendi há anos. Quando a policia estava saindo eu me soltei do abraço fui ate ao delegado que era um amigo meu e entreguei um gravador onde constava toda a confissão de tudo que ela fez comigo e ainda sobre a morte dos meus país, eu já estava pensando em tomar uma atitude, Liza apenas apressou as coisas e estou feliz por acabar logo com isso.

Depois de tudo isso eu peguei uma garrafa de whisky e fui para meu quarto, só me restava beber e chorar né? Após algum tempo eu escuto batidas na porta disse que não queria receber ninguém e continuei bebendo e chorando até que a porta se abriu e Liza entrou já dizendo:

-Senhorita Weinberg , vamos você precisa reagir.

- Eu não quero sua pena, vá embora.

- Que bom que você não quer minha pena, porque eu não sinto nenhuma, eu vejo uma mulher forte, que lutou e venceu tudo de ruim que a vida lhe causou e vai superar mais essa fase. Vêm deita aqui no meu colo, me deixa cuidar de você.

- Eu não quero ajuda, SAI DAQUI.

Gritei com ela, nunca permiti que ninguém me visse nessa situação.

- Você não quer mais precisa, vem deixa alguém te ajudar pelo menos uma vez na vida, não precisa encarar tudo sozinha, lembra o que aconteceu quando mandou a Clara embora? Vêm cá, vou lhe ajudar a consertar tudo.

Naquele momento eu só consegui chorar e Liza caminhou e sentou na cama colocando minha cabeça no seu colo e eu chorei, chorei tudo que estava prendendo desde meus 8 anos de idade, pensei em tudo que aconteceu e chorei, exausta nem vi o momento em que me entreguei ao sono, com Liza afagando meus cabelos, pela primeira vez em algum tempo eu me senti segura e acolhida.

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Como vocês estão interagindo Bastante, Vou continuar postando esse fds....

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora