capítulo 10

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Bonus!!!!

À tarde ficamos na praia, todos juntos, Bruna e Ruby voltaram e estavam esticadas ao meu lado em cangas, pegando o sol de fim de tarde, Lumiar , Erika, Ariel e Belle, jogavam futevôlei na areia. Elza e Helena  tinham colocado máscaras e mergulhado para ver os corais ali perto. Eu estava muito quieta, sentada na canga, abraçando meus joelhos, olhando para o mar. Não me sentia muito animada e nem disposta a conversar. Tudo o que havia acontecido no quarto de Helena  pela manhã não saía da minha cabeça, nem em meus sonhos mais loucos eu me imaginei numa situação daquelas, invejava Bruna, Ruby e Erika, que pareciam tão animadas e à vontade, sem perder tempo com arrependimentos tardios ou questionamentos que não resolviam nada. Por que eu não podia ser como elas, aproveitar a vida sem me angustiar tanto? Eu sabia por quê. No fundo, a educação rigorosa que tive ainda pesava em minhas ações. A decisão de estar ali tinha sido minha, mas ia contra tudo que eu acreditara até então. Desde que pus os olhos em Helena , passei a agir quase que por instintos, levada pelo desejo absoluto e a necessidade obsessiva que eu sentia  de estar perto dela. Não tive tempo para realmente ficar longe dela e raciocinar com mais clareza, ou decidir o que eu realmente queria. Só sabia do que eu precisava compulsivamente e era estar com ela o maior tempo possível. Não tinha parado e conversado seriamente com Helena , não sabia se ela tinha família, no que trabalhava, onde morava, o que pensava, nada. Sabia sim o que era ser tocada, beijada, penetrada por ela, o que era participar de uma orgia, o que era estar rodeada por pessoas e mesmo assim me sentir sozinha.

A vida solitária e triste que eu levara até então não me preparara para tudo aquilo. Muito nova soube o que era sofrer, perder uma pessoa querida e, no meu caso, eu havia perdido as três pessoas mais importantes da minha vida em um intervalo de cinco anos. Dor, morte e doença fizeram parte da minha adolescência e acho que a pulei de uma vez para a fase adulta.

Vivia na pequena casa onde nasci, era querida por meus vizinhos, trabalhava fora, fazia faculdade, me virava sozinha. Todos diziam que eu era responsável, boazinha, amiga. Mas nenhuma delas sequer imaginaria que eu estava ali, escravizada voluntariamente pelo desejo que eu sentia por uma mulher que nem ao menos fazia parte do meu mundo e agora nem eu mesma sabia a que mundo pertencia: ao que fui criada e vivi até então ou a esse novo que Helena  me apresentou, onde a inibição não tinha lugar? Tentel parar de pensar tanto naquilo, afinal eu ficaria ali somente mais dois dias. Logo retornaria à minha vidinha pacata de antes e ninguém que me conhecia saberia de nada, salvo Bruna, que trabalhava comigo, mas não chegava a ser realmente uma amiga e nem frequentava minha casa. E eu teria as lembranças de Helena , aquela mulher que virou meu mundo de cabeça para baixo.

Pelo menos ela não me mandara embora ao recusar Lumiar , entramos em um acordo silencioso, onde julguei que ela aliviaria a pressão sobre mim se fosse para estar só com Helena , eu estaria feliz. Mas tinha medo de me ver de novo com outras pessoas. Algo me travava, apesar da curiosidade e do desejo lá no fundo, mesmo que eu negasse.

Talvez eu me tornasse mais ousada e lasciva depois disso tudo, mas duvidava seriamente que teria coragem de ir tão longe como estava indo ali naquela ilha ou de que conheceria outra mulher que me abalasse tanto quanto Helena .

-O que houve, Cla? Você está tão quieta.

- Bruna, ao meu lado, sentou-se em sua canga estampada e me olhou.

- Nada.

- O que está incomodando você? Foi o que aconteceu ontem em volta da piscina? Olhei-a indecisa. Por fim, indaguei:

- Você acha que tudo o que fazemos aqui é normal?

-Sexo?

-Sexo na frente dos outros, sem límites, até com parceiros do mesmo sexo. – Falei baixo, um pouco envergonhada, mas precisando de um outro ponto de vista. – Olha, acho normal sim, transo desde os catorze anos e minha mãe nunca me proibiu de nada, se estou com vontade, não fico me contendo. Vou e aproveito. – Entendo.

- Você é mais travada, sei que seus pais foram rígidos e que os perdeu ainda muito jovem. Acabou se tornando muito fechada, cheia de dúvidas. Para falar a verdade, nem acreditei quando vi você chegando na ilha com a Helena . – Seu olhar para mim era atento. – Vejo como olha para ela. Nós a desejamos, pois Helena  é linda de morrer, quente e gostosa, sonho de qualquer um. Só que você vai além, não é? Você se encantou por ela, está completamente de quatro. Corei violentamente, sem saber o que dizer. Bruna continuou:

-Acho que sua criação e esses livros românticos que você lê te deixaram sonhadora, romântica, idealizando tudo. Isso, Clara, é sofrimento na certa. Helena  é uma mulher livre, acostumada a ter as coisas do seu jeito e na hora que quiser. Daqui a pouco estará em outra e nem lembrará que nos conheceu. Por isso, não esquente a sua cabecinha. Aproveite se divirta e só!

Concordei com a cabeça, pensando em suas palavras, mas sentindo-me abalada por elas. Ruby, deitada ao lado de Bruna de bruços, que ouvira nossa conversa, completou:

- Você não deve ficar se julgando, querida. Que mal pode haver em gostar de sexo e realizar as suas fantasias? Não está fazendo mal a ninguém! Um lado meu concordava com elas, mas não conseguia desvincular sexo de amor. E a orgia não era bem uma fantasia. É claro que as mulheres, como os homens, podiam transar só por prazer, sem compromisso ou envolvimento. No entanto, eu só estava ali pelo que senti por Helena , não foi o sexo em si o que me atraiu, foi ela. Fiquei excitada com as outras, mas também angustiada, como se fosse errado o que eu fazia. Com Helena , tudo parecia certo. Tinha medo de que eu estivesse obcecada e como seria minha vida quando eu fosse para ela apenas uma página virada, mais uma entre tantas que ela apenas usara.

- Não pense, Clara! Viva! – Bruna se levantou sorrindo e despenteou o meu cabelo. Então correu para dar um mergulho no mar. Mas era difícil não pensar. Eu mal conseguia olhar para Lumiar , pois lembrava que ela havia transado comigo naquele dia, ou pelo menos começado. E o vexame que eu dera, tendo um ataque na frente dela, ou Erika, que me chupara na noite anterior. Há menos de dois dias eu era uma virgem e o mais próximo que havia chegado de sexo era ver um filme porno na internet uma vez e me masturbar. Agora eu já fizera mais do que sequer havia imaginado ou até desejado. Era estranho, mas quando o calor da transa passava, eu só sentia aquele gosto amargo na boca, como se tivesse feito algo que realmente não queria.

Com Helena  isso não acontecia. Mas com as outras, ficava a sensação de que eu estava castigando a mim mesma. Talvez isso passasse com o tempo, mas no momento a minha vontade era de sair de perto de todas aquelas pessoas e sumir. Se o preço não fosse ficar longe de Helena  também, era o que eu faria.

À noite, depois de termos jantado, ficamos jogando conversa fora na varanda, tomando vinho. Helena  ficou perto de mim em um sofá de dois lugares, mas não me tocou. Parecia estranhamente distante, até fria, falando pouco. Seu olhar se voltava para mim, penetrante, levemente oculto por suas pálpebras pesadas. Era impossível dizer o que ela pensava ou dizia. Eu me sentia tensa, com os nervos à flor da pele. Não queria mais uma orgia, nem ver gente transando naquele dia. As outras pareciam animadas, riam, brincavam, bebiam. Mas eu e Helena  permanecíamos caladas. Por fim ela se levantou, deixou sua taça de

Vinho na mesinha e se virou para mim. -Quer dar uma volta na praia?

-Quero. – Também levantei e segurei a mão que ele me estendia. – Lá vai o casalzinho! – Debochou Erika, mas não olhamos para ela e nos afastamos. O caminho que levava até a praia estava levemente iluminado e seguimos por ela até pisarmos na areia morna e perdermos a casa de vista. O barulho de risadas e conversas que vinham da varanda eram pouco mais que murmúrios ali. A música que nos cercava era das ondas do mar lambendo a areia e dos grilos cantando. Uma bela lua e o céu estrelado traziam uma calma que era muito bem vinda e eu senti um grande alívio por estar ali, somente eu e Helena . Paramos lado a lado e nos sentamos na areia branca e macia. – O que houve, Clara? A voz dela, baixa, grossa e rouca, pareceu percorrer minha pele como um toque. Apoiei os braços nos joelhos e virei o rosto para encontrar seu olhar.

- Eu poderia te perguntar a mesma coisa. Passou o dia calada.

-Eu sou calada.

- É mesmo?-Sorri de leve.

- Eu também.

- Já percebi. Ainda está chocada com o que aconteceu hoje no quarto?

- Um pouco. Em dois dias eu passei de virgem à puta. Transei com duas mulheres hoje e ontem participei de uma orgia. Estou um pouco surpresa comigo mesma.

- Você foi avisada. Ficou sabendo o que ia acontecer. Seus olhos castanhos pareciam de gato ali na penumbra, com as pupilas negras dilatadas.

- Eu sei. Mas mesmo assim é muita coisa para assimilar. Fico dividida entre o prazer

E a vergonha, a sensação de que isso não é certo. E você, Helena ? Por que ficou estranha o dia todo? Ela olhou para frente, para o mar. Observei-a atentamente, sentindo uma emoção intensa e indescritível só por estar ali, ao lado dela, tendo-a só para mim.

Pela primeira vez naquele dia eu me senti

Realmente feliz.

- Em alguns momentos gosto de ficar sozinha. Percebi que ela não disse tudo. Mas tentei conhecê-la um pouco naquele instante.

- Você mora sozinha ou com sua família?- ela não respondeu de imediato. Continuou fitando o mar, seu rosto sério, algo nela extremamente fechado. Pensei que não diria nada, mas então falou:

- Moro sozinha.

- Seus pais...

- Morreram, há muitos anos. Minha língua coçou para perguntar mais. No entanto, sua expressão corporal era tensa, como se não quisesse falar do assunto. Eu disse baixo, mesmo sem ela perguntar nada:

- Meus pais também morreram e minha irmă, como você, moro sozinha. Helena  me olhou, interessada.

- Onde você mora?

- Em Nova York, Brooklyn.

- Não sou muito de ir lá, mas sei bastante sobre seu bairro.

- Entendo. Não sou muito de sair, apenas casa e trabalho, nunca parei para observar o Brooklyn. – Sorri para ela. – E você, mora aqui mesmo?

- Não, moro em Nova York, Manthattan. -Em que você trabalha? – É um interrogatório? – Helena  ergueu

Uma das sobrancelhas. Corei na hora.

- Não, eu... só estou conversando.

- Sou empresária no ramo da advocacia. -Que coincidência! Trabalho em uma firma de advocacia. Sou recepcionista, enquanto não termino a faculdade.

- Qual o nome da firma em que você trabalha? – M&G advogados. Conhece? Helena  sorriu lentamente

- É uma das firmas que ocasionalmente minha empresa é dona. -Sério? – Fiquei abismada.

- Sim, nunca se perguntou o que o M&G significava?- sorri meio envergonhada por não saber- significa Weinberg  & Gold- ela sorriu, um sorriso lindo- Trabalha lá há quanto tempo?

-Vai fazer três anos.

- Já contratamos entramos em contato umas três vezes nesse período.

-Como esse mundo é pequeno! Você já foi lá?

- Não, só alguns diretores da minha firma.

- O clima entre nós parecia mais ameno, mais relaxado. Você faz faculdade de que, Clara? Direito?

- Não. Nada a ver com meu trabalho. Estou no penúltimo período da faculdade de História.

- História? Quer ser professora?
Na verdade, não sei. Gosto de ler e meus pais eram professores, meu pai de Português e Inglês e minha mãe de História. Acabel seguindo o caminho deles e gostaria de ser Historiadora, mas é muito difícil trabalhar diretamente com documentos históricos. Acaba restando dar aula. Às vezes acho que sou tímida demais para ser professora. Alguns alunos rebeldes poderiam me engolir inteira ou me botar para correr no primeiro dia de aula.

Helena  acabou sorrindo, enquanto me escutava atentamente e me fitava, Falou: -Se pensa assim, poderia ter escolhido algo mais impessoal e que pagasse melhor, como na área de Administração de empresas. Talvez tenha escolhido História porque quer seguir os passos de sua mãe.

-Eu concordei com a cabeça. – Eu lembro que queria ser médica, mas assumi os negócios da minha família. Talvez também tenha sido influenciado pelo fato de ter perdido meus pais. -Eles morreram há pouco tempo?

-Eu tinha sete anos de idade. Eles voltavam de um coquetel quando um caminhoneiro dormiu no volante, atravessou a pista e os matou na hora.

- Você era tão novinha... Sensibilizada, estiquei a mão e acariciei de leve seu braço, Senti que Helena  se enrijeceu um pouco e olhou para frente séria, como se tivesse se arrependido de falar tanto. Eu queria perguntar quem a criou, mas fiquei sem coragem e apenas completel:

-Eu tinha treze anos quando minha irmă gêmea foi atropelada. Helena  virou lentamente a cabeça, seus olhos lindos nos meus. – Ela morreu na hora, voltávamos da escola e estávamos muito felizes, pois há pouco tempo nossos pais nos deixaram vir sozinhas. Devíamos pegar um ônibus, mas resolvemos voltar a pé e guardar o dinheiro da passagem para comprar álbuns e revistas de ídolos adolescente, a ideia foi minha e Jeniffer aceitou. Nossos pais estavam trabalhando e não sabiam. Mas aí um cara bêbado subiu na calçada e foi direto nela. Nem tivemos chance de agir. – Senti a garganta travada, relembrando o desespero daquele dia como se estivesse acontecendo naquele momento. O carro preto arrastando Jeniffer, a mão dela soltando a minha de repente, seu corpo ensanguentado em baixo das rodas e o carro fugindo. -Não sofri nada. Só gritei como louca enquanto tentava ajudá-la, minhas mãos escorregando em seu sangue, ela morta em meus braços. Em questão de segundos ela foi tirada violentamente de mim. E eu nunca consegui aceitar sua morte.

- Você não teve culpa de nada, Cla. Adolescentes fazem essas coisas. Estavam na calçada e o motorista estava bêbado. A culpa foi dele.

- Eu sei. Meus pais não me culparam. Mas... Ela estava de mãos dadas comigo. Se eu tivesse notado aquele carro, poderia tê-la puxado para o lado. Tanto que não sofri nenhum arranhão, enquanto ela fol esmagada.

- Não chore. – Eu só percebi que as lágrimas desciam por meu rosto quando Helena  me puxou e me abraçou, apoiando minha cabeça em seu ombro e acariciando meu cabelo solto.

-Ela era igual a você?

-Sim.-Sequel as lágrimas rapidamente, mas ainda sentia a dor horrível da perda e aquela saudade esmagadora de Jeniffer.- Até nossos pais nos confundiam, só que ela era mais extrovertida, ria o tempo todo.

- E você sempre foi mais quietinha.

-É, ela me chamava de sonsa. – Acabei sorrindo com a lembrança. – E seus pais?

- Ficaram arrasados. Meu pai então, se entregou aos poucos à dor. Minha mãe tentou ser mais forte e reestruturar a família. Mas quando eu tinha quinze anos ele teve um infarto fulminante e morreu. Não tinha nem dois anos da morte de Clara.

Helena  puxou-me mais para perto, até que me pôs sentada atravessada em seu colo, com a cabeça acomodada entre seu braço e seu ombro e seu outro braço em volta de mim. Sua mão direita afastou meu cabelo do rosto e tocou minha face com suavidade. Senti-me protegida, querida, segura, como há muitos anos não acontecia. Era irônico que a mulher que me mostrara um mundo cru e pornográfico do sexo também fosse a primeira a me dar aquela sensação maravilhosa de conforto. Percebi o quanto eu me senti sozinha e isolada todos aqueles anos, sem me abrir daquela maneira com ninguém, guardando toda aquela dor para mim. Vizinhos e alguns amigos sabiam o que tinha acontecido, mas eu sempre me fazia de forte e serena. Agora eu me mostrava, pura e simplesmente.

- E aí ficaram só você e sua mãe. – Helena  me incentivou a falar.

-Sim. Ela era osso duro de roer. Trabalhou, agiu, terminou de me criar, sem admitir que nos entregássemos. Mas eu sabia que ela estava arrasada. Morria de medo de perdê-la também e fiz tudo que ela mandou. Estudei, fui obediente, ajudei em casa, quase não saía. Ela também tinha medo de me perder e me superprotegia. Gostava de dizer que Deus não poderia levá-la até eu ter dezoito anos, pois então eu já seria maior de idade e poderia me cuidar. E acho que Deus a levou ao pé da letra, pois quando eu estava com dezessete anos ela ficou com câncer de pulmão, do tipo mais agressivo. Lutamos muito, mas só conseguimos mais um ano juntas. Fiz dezoito anos em julho, em setembro ela faleceu.

A dor ainda era tão intensa, que não aguentei dizer mais nada e fechei os olhos. Helena  continuou acariciando meu rosto e beijou de leve minha cabeça, também em silêncio. Ficamos ali por vários minutos, ao som da maré, ao sabor da brisa que vinha do mar. Então seus dedos escorregaram para meu queixo e ergueram meu rosto. Abri os olhos, fitando diretamente o castanho dos olhos dela, tão profundo e misterioso. Helena  segurou meu rosto e aproximou seus lábios dos meus. Abri a boca para receber sua língua, extasiada pelo gosto delicioso dela, por sua maneira gentil e ao mesmo tempo calorosa de beijar. Retribuí o beijo com a mesma emoção, envolvida em seus braços e naquela atração que nos ligava. Eu sentia que ali era o único lugar do mundo que eu gostaria de ficar e segurei-me nela como se dependesse a minha vida. Trocamos beijos e carinho, silenciosos.

Apesar de desejá-la com loucura, daquela vez o que nos ligava era uma emoção mais profunda do que sexo, uma coisa mais de alma, de sensação, depois Helena  apoiou minha cabeça em seu peito e voltou a me acariciar. Eu quase cochilava em seus braços, sentindo-me estranhamente cansada, como se todas aquelas lembranças tivessem me exaurido, ela então sussurrou:

- Vamos entrar? Concordei e nos levantamos de vagar, tirando a areia da roupa. Tudo bem, anjo? -Sim.

Ela segurou minha mão e caminhamos de volta para a casa. Na varanda a brincadeira começava a esquentar. Em um dos sofás, Bruna estava deitada nua, com as pernas abertas, enquanto Belle lambia e chupava sua vagina. Ela estava com a cabeça no colo de Erika, que acariciava seus cabelos. Ruby estava de quatro no chão, usando apenas uma calcinha fio dental preta e uma coleira de cachorro no pescoço, que Lumiar  segurava pela ponta. Em volta dela estavam Ariel e Elza, masturbando-se com aquela visão de Ruby de quatro. Eu e Helena  subimos os degraus da varanda e paramos, olhando para a orgia que se desenrolava. Fiquei muito quieta, sem conseguir tirar os olhos de Ruby, ela parecia uma escrava ansiosa em agradar suas donas, suas bochechas rosadas e sua expressão de júbilo demonstrando o prazer que ela sentia com aquela situação. Uma estranha excitação percorreu meu corpo e senti minha calcinha umedecer. Eu me imaginei naquela situação, escravizada por Helena , obedecendo suas ordens como uma cadelinha, humilhada e usada da maneira que ela quisesse. Um nó se formou em meu estômago, enquanto eu sentia vergonha de meus pensamentos lascivos e questionava minha própria sanidade. Por que uma parte daquele sexo sujo mexia tanto comigo, mesmo contra minha vontade? -Chegaram na hora certa. – Disse Ariel, enquanto Ruby lhe chupava. – Fizemos uma brincadeira, Ruby e Bruna perderam e estão pagando o que cada um exigir. Querem participar?


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Até segunda!!!!

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora