capítulo 14

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À noite todas resolveram por uma festa de
Despedida. Ficamos ao redor da piscina,
Com bebidas e petiscos, ouvindo música
Alta. Estávamos espalhados em cadeiras e espreguiçadeiras. Helena molhada de um recente banho de piscina, estava recostada na espreguiçadeira ao meu lado, discutindo coisas aleatórias com Elza e Belle. Eu estava um pouco tensa, pois no fundo sabia que tudo acabaria em sexo. A noite anterior fora muito excitante, mas eu ainda não me sentia preparada para participar de uma orgia. Talvez nunca me sentisse. Tudo o que podía pensar era que meu tempo com Helena se acabava. Bruna  e Ruby dançavam ali perto com Lumiar  e Ariel, todas com roupa de praia. Desde aquela manhã em que tive a crise de pânico, Lumiar  me evitava, se por vergonha ou irritação, eu não sabia. Era a única mulher ali, além de Helena, com quem eu tivera mais intimidade. Assim, eu também a evitava. Erika veio para perto de nós, sentou na espreguiçadeira ao lado de Belle e disse manhosa para Helena: -Sabe o que eu reparei, querida? Que desde que Clara chegou você nem ligou mais para mim, para Bruna  e Ruby. Belle sorriu, achando-a engraçada. Elza balançou a cabeça e olhou para Helena, eu também, esperando a reação dela. À princípio, ela apenas a encarou.
Por fim Disse quase friamente: - Faço o que tenho vontade, Erika.

- Isso significa que não tem mais vontade de transar com a gente? – Ela fez um muxoxo e me lançou um olhar esquisito. – Só com ela?

- Ih, Helena, ela está com ciúmes! – Riu Belle.

- Não! Só estou com saudades de sentir essa sua boca me chupando, seu pau dentro de mim. Amanhã vamos embora e se você quiser, eu...

- Erika, sem pressão. Estamos aqui para nos divertir e não nos aborrecer. – Obviamente ela ficou irritada. – Se eu quisesse ficar com você já a teria procurado, você não concorda? Pela primeira vez vi Erika corar, realmente embaraçada. Logo ela tentou disfarçar e distrair o ambiente, sorrindo e comentando:

- Desculpe querida. Nunca foi minha intenção aborrecer qualquer um de vocês. – Ela se virou para Belle e Ariel.

-Talvez uma de vocês queira me dar um pouquinho de atenção. Estou doida para dançar.

-Vamos lá. – Ariel levantou-se e puxou-a pela mão, indo até onde as outras dançavam. Sorrindo e balançando a cabeça, Belle foi buscar mais bebidas. Eu observei Helena, notando que ela estava séria, de mau-humor. Também me sentia sem graça, mas ao mesmo tempo me dava conta de que Erika dissera a verdade. Desde que eu cheguei, ela só transava comigo. Senti um misto de alegria e esperança. E se Helena gostasse um pouco de mim? Talvez não fosse tão fria e indiferente como me fez acreditar. Será que havia alguma chance, mesmo que mínima, dela querer passar mais um tempo comigo? Mas então lembrei que eu ia embora na manhã seguinte e que Helena não me pediu para ficar ou mesmo encontrá-la depois. Eu devia ser a sua preferida no momento, pois foi ela que me iniciou no sexo. Logo seria esquecida como as outras. Olhei-a, sem saber se seria repelida pelo seu mau-humor. Mas resolvi arriscar e acariciei de leve seu braço, dizendo:

- Cheguei aqui uma pessoa e vou voltar para casa bem mudada. Ela fixou seus límpidos olhos castanhos nos meus, relaxou um pouco mais e afirmou: -Eu sei disso, Cla. Erika tem razão ao Dizer que preferi você. Sabe por quê? -Fiz que não, tentando esconder a ansiedade. – Você é diferente delas. Diferente das mulheres que tenho encontrado no Caminho.

- Por que eu era virgem?

- Não. Por que você é serena, doce, ingênua. Por que confia em mim e faz o que eu desejo, mesmo assim continua pura, como se o que é por dentro não mudasse nada. Pensei que pessoas como você não existissem mais.

- Não sou pura. - Fitei-a com sinceridade. - Você viu as coisas que fiz aqui. Coisas que nunca pensei fazer.

- Fez sexo. Fez o que eu queria. Mas continua sendo você.

- Eu me sinto bem mudada. - Desviei o olhar e fitei minhas mãos em meu colo, que eu torcia. - Quando voltar para casa, não serei mais a mesma.

- Quem a olhar verá a mesma Clara-ela segurou meu queixo e me fez encará-la de novo. - Mas não leve as coisas tão a sério. Aproveite sua vida. Não viva do passado. - Vou tentar. Helena sorriu. Deslizou os dedos por meu rosto até o pescoço, onde me segurou para beijar suavemente meus lábios. Eu a desejava tanto que aproveitei para estender o beijo, abrindo a boca, colando-a na dela, saboreando-a com a língua. Logo nos beijávamos com paixão, sua mão agora firme em minha nuca, puxando-me para ela. - Como posso querer outra mulher com você assim, tão gostosa em meus braços?

- Helena murmurou contra meus lábios e me beijou de novo. Nós ficamos excitadas. Já havíamos feito amor naquele dia, passado o tempo todo juntas, mas o desejo parecia só aumentar. Colamos nossos corpos e ela acariciou meu seio sobre o tecido do biquíni, sem deixar de me beijar. Percorri minha mão trêmula por sua cintura, seu abdômen, seus seios.
Fiquei ofegante, extasiada, louca para ser dela de novo. Helena enrolou meu cabelo em uma de suas mãos, mantendo minha cabeça imóvel. Afastou um pouco o rosto e olhou de modo penetrante em meus olhos, dizendo baixo:

- Vai fazer tudo o que eu quiser? Um arrepio de prazer e de medo percorreu minha pele. Eu ficava terrivelmente abalada quando ela me dominava, me fazia sentir que era dela para ser usada à vontade. Meu coração disparou, minha respiração falhou. Murmurei rouca:

- Sim.

- Se me desobedecer, vou pôr você no colo e espancar sua bunda. Ouviu?

- Sim. Ela sorriu sensualmente. Soltou meu cabelo e afastou-se o suficiente para desfazer os laços do meu biquíni. Logo eu estava com os seios nus. Ela se debruçou para soltar os laços do quadril e aproveitou para morder lentamente um dos mamilos, descarregando uma onda de excitação em meu corpo. Deixou-me nua e trêmula em seus braços. Rolou o mamilo duro entre os dentes e puxou-o um pouco, sua mão descendo por minha barriga, acariciando suavemente minha vagina, que umedeceu seus dedos.

- Já está prontinha pra mim. Eu me arqueei um pouco e abri as pernas, ofegante. Mas ela apenas sorriu, deixando meu seio e minha vagina. – Fique assim, bem excitada, quero você á noite toda. Entendeu Clara? -Afirmei com a cabeça, muito nervosa e cheia de luxúria.

Ela se levantou e sem dizer nada foi para dentro de casa. Engoli em seco, muito incômoda por estar ali nua. Belle parou perto, tomando sua cerveja, seu olhar apreciador descendo por meu corpo. Logo Ariel estava perto dela, sorrindo para mim, visivelmente excitada. Bruna  acenou sorrindo e Ruby falou:

- Manda ver, Cla! Senti meu rosto queimar. Incomodada, encolhi um pouco as pernas e cruzei os braços sobre os seios. Onde estava Helena? O que ela faria comigo? Ela voltou, carregando camisinhas e lubrificante, que pôs em uma mesinha ao meu lado. Olhou para mim com frieza e, sem que ela dissesse algo, retirei aos poucos os braços, baixei as pernas, parei de me esconder. Helena então me estendeu a mão. Disse baixo:

- Venha dançar comigo. Eu segurei a mão dela e levantei, totalmente nua, um pouco corada. Tocava uma música antiga, romântica, bem lenta. Meu coração batia loucamente enquanto ela me encostava-se a seu corpo quente, uma de suas mãos entrelaçando na minha, a outra apoiada no final das minhas costas, puxando-me para ela. Movemos-nos lentamente e fechei os olhos, saboreando o momento, relaxando um pouco. Podia sentir seu corpo com perfeição, seu perfume delicioso, seu peito contra meu rosto, seu membro roçando minha intimidade, sem que eu pudesse controlar, uma onda de tristeza me varreu, pois aquela era minha última noite com ela e eu ainda não estava preparada para ir. A solidão com a qual convivia a três anos, desde que perdi minha mãe, não me bastaria mais. E toda aquela paixão que despertava em mim? E aquele amor à primeira vista, que me consumia como uma droga? Como eu poderia acordar, viver, ir deitar, sabendo que não a tocaria mais assim, que não veria seus olhos castanhos nem beijaria a sua boca? Fiz um esforço sobre-humano para não chorar. Queria parar de ser tola, ser mais forte e decidida, encarar o que a vida preparava para mim. Mas era como se eu fosse perder outra pessoa que eu amava, não para a morte, mas mesmo assim para a saudade. E depois de tantas perdas, eu não aguentava mais. Eu tinha vontade de desistir, sentar num canto e só chorar. Helena acariciou suavemente minhas costas e meu cabelo. Senti seus lábios carnudos em minha tempora, tão suaves que minha emoção veio rasgando. Eu a abracei forte e beijei seu peito, sem poder controlar as lágrimas que desciam pelo meu rosto, embora ficasse quieta, contida. De alguma maneira ela percebeu, pois se afastou um pouco, passou os dedos por meu rosto e murmurou com ternura:

- Por que está assim?

- Não sei. – Disse baixo, envergonhada, tentando me controlar.

-Cla...- ela segurou meu queixo e ergueu meu rosto. – Olhe para mim.
Eu obedeci na hora e mais lágrimas escorreram. Paramos de dançar. Séria e compenetrada, ela as enxugou. – Eu avisei Cla, que seria temporário. Sem compromissos, sem cobranças.

- Não estou cobrando é que sou boba mesmo, desculpe. – Balancei a cabeça, tentando sorrir. – Vamos continuar, já estou bem. Seu olhar fixou-se no meu, impenetrável. Desceu lentamente por minha pele nua e subiu de novo até meus olhos. Suas mãos seguraram meu rosto e ela me beijou na boca. Eu retribuí com todo meu amor e com saudade antecipada, querendo guardar para sempre aquele momento mágico. Minhas entranhas se revolveram, pois eu a queria desesperadamente, mais do que qualquer coisa no mundo. Nossos lábios e línguas se saborearam, num beijo íntimo, intenso, gostoso. Sem que eu esperasse, Helena me pegou no colo e começou a me levar para dentro da casa. Eu a olhei sem entender e antes que pudesse me expressar, ela

Explicou: - Foi muita coisa para você em pouco tempo, Cla e hoje é sua última noite. Esqueça tudo o que eu disse. Seremos só eu e você. -Não pude acreditar. Minha alegria foi tão evidente, que Helena acabou rindo e beijou a ponta do meu nariz, enquanto subia a escada comigo no colo. Mas não terei pena de você,

-E quem disse que quero pena? – Sorri, enquanto entravámos no quarto e ela me colocava na cama. Na mesma hora puxei-a para cima de mim, entre minhas pernas, beijando-a com volúpia. Helena retribuiu quente e gostosa, enquanto eu percorria minhas mãos por ela, maravilhada, apaixonada. Abaixei retirei sua roupa, Jogando-a no chão do quarto. Levei minha mão ao seu membro masturbando-a apaixonadamente, ele estava quente e duro, gemeu em minha boca, deixando que aumentasse o ritmo da masturbação, mordi seu lábio inferior e espalhei beijos em seu queixo, sua garganta, sua clavicula. Ela me acariciava, seus dedos me abriam e se molhavam em minha vulva cremosa, latejante. Olhou-me intensamente e segurou meu cabelo com força. Então subiu por meu corpo e ordenou com dureza: - Vem mamar no meu pau Cla, ela deitou na cama, abriu as pernas e me chamou com a pontinha do dedo. Engatinhei até ela, lambi sua virilha, Helena jogou a cabeça para trás assim que comecei a chupa-la, forçou meu rosto contra seu sexo enquanto eu a chupava desesperadamente. Segurou em meu cabelo com força, nossos olhares estavam unidos, seu rosto contorcido pelo tesão. Apertei suas coxas torneadas, chupando-a máximo que eu podia, deliciando-me com seu pênis, chupava com vontade, colocando até no fundo da minha garganta, mamava com força. Helena estava mais que excitada, não conteve seus gemidos roucos enquanto puxava meu cabelo, fazendo lágrimas descerem pelos cantos dos meus olhos, amparando minha cabeça na posição que mais lhe agradava para lhe chupar. Helena riu, safada. Pegou-me com força e abriu minhas pernas, invertendo as posições e me colocando de quatro pra ela, guiou seu membro na minha entrada e penetrou em mim, afastou meu cabelo pro lado e mordiscou minha nuca. Eu gemia e me remexia na cama. E suas mãos em minha cintura, dando inicio aos movimentos. Pensei que fosse enlouquecer de tanto tesão. Maravilhada com a cena. Deixou-me a ponto de gozar. Com um sorriso pecador, intensificou os movimentos, segurando meus cabelos e puxando.

- Posso gozar?- Implorei, suada e arfante, mal podendo respirar.

- Não. Helena abriu mais minhas pernas e passou a acariciar meu clitóris enquanto metia com força em mim, me deixando louca.

- H e....Lena.... me deixa gozar......- ela nada disse, até que comecei a implorar e choramingar. Só então Helena concordou, mas eu já não aguentava e estremecia por inteiro, gemendo alto, ondulando sob suas arremetidas. Mesmo depois que acabei, que fiquei mole e lânguida, ela continuou a entrar em mim devagar, sua pele brilhando de suor. Sua voz saiu baixa:

- Eu disse que não teria pena, Cla. – Sim, está gostoso... – Murmurei. E Helena

Ficou ali, entrando e saindo de mim devagar me levando a beira do orgasmo, parando e começando de novo, depois fizemos um 69 maravilhoso tão intenso que acabei tendo mais de um orgasmo, cheguei a pensar que fosse morrer. E daquela vez Helena me acompanhou, gozou gostosamente em minha boca, até ficarmos exaustas ainda unidas. Helena deitou-se e me puxou para seus braços. Eu a abracei com força, maravilhada, fechando os olhos. Estava muito feliz. A noite foi muito melhor do que eu imaginara. Mas a palavra “última” martelou minha mente e isso bastou par trazer a tristeza de volta.

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora