Capítulo 61

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Bom dia 🌼




Ainda quero saber que história é essa de Lena! Que intimidade é esta?

-Deixa de bobeira, é contigo que estou, vamos logo minha loira possessiva

POV Helena

Depois que Clara  se acalmou um pouco e pegamos o Rafael nós fomos em direção ao carro, o garoto falava sem parar eu e Clara  apenas sorriamos das suas palhaçadas, ficamos um bom tempo esperando Lumiar , ela tinha que nos enrolar, já estava estressada, já havia lígado inúmeras vezes e mandado milhões de mensagens, já não estava aguentando mais Rafael me perguntar quando iriamos.

-Será que aconteceu alguma coisa?

Clara  perguntou.

-Que nada, ela provavelmente está ocupada demais com sua mala- Respondi e continuei- Eu juro que se ela não aparecer em cinco minutos eu vou deixa-la pra trás.

Assim que acabo de dizer vemos um taxi parar e Lumiar  descer com uma roupa extremamente chique, fiquei sem entender, mais o pior de tudo foi quando o taxista desceu sua mala que era maior que a de todos, muito exagerada pra quem vai passar apenas um dia, fiquei totalmente chocada e estressada, além, dessa mala enorme ela ainda comprou o mercado inteiro, haviam tantas sacolas que nem acreditel, fiquei até preocupada, achei que iriamos ter que ir em dois carros por causa dela.

-LUMIAR !!!

Falamos as três juntas.

-Que quantidade absurda de coisas são estas?

- Sis, isso são todos necessários.

-Eu não acredito que você nos atrasou por causa dessa mala enorme e totalmente sem utilidade.

-Não diga isso, ela tem sentimentos.

-Deixa de bobeira, pelo visto terei que deixar você pra levar suas malas.

-Você não faria isso.

Olhei pra ela com os olhos serrados e ela continuou:

-Ok, sei que você faria, mais por favor, já que me esperaram até agora joguem minhas coisinhas no carro e vamos logo,

-Coisinhas? Carregou todo seu apartamento com você.

Clara  e Sol só sabíam rir, Rafael estava mais preocupado com a viagem e o passeio do que com o mundo a sua volta, as meninas me ajudaram a colocar as coisas no porta malas, ainda bem que tenho um carro grande, depois de tudo organizado conseguimos sair, era uma viagem demorada, cerca de 3 horas, Clara  velo no banco da frente comigo, Lumiar  atrás de mim, Rafael no meio e Sol ao seu lado, deixei o som ligado em uma rádio qualquer, emprestei meu tablete para que Rafael se divertisse e nós ficamos conversando amenidades, ora falávamos da ONG ou dos meus novos projetos, ora Clara  e Sol contavam sobre seus trabalhos e Lumiar  sempre fazendo piadinhas desnecessária, foi uma viagem gostosa, já estávamos a cerca de uma hora e meia na estrada, Rafael já dormia como um anjo encostado no ombro da amiga da Clara  quando Lu diz:

-Sis, falta muito tempo?

-Lu, você sabe, já esteve lá outras vezes, se esqueceu?

-É mesmo.

-Porque?

-Eu preciso ir ao banheiro.

-Você não foi antes de sairmos?

-Eu me esqueci, além disso, eram muitas coisas pra arrumar em pouco tempo!

-Como é? Você foi a que mais demorou e ainda diz que não teve tempo?

-Disse a verdade!

-Como a pessoa tem tempo de arrumar uma mala desse tamanho e ainda comprar o mercado inteiro e não tem tempo de ir ao banheiro?
-Lena, pare em algum lugar, bom que compramos uma água.

Clara  que estava calada decidiu entrar na conversa.

-Eu só vou parar porque ela pediu e uma água seria uma boa ideia, se fosse só por você teria que ir segurando até lá!

-Tá vendo como ela é ingrata com a minha pessoa? -Disse Lu fazendo uma cara de cachorro sem dono e seu drama que eu já estava mais que acostumada- Eu não me importaria nada em fazer no seu carro Sis.

-Mais nós importaríamos!

As meninas só conseguiam rir, Lumiar  é mesmo inacreditável, havia um trecho da estrada que era deserto e para nossa sorte e dela estávamos nele, já havia se passado cerca de 20 min e não havia aparecido nenhum lugar para pararmos, já tinha ouvido muitas reclamações dela mais confesso que eu estava adorando ver o seu desespero.

-Sis, será possível que não tem nada nessa estrada?

-Lu, segura mais um pouquinho

-Deixa de hora, para logo esse carro.

-Onde você quer que eu encoste?

-Em qualquer lugar, se não parar este carro em cinco minutos eu juro que farei aqui mesmo, nesse lindo banco de couro.

-O pior é que sei que você é capaz disto.
-Por Deus amor! Pare esse carro ou ela vai nos deixar louca.

Eu me perdi quando ela me chamou de amor, meu coração acelerou como um louco, fiquei com um sorriso bobo nos lábios, não pensava em mais nada, coloquei minha mão em sua coxa e apertei de leve, mais como tudo que é bom dura pouco Lumiar  teve que cortar nosso momento dizendo:

-Olha só, eu sei que a saudade de vocês é demais, afinal oito anos longe, mais dá pra se comerem depois? Sol e eu não queremos ver isto e eu preciso ir no banheiro.

-Porra! Você é um encosto.

-Bom, por mais que eu não queira terei que concordar com Lumiar , ela está falando tanto em ir no banheiro que até eu me sinto com vontade.

Sol que permaneceu calada resolveu dizer o que nos fez rir.

-Eu prometo que em menos de cinco minutos tem um posto de gasolina com um restaurante, vai ser melhor que na beira da estrada ou no meu lindo carro.

-Se você estiver mentindo eu juro que faço aqui mesmo.

-Não será necessário Lumiar . Olha só Sis, você devia se comportar melhor, isso não são modos de uma dama, muito menos quando quer conquistar alguém.

Lu ficou muito vermelha e não disse nada, olhei pra Clara  e sorrimos. Nunca havia presenciado Lumiar  com vergonha ou sem saber o que dizer, adorei vê-la assim. Como havia prometido em menos de cinco minutos chegamos ao local, estacionei e antes que dissesse algo Lu salu como uma louca correndo ato que fez com que Rafael acordasse assustado, dei vontade de matá-la por isso, Sol que estava ao lado dele tratou de acalma-lo, depois que ele se acalmou nós descemos, eu segurava na mão da Clara  e do Rafael , adentramos o local e escolhi uma mesa para nos sentarmos, Clara  pegou uma água e se sentou na minha frente, eu pedi um suco natural de limão, e me sentei com Rafael ao meu lado, ele disse que não queria nada, mais notei que ele estava diferente e quis saber o porquê.

-Hey Rafael -ele me olhou- porque está assim? Não se sente bem? -Notei que ele ficou vermelho e parecia acanhado, Clara  só bebia sua água e prestava atenção na nossa conversa. – Diga o que sente meu garoto, se estiver com algum problema podemos voltar.

-Não!! Eu não quero voltar.

Até me assustei um pouco com o quão rápido ele respondeu.

-Então me diga o que se passa?

- Eu estou com medo.

-Medo de que Rafael ?

-Tenho medo de me acharem custoso e me levarem de volta pra ONG.

Essas palavras me pegaram de surpresa, Rafael é apenas uma criança e não devia se preocupar com estas coisas, fiquei meio sem saber o que dizer, ele estava extremamente vermelho e com a cabeça abaixada, brincando com suas mãozinhas.

-Olha pra mim Rafael , -ele me olhou e eu continuei- Você é apenas uma criança, não precisa se preocupar com nada disto, eu já disse nas outras vezes que saímos que eu gosto muito de você, além disso...

Ele não deixou que eu continuasse e me interrompeu dizendo:

-Mais você sempre me leva de volta pra lá.

Ele disse com os olhos marejados, confesso que vê-lo dizendo isto me machucou demais, eu já havia saído com ele em passeios diversas vezes e tudo que eu mais queria era faze-lo meu filho, porém, não era tão fácil, mesmo pra uma pessoa como eu com muitos recursos.

-Rafael , eu já lhe expliquei que essas coisas não são fáceis, eu quero muito que seja meu filho. Você aceita?

-Simmmmm!!!

- Meu amor, eu prometo que tentarei agilizar as coisas e mais rápido que você espera eu estarei lhe buscando pra minha casa e será pra sempre, não se preocupe, só aproveite o nosso passeio ok?

-Você promete?

-Sim meu amor, eu prometo- puxei ele para o meu colo e o abracei-Eu juro que farei de tudo pra que seja meu filho. Eu te amo Rafael !

-Eu também te amo Lena! Eu já posso lhe chamar de mãe?
Eu não esperava e fiquei totalmente surpresa, nem sabia o que era ser mãe mais desde que o conheci eu estava disposta a descobrir, fiquel muito emocionada e nem notei que chorava, apenas quando ele limpou uma lagrima que escorria com suas mão pequeninas e disse:

- Você não gostou?

- Não meu amor, eu ameil E pode me chamar como quiser meu filho.

Dito isso eu o abracei novamente e limpei minhas lagrimas, Clara  se manteve calada a todo momento e quando a olhei como era de se esperar ela chorava, ela limpou suas lagrimas e sorriu pra mim, eu estava tão feliz só consegui sorrir de volta, fiz com que ele me olhasse e disse:

-Agora meu garoto eu quero que aproveite o passeio ok? Não se preocupe com nada.

-Sim!

-Agora diga o que quer?

-Eu quero sorvete!!!!

Foi inevitável não sorrir com sua animação, Clara  que até agora permanecia calada disse:

-Vou pegar Rafael , você quer de qual sabor?

Ele me olhou e disse animado:

-Chocolate!!!!

Clara  sorriu e saiu pra pegar o sorvete, fiz com que ia colocá-lo na cadeira ao meu lado novamente e ele pediu com a cara mais fofa que já -Deixe me ficar no seu colo, por favor.

Acariciei seus cabelos, dei um beijinho nas suas bochechas e disse:

- Fique meu amor.

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora