capítulo 17

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- Olá, Cla.

Eu não podia reagir. Engoli em seco, busquei o autocontrole, mas estava feliz e extasiada demais para pensar normalmente. Apenas balancei a cabeça. Naquele momento, um ônibus se aproximava do ponto e buzinou. Helena olhou meio irritada, como se não quisesse ser importunada. Então estendeu a mão e pegou a minha. Disse baixo: Vem, vou te levar para casa.

Eu segurava a bolsa com força no colo, o fone de ouvido ainda agarrado entre meus dedos. Não conseguia tirar os olhos dela, maravilhada por ser realmente ela, quando ainda naquele dia Bruna  me disse que ela nunca mais apareceria. Quando eu realmente acreditava que nunca mais o veria, Helena me encarava, compenetrada, elegante e à vontade naquele ambiente suntuoso, Devagar sorriu para mim, como se entendesse como eu me sentia. Consegui engolir em seco, larguei o fone dentro da bolsa e murmurei rouca:

-Foi... Coincidência? Passou e me viu no ponto? – Não. Vim buscar você.

Suas palavras, tão seguras e diretas, fizeram meu coração disparar. Não pude acreditar. Aguardei, com medo de me arriscar e errar, entender tudo diferente da realidade. Mas então ela segurou meu pulso, sem deixar de me olhar, falando daquele seu jeito que me deixava de pernas bambas:

- Vem aqui me dar um beijo, Clara . Eu fui. Deixei que me ajudasse a entrar no carro luxuoso e depois sentasse ao meu lado, batendo a porta. O mundo foi esquecido. O motorista pôs o carro em movimento e lá éramos só nós duas, cercados por vidros escuros, que inclusive nos isolava do motorista. Mordi os lábios, com vontade de chorar. A felicidade veio tão intensa e golpeante que arfei, sem controle. Na mesma hora larguei minha bolsa, que caiu no chão do carro, e me joguei nos braços dela. E então nossas bocas estavam unidas, sua língua na minha, seu gosto delicioso me lembrando como pude viver sem ela, como não morri com a fome e a sede que Helena me causava com sua ausência. Meus dedos estavam em seus cabelos, enquanto ela me trazia para seu colo e me abraçava forte pela cintura. Foi um beijo de saudade e de amor, Renasci ali, ganhei vida, fui realmente feliz. Eu vegetava longe dela, Naquele momento desabrochava e respirava, pois ali era meu lugar.

- Não posso acreditar... – Sussurrei, beijando todo rosto dela, meus dedos percorrendo seus traços, seus cabelos, seus ombros. Acabei rindo e lágrimas pularam dos meus olhos, enquanto a apertava com força entre os braços, beijando seu pescoço perfumado, aspirando aquele seu cheiro familiar. E assim ficamos, enquanto o carro percorria a rua, eu no colo dela, mais feliz do que um dia fui na vida, abraçando-a com força. Helena esfregou minhas costas, calada. Por fim, enfiou os dedos entre meu cabelo e puxou o prendedor que o mantinha num coque. Os fios se espalharam ondulados e loiros e ela massageou meu couro cabeludo e minha nuca, mordiscando suavemente meu pescoço. O desejo me engolfou na hora e me rocei nela, sentindo seu membro já rígido roçar na minha intimidade, agarrando-a, tateando-a, murmurando sem defesas:

- Senti tanta saudade, Helena... E ela me beijou na boca de novo, quente. Eu me entreguei por inteiro, derreti ali, abandonada, toda dela. Helena tirou a echarpe do meu pescoço e largou-a no chão, Suas mãos vieram para frente do meu peito e, sem deixar de me beijar, ela foi desabotoando toda minha blusa. Quando acabou, puxou a por meus braços, largou-a junto à echarpe e então me olhou, murmurando rouca e meio irritada:

-Esse uniforme é horrível. Esconde toda a sua pele. Eu acabei rindo. Então ela riu também, emendando: - Livre-se dele.

- Isso é loucural- Mas já obedecia, saindo do colo dela e me equilibrando no banco a seu lado para tirar as sandálias e despir a calça. Helena desabotoava o sutia nas minhas costas e tirava as alças por meus braços. Por fim me livrei da calcinha e seu olhar escureceu, descendo penetrante por meu corpo. Quando me olhou de novo nos olhos, já retirava seu terno, seu salto alto preto, expondo uma lingerie preta de renda e sua boxe preta com sua enorme ereção, sem poder resistir, passei a mão por seu sexo por cima da boxe, dei uma apertada de leve no seu pênis, enquanto retirava seu sutia. – Sentiu saudades do meu pau Clara ? Eu

A olhava chela de desejo, nem me dei ao trabalho de respondê-la, abaixei entre as pernas de Helena, a mesma ergueu seu quadril para que eu pudesse retirar sua cueca feminina, Helena estava totalmente dura, chupei-a com volúpía. Sentia falta do seu gosto, seu cheiro, seu jeito, seu olhar. Porra, Cla... – Helena gemeu rouco e a chupei chela de desejo, inebriando-me com ela. Isso, gatinha... Ela juntou meu cabelo na nuca e segurou-o em forma de rabo-de-cavalo, olhando-me enquanto eu chupava seu membro, começou a penetrar minha boca, colocando seu membro até o talo, me fazendo gemer, completamente excitada por ela, sua outra mão percorreu minhas costas, desceu até meu bumbum, acariciel-o, eu engoli seu pré-gozo, saboreel seu gosto e seu cheiro, excitei-me até ficar toda molhada só por estar ali, por tê-la comigo em minha boca. Então, me puxou devagar fazendo com que eu olhasse para ela.

- Preciso te foder. E assim fez, me colocou em seu colo com uma perna de cada lado e senti me penetrar e entrar aos poucos, enquanto seu polegar massageava meu clitóris. Arfei, tremendo, mas Helena me segurou, então nos olhamos e nos beijamos na boca sem cessar o vai e vem do seu membro dentro de mim, Helena segurava na minha cintura ditando o ritmo das estocadas, continuou me penetrando cada vez mais fundo, deslizando ate meu útero, espalhando adrenalina em meu sangue e me comeu assim, seus lábios saindo dos meus e mordendo minha orelha, sua língua me lambendo, suas palavras meros sussurros roucas em meu ouvido: -Ofereça-me seus seios, Cla...

-Ai... – gemi, excitada. Fui um pouco para trás, sem parar de me mover sobre seu pênis, meus olhos encontraram os dela e quase gozei. Mordi os lábios com força, enquanto segurava meus seios por baixo e os erguia um pouco, roçando meu mamilo em sua boca, Helena sorriu, safada, em deixar de me olhar e me penetrar, fechou os dentes na ponta do mamilo e chupou-o forte, mordiscando-o, meu corpo convulsionou, movi mais rápido os quadris, gemendo sem parar. E assim, com todo meu mamilo na boca, sem deixar de me comer. O carro seguia pela rua, rápido, cortando os outros com maestria, lá dentro Helena parou de acariciar meu clitóris e levou passou a enfiar o dedobem meu orificio apertado e passava a me comer ali, enquanto penetrava minha vagina. O prazer era tão absurdo, que a agarrei fortemente e comecei a ondular, murmurando o nome dela em um orgasmo fulminante, que se espalhou denso e voraz por todo meu corpo. Helena parou de me penetrar, gozando dentro de mim, arrebatada e fraca, desabei ainda no seu colo, estávamos nuas, suadas e saciadas. Então ela murmurou ao meu ouvido: - Também senti saudade, Cla. Fechei os olhos, mais apaixonada do que nunca. Eu estava completamente perdida.

POV Helena

Fiquei observando terminar de fechar os botões da blusa, sentada ao seu lado, pegou a echarpe e a bolsa do chão, guardou o tecido creme lá dentro e colocou a bolsa ao lado, no banco. Seus cabelos ondulados e loiros espalhavam-se por seu rosto. Ela estava corada, com olhos brilhantes e uma alegria quase infantil no rosto. Era um prazer olhá-la, tão doce e ingênua, sem esconder nada dela, Parecia criança, sem ainda conhecer as manhas e falsidades dos adultos. Aquilo era o que mais o encantava nela. Olhou- e sorriu, feliz, retribui lentamente o sorriso, sentindo-me o lobo mau da história. Ia mergulhá-la em meu mundo e desfrutar vendo-a se tornar minha, para fazer o que bem quisesse com ela. Já intuía que Clara  me daria prazeres inesquecíveis. Mas não a magoaria de propósito, cuidaria dela e, quando tudo terminasse, ela seria devidamente recompensada. Sem falar que não seria mais tão ingênua e triste como era. Ambos sairiam ganhando com aquele acordo. Ela fitou a janela do carro e virou-se novamente para ela, indagando: Vai me levar mesmo para casa? O carro percorria as avenidas, milagrosamente sem retenções.

Sim. Brooklyn, não é? - É. - O sorriso dela ampliou-se, mostrando
suas duas covinhas nas faces. Era realmente uma graça. Por um momento pensou em seu apartamento simples e que Helena era uma mulher rica. Mas logo afastou aquilo da mente. Recostou-se no banco, meio de lado para poder olhá-la. Helena segurou sua mão macia, de dedos finos, acariciando-os de leve sobre o colo. Fitaram-se um momento e pelo rosto dela as expressões passavam sem disfarces. Era muito interessante observá-la. Ela por fim perguntou:

-Por que mudou de ideia e me procurou? Saudade,-Disse, sucinta.

-Eu senti muito a sua falta, Helena.- A verdade do que ela dizia era quase palpável. Olhou-a com tanta adoração, tanta entrega que ele começou a se excitar novamente, Mas se controlou.

-Eu sei. - Não se fingiu de boba.

- Pensei que nunca mais fosse ver você.

- Mas estou aqui, Cla.

-Sim. - Ela sorriu ainda mais.

- Escute nada mudou. – Acariciou sua palma carinhosamente, sem deixar de fitá-la. – Não me envolvo em relacionamentos nem compromissos. E levo minha vida da maneira que você sabe, livremente. Tudo isso continua igual. Se nos encontrarmos e sairmos juntas, você deve conhecer esses termos. -Clara  estava bem atenta, séria.

- Quer dizer... As orgias?

- Sim. E tudo mais. Não me prendo a convenções, Clara , meus prazeres são muito além do que está acostumada. A ilha foi apenas um vislumbre de tudo, outra coisa, sem cobranças. Ficaremos pelo tempo que for conveniente a ambas. Quando chegar o fim, cada um no seu caminho-Estava sendo bem direta e clara, não a enganaria. Clara  saberia o que a aguardava, Cabia a ela aceitar ou não – No barco, as meninas disseram que você faz umas festas, vai a um clube, não sei, de BDSM e outras coisas. – Incomodada, desviou o olhar, Completou: - Tenho medo disso tudo, Nunca fui e.... Helena sorriu, achando graça, atraindo seu olhar. Acariciou de leve seu rosto e explicou: Não sou exatamente adepta do BDSM, mas experimento tudo. O que mais me atrai nesse mundo não é a dor, mas a submissão. Gosto das minhas mulheres assim, minhas, para realizar seus desejos e saber que realizarão todos os meus. Esses termos não

Mudaram, Clara . Na Ilha, quando vi que Não queria transar com Lumiar , que ficou realmente assustada, abri uma exceção.
Era tudo muito recente para você. Mas Agora, se aceitar minha proposta, não terei pena. Terá que mergulhar de cabeça no meu mundo. Essa é minha realidade.
– Essa é a sua proposta? – Ela parecia um pouco assustada, curiosa, os olhos imensos no rosto delicado.

- Sim. Será minha e se entregará completamente, em troca, serei sua, realizarei seus desejos. Clara  mordeu os lábios. Foi bem honesta:

-Tudo ainda é novo e assustador para mim. Eu desejo você, Helena, mas quando penso em outras pessoas, eu... Fico com medo, me sinto culpada.

- Culpada?

-Meus pais me criaram de outra maneira. Se eles soubessem o que fiz, o que ainda posso fazer, nunca me perdoariam. – Seus olhos encheram-se de lágrimas. Vem, aqul. Helena pegou-a e a pôs no colo, novamente, Segurou seu queixo e fez com que o olhasse, realmente percebendo o quanto aquilo mexia com ela. – Sei que é difícil para você, Cla, mas seus pais estão mortos, Tenho certeza de que se orgulhariam de você e é maior de idade, as opções sexuais são suas, a única coisa que posso prometer é de ir devagar e se algo você não quiser fazer, não será obrigada.

-Não pode ser apenas eu e você?

- Não,

-E você tocará em outras pessoas?

-Sim. -Clara  parecia realmente agoniada.

Helena beijou suavemente seu pescoço e acariciou seu cabelo.

- É tudo tão louco...

- Mas essa sou eu. Então Clara  me abraçou com força. E murmurou rouca:

- Eu não tenho escolha. Não consigo ficar longe de você. Sim, eu aceito. Sou sua, Helena , vou tentar.

Helena não sorriu, mas sentiu a satisfação com aquela entrega e com tudo que ela ainda lhe daria. Aquele olhar, aquela docilidade, seriam todos seus. Acariciou-a, imaginando todos os prazeres possíveis que ainda compartilhariam.

Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora