capítulo 52

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Boom dia 🌼




POV Clara

Acordei no sábado cedo extremamente ansiosa, havia chegado ontem a noite, Sol decidiu que viria comigo, o que eu achei ótimo, pelo menos não enfrentaria tudo sozinha, já que percebi que não dormiria mais eu resolvi me levantar e preparar o café da manhã, tomei um banho rápido, vesti uma roupa simples, deixei pra me arrumar mais tarde, preparei algumas torradas, fiz o café e piquei algumas frutas, estava acabando de arrumar a mesa quando Sol entra na cozinha dizendo:

- Bom dia Clara!

- Bom dia Sol, conseguiu dormir bem?

- Dormi maravilhosamente bem, você que parece que não pregou o olho.

- É verdade! Quase não consegui dormir, estou muito ansiosa, não sei como ela vai reagir nem se estou preparada para vê-la, nesses oito anos eu busquei deixa-la esquecida, tentar desviar dela de todas as formas, agora não sei nem como vai ser minha própria reação- falei com os olhos marejados- fiquei tão preocupada com o que aconteceu comigo que me esqueci do quanto eu a magoei saindo dessa forma, tenho vergonha de mim mesma por ter fugido, por ter a deixado sozinha, ela já sofreu tanto e eu a fiz sofrer mais ainda, como pude ser tão medrosa? Como eu pude ser tão egoísta? Eu poderia ter pelo menos conversado com ela, ter explicado que não podíamos continuar, mais eu tive medo, medo de não resistir aquela voz, ao jeito que ela me fazia sentir quando estava com ela, de não resistir quando ela me tocasse, não queria fazê-la sofrer e fugir, e fiz pior, deixei que ela sofresse mais ainda. Sol me abraçou e me levou até o sofá, chorei muito com a cabeça em seu colo, depois de muitos minutos assim Sol disse:

- Você já parou pra pensar que esse tempo era tudo que vocês precisavam? Concordo que você não precisava ter fugido dessa forma, você foi sim egoísta, mais fugir dela era tudo que você precisava naquele momento, você estava muito machucada também Clara, não vejo uma forma de vocês terem se curado juntas, porém, sei que não será fácil, são OITO anos Clara OITO, não são como oito dias, ela com certeza teve alguns relacionamentos nesse tempo, pode ser que esteja em um agora, mais diferente daquela época hoje você sabe o que quer não é? Você quer lutar por ela Clara?

-Eu quero tê-la de volta é tudo que mais quero. – Então lute por ela Clara, você não pode esperar que ela te receba com beijos e abraços, você não foi apenas viajar Clara, você sumiu! Tudo bem que você precisava disso, mais foi assim, você tem que tentar se aproximar dela com calma, reconquistar sua confiança, não sei qual vai ser a reação dela, pode ser até que ela aceite conversar não é?

-Duvido muito disso Sol.

- Você só não pode desistir de novo Clara.

-Não vou dessa vez eu não vou fugir nem sair dessa cidade sem ela ou um ponto final na nossa historia, mais sabe qual meu maior medo?-Sol acenou com a cabeça e continuei-Tenho medo que ela ainda seja a mesma Helena  que conhecia a oito anos atrás, que ela ainda esteja naquele mundo louco e por mais que eu a ame não vou suportar, Só tem um jeito de descobrir isso Clara, falando Com ela, vêm vamos fazer nosso desjejum e sair ou atrasaremos.

Depois dessa conversa intensa nós tomamos nosso café em silencio, depois eu me arrumei, vesti uma roupa simples, optei por uma blusa sem mangas rosa com flores, uma calça jeans colada em meu corpo, um sapato de salto preto, fiz uma maquiagem leve e deixei meus cabelos soltos, quando saí do meu quarto Sol já estava me esperando na sala, ela estava com um vestido preto, com alguns detalhes em flores, na altura do Joelho, saímos e fomos buscar a criança, eu como responsável pelo caso conversaria com a nova psicóloga dela, espero que seja alguém legal, o que menos preciso é de um daqueles psicólogos chatos que se acham donos do mundo.

Fomos o caminho em silencio, estava mexendo em minhas redes sociais, resolvo dar uma olhadinha na dela de novo, reparei que ela havia postado uma foto a pouco tempo, quando vi a morena de olhos verdes em seu colo eu senti vontade de chorar mais não iria fazer isso, não iria desistir por causa de uma foto, deixei meu celular de lado e passei a olhar a janela e a pensar nos nossos momentos, chegamos à ONG por volta das 09h00min, meu coração acelerou ainda mais, podia sentir batendo em meu peito, Sol sentiu o quanto estava nervosa e pegou em minha mão me passando confiança, descemos do carro e entramos, eu precisava ser profissional e eu seria, não sou mais aquela menina boba, inocente de oito anos atrás, hoje eu sou uma mulher e sei o que quero. Segui em direção à sala da tal psicóloga, Sol ficou no pátio com a criança, bate na porta e escutei uma voz rouca me pedindo pra entrar, quando entrei reconheci na hora, Merda Era a morena que estava na foto com a Helena  e minha nossa, não posso negar ela é linda, ignorei Meus pensamentos e ela estendeu a mão pra mim Dizendo:

-Alex Vause, serei a nova psicóloga.
-Prazer Dra. Vause, Clara Albuquerque .
Quando disse meu nome senti que ela ficou surpresa, será que Helena  falou alguma coisa do nosso passado pra ela? Não! Acho muito difícil, deve ter sido apenas impressão minha, sentamos e conversamos sobre a nova criança, seu nome era Anna, tinha apenas 10 anos, contei tudo que sabia sobre ela, além de passar o prontuário pra Dra. Vause, ela aparentou ser uma excelente profissional, conversamos tudo que precisávamos e saímos da sala, estávamos indo em direção a onde Anna estava e percebi todas as crianças cumprimentando-a, ela se dava muito bem com eles era nítido, Dra. Vause ficou pra trás conversando com uma linda menininha loira e eu segui meu caminho, de longe eu observei uma morena que fez meu coração acelerar mais ainda, nossa ela continuava linda, estava com um vestido lindo branco com algumas rendas pretas acima do joelho, eu achei que tinha superado o que vivemos, mais quando eu olhei pra ela mesmo de longe e distraída conversando com um lindo menininho e com minha amiga Sol tudo de bom que vivemos velo a minha mente, nossos passeios, os dias no teatro, no quarto dela, como ela ainda tem esse poder sobre mim? Mesmo depois de tanto tempo, sinto como se nunca estivéssemos separadas, como se o tempo não tivesse passado, porém ele passou e tive a certeza disso quando a Dra. Vause chegou por trás dela abraçando e dando um selinho rápido, meu coração ficou em choque, mais eu não podia desistir agora, continuei andando como se nada estivesse acontecido, mais por dentro eu estava triste e destruída, quando cheguei perto delas, Helena Ainda não tinha me visto, estava distraída com a Criança, fiquei tão emocionada por vê-la assim, tão Próxima delas, limpei a garganta e nesse instante

Ela me olhou, o sorriso que estava em seus lábios Foi morrendo aos poucos, ficamos nós encarando por longos minutos até que ela disse:

- Clara?

- Helena !

Nesse momento eu já estava com meus olhos marejados, ficamos nos encarando sem dizer nada até que Sol nos tirou da nossa bolha dizendo:

- Não vai nos apresentar Clara.

-Assim Cla-ro, - ótima hora pra gaguejar Clara - Sol Murray essa é Helena  Weinberg e a Dra. Alex Vause.

- A senhorita Weinberg eu já tive o prazer de conhecer, muito prazer Dra. Vause! Elas se cumprimentaram e ficamos as quatro Caladas, olhando até que uma ruiva doida que eu Conhecia muito bem aparece do lado da Helena  Dizendo:

- Oi Sis, Oi Morena delicia, quem são essas a..

Sua fala morreu quando olhou pra mim.
-Clara?

- Oi Lumiar , tudo bem?

- Caralho Clara, achei que nunca mais iria te ver! Lumiar  veio me abraçando, pelo menos ela está de boa comigo, já é um começo não é? Quando nos soltamos do abraço eu aproveitei pra apresenta-la a Sol.

-Lumiar  essa é minha amiga Sol Murray. Percebi uns olhares de desejo entre elas, será que Sol desencalha?
– Prazer senhorita Murray, Lumiar  ao seu inteiro Dispor! Lumiar  continua assanhada, sorri, com meu pensamento, Helena  estava saindo com a tal Alex quando eu chamei-a:

-Helena , podemos conversar?










Minha Tentação (ADAPTAÇÃO) ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora