𝐌𝐒: 𝐒𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄 𝐄 𝐓𝐈𝐍𝐓𝐀 | ❝ Um quadro. Uma carta. Um segredo.❞
A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts foi fundada por volta de 993 D.C., e em tantos anos de história é de se imaginar que aquelas paredes foram marcadas pelos mais curios...
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❛Eu não tenho culpa dela ter pulado em cima de você, ela é uma gata, o que esperava? Eu já pedi desculpas, não precisa ser arrogante.❜ – Milenna Yaxley.
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Havia cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts: largas e imponentes; estreitas e precárias; umas que levavam a um lugar diferente às sextas-feiras; outras com um degrau no meio que desaparecia e a pessoa tinha que se lembrar de saltar por cima. Além disso, havia portas que não abriam a não ser que a pessoa pedisse por favor, ou fizesse cócegas nelas no lugar certo, e portas que não eram bem portas, mas paredes sólidas que fingiam ser portas. Era também muito difícil lembrar onde ficavam as coisas, porque tudo parecia mudar frequentemente de lugar. Millie que havia lido, mais vezes do que se lembra, o livro Hogwarts: Uma história, não teve grandes problemas em chegar ao Salão Principal para tomar café no dia seguinte, assim como Tony, parecia estar tudo indo perfeitamente bem, achar as salas não era necessariamente um problema muito grave para nenhum dos dois.
O que era uma boa já que não podiam contar com tanta ajuda. As pessoas nos retratos saíam para se visitar e os brasões andavam, o que só bagunçava mais a mente se fossem se contentar em marcar os lugares contando com a ajuda deles.
Os fantasmas também não ajudavam nada. Era sempre um choque horrível quando um deles atravessava de repente uma porta que a pessoa estava querendo abrir. A Dama Cinzenta, uma fantasma esbelta de cabelos longos residente da Torre de Ravenclaw, normalmente parecia arrogante e orgulhosa, mas conseguia ser simpática e não se importava em apontar a direção certa se fosse para os alunos de sua casa, mas Pirraça, o Poltergeist, representava duas portas fechadas e uma escada falsa se a pessoa o encontrasse quando estava atrasada para uma aula. Ele despejava cestas de papéis na cabeça das pessoas, puxava os tapetes de baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as pelo nariz e guinchava: "PEGUEI-A PELA BICANA!"
Millie ainda não tinha esbarrado com ele, o que ela agradecia à Merlin por isso, mas Lisa teve o azar de ser alvo de determinadas pegadinhas do poltergeist, e quase quis se jogar da torre por ter se atrasado para uma aula.
Pior que o Poliergest, se é que isso era possível, era o zelador, Argus Filch. O homem parecia ser odiado por grande parte dos estudantes por ser um bruxo ranzinza e grosseiro.
Filch tinha uma gata chamada Madame Nora, um bicho magro, cor de poeira, com olhos saltados como lâmpadas, iguais aos de Filch. Ela patrulhava os corredores sozinha, se alguém desobedecesse a uma regra em sua presença, pusesse o dedão do pé fora da linha, ela corria a buscar Filch, que aparecia, asmático, em dois segundos. Filch conhecia as passagens secretas da escola melhor do que ninguém e podia surgir de repente como um fantasma. Os estudantes a detestavam e a ambição mais desejada de muitos era dar um bom pontapé em Madame Nora.
