Capítulo 15 - Pra Onde Vamos Agora?

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- ah, não sabia que você tinha trazido um amigo? - diz a Helena. - espera aí, eu não o conheço de algum lugar?

- você não lembra. - eu digo.

- vocês se conhecem? - o Dinho pergunta.

- claro! Você é do colégio Álvares De Azevedo, não é? - Helena diz. - éééé... Gabriel, não é isso?

- isso mesmo.

- não sabia que você tinha amigos dessa idade, Dinho. - Helena diz ao seu filho.

Dinho: - na verdade, a gente se conheceu ontem.

- que coincidência, não é? - eu digo.

Helena sorri e diz: - fique a vontade, Gabriel. - então ela sai da porta do quarto.

Eu e o Dinho ficamos jogando por mais algum tempo, até que...

- Desculpa Gabriel, mas eu tô morto de sono. - Dinho diz.

- tudo bem, eu já vou.

Dinho: - eu te levo até a s...

- não precisa, eu sei a saída, pode ir pra cama.

Eu desço do quarto, quando estava passando pela sala na direção da porta...

- Gabriel. - era a Helena. - você já vai?

- vou, seu filho já está indo dormir.

- senta aqui, eu quero falar com você. - ela estava sentada em cadeira, perto de uma mesinha no canto da sala, cheia de papéis, ela estava em uma das quatro cadeiras que cercavam a mesa, eu me sento em uma que estava ao lado esquerdo dela.

- sobre o quê? - pergunto.

- eu gostei muito de saber que meu filho tem amigos agora, principalmente sendo você, que é um garoto tão legal, você é uma ótima influência para ele.

- ah, que bom que você pensa assim. Eu vi o Dinho no shopping com outros amigos.

- que bom, então ele realmente está se enturmando... é que o Eduardo não costumava ter amigos, sabe, nós vivíamos nos mudando de um lugar para outro, de um país para outro... ele nem tinha tempo de fazer amigos, mas depois que o Henrique morreu, nós paramos por aqui. O Eduardo sente tanta falta do pai, ele o adorava.

- o Dinho é um carinha legal.

- eu só me preocupo um pouco com a diferença de idade de vocês, que tipo de assuntos vocês têm?

- ah, só coisa de criança mesmo, o Dinho é inocente ainda, ele está começando a descobrir o seu primeiro amor.

- ahhh, que legal. O Eduardo foi quase sempre educado em casa, por isso não tinha muito contato com outras crianças. Ah, você falou de primeiro amor, eu acabei de me lembrar, como vai sua namorada, aquela garota linda que estava do seu lado?

- eu não tenho mais namorada.

- nossa, que pena.

- a última vez que eu vi ela foi quando você me levou pra casa, naquele dia, lembra?

- sim, claro. Ela foi embora?

- desculpa, mas eu não gostaria de falar sobre ela.

- entendo. Você já pensou em fazer um estágio na New?

- eu fui lá ontem.

- sério? E o que disseram?

- pedi, pra falar com você, mas não consegui.

- agora que você falou, parece que a Fabí me falou mesmo de um Gabriel que queria me ver. Desculpa, eu não sabia que era você.

- sem problemas, você deve ser muito ocupada.

O Anjo - Vidas & MortesOnde histórias criam vida. Descubra agora