Dani: - e aí, Gabriel.
Jude: - oi.
- vocês voltaram.
Dani: - pois é.
- e aí? Como foi?
Dani: - depois eu te conto.
Jude: - acho que é melhor eu ir ver meu irmão, nós vamos na casa do nosso pai amanhã, lá em Angra.
Dani: - tá, eu vou ficar por aqui, linda.
Jude: - tá bom. - ela o da um beijo. - tchau Gabriel.
Eu fecho a porta depois que ela sai.
Maria: - mô, eu não sabia que você tinha amigos.
- eu não sabia que você tinha a chave.
Ela sorri e diz: - tinha uma reserva na gaveta, eu peguei quando sai... e eu cheguei ontem a noite e você só chegou agora, tava pra onde?
- depois a gente conversa, agora deixa eu falar com o Dani um momento.
Maria: - estarei no nosso quarto.
Depois que sai, Dani diz. - legal essa sua namorada, mas o que aconteceu com a Nichole?
- sumiu.
- vocês terminaram?
- ela terminou... no dia que você saiu, mas isso não importa mais.
- ah.
- fala aí, como foi? Encontrou seu pai?
- vamo lá em casa amanhã?
- por quê?
- preciso conversar com o Jonas e o Pedro.
- seus pais?
- é.
No dia seguinte, eu pedi pra Helena me liberar o dia, e logo pela manhã, Dani e eu fomos até a casa dos pais dele.
Jonas abre a porta. - filho, você voltou. - Jonas abraça Dani e começa a chorar.
Pedro então aparece descendo a escada. - Dani!
Dani: - oi gente.
Jonas: - entrem. - a gente entra e nos sentamos no sofá e Pedro em uma poltrona, de frente pra gente.
- bom dia. - Pedro diz.
- bom dia. - eu respondo.
Pedro: - filho...
Dani: - oi Pedro.
- o que você tem pra nos dizer? - Pedro pergunta.
Jonas: - você o encontrou?
Dani: - eu encontrei e... eu conversei com ele.
Pedro: - e...?
Narração de Dani...
"Eu esperava lá na sala de visitas, quando de repente aparece... um homem um pouco parecido comigo, tinha barba e parecia uma pessoa muito mal cuidado.
- o quê que tu quer, moleque? Quem é tu mermo? - ele diz.
- você é Osvaldo Medeiros da Silva?
- sou eu.
- então eu sou seu filho.
- comé mermo?
- sim, Daniel, seu filho.
- eu só já tive um filho e ele tá morto, eu acho.
- eu fui pra um orfanato, no Rio de Janeiro... e fui adotado, mas pelas informações que eu consegui até agora, você é o meu pai.
- é tu? Aquele moleque? Eu tô preso aqui por culpa sua.
- minha?
- tu era um moleque irritante que não parava de chorar, eu discuti o monte de vezes com a tua mãe por causa de tu, mas um dia eu tava muito bêbado e acabei batendo de mais nela, mas isso por culpa sua, por quê eu bati ni tu e tu caiu e bateu a cabeça na quina da mesa, parecia que tava morto, aí ela veio bater ni mim e eu me descontrolei.
- como... - eu estava chorando, mal conseguia falar. - como você pode fazer isso? Eu era só uma criança.
- uma criança insuportável, nem era pra tu ter nascido, eu disse pra tua tirar enquanto podia, mas ela não quis, aquela idiota, se tu não tivesse nascido nós tava bem até hoje.
- quer saber... vai pro inferno, seu monstro, ainda bem que eu não fui criado por você, eu só sinto pela minha mãe, mas eu espero que você apodreça aqui pra pegar pelo que você fez."
- depois disso, eu saí da sala e levaram ele de volta pra sela. - Dani diz.
- nossa. - eu falo.
Dani: - vocês estavam certos.
Pedro: - e agora?
Dani: - eu não sei.
Jonas: - eu disse que você tinha um lugar pra voltar pra voltar.
Pedro: - espera.
Jonas: - o que foi?
Pedro: - vamos dar uma volta.
Dani: - pra onde?
Pedro: - quando chegarmos lá eu falo.
Nós todos descemos até a garagem, entramos no carro e Pedro nos levou até o cemitério.
Dani: - por nos trouxe aqui?
Pedro: - você logo saberá. - ele nos leva até um túmulo. - Dani...
Dani: - o quê?
Pedro: - essa é sua mãe.
Mariana Dos Santos, era o que estava escrito na lápide.
Pedro: - Daniel Dos Santos Medeiros, seria o seu nome.
Dani: - eu queria que ela estivesse viva... e aquele homem, morto, mas mesmo assim... eu ainda iria querer ser filho de vocês dois.
Jonas: - eu te amo, filho. - Pedro, Jonas e Dani se abraçam por quase um minuto.
De repente o telefone do Dani toca. - alô. - Dani atende. - o quê?... a Jude?.... onde vocês estão?.... tô indo pra aí.
- o que aconteceu? - eu pergunto.
Dani: - a Jude sofreu um acidente.
Nós vamos imediatamente para o hospital.
Chegando lá, encontramos com Alex, o irmão da Jude.
Dani: - onde ela está?
Alex: - você não pode entrar, espere aqui.
- o que aconteceu mesmo? - eu pergunto.
Alex: - estávamos indo pra casa do nosso pai, mas eu parei na beira da estrada pra mijar e ela ficou no carro, foi então que um caminhão acertou o carro e ele foi jogado pra fora da estrada. O motorista do caminhão tinha dormido no volante. Eu corri pra tirar a Jude do carro, ela estava desacordada.
Dani: - o maldito desse motorista?
Alex: - ele foi com a polícia, não sei se foi preso.
Nessa momento, o médico que cuidava de Jude aparece.
Alex: - e então?
Dani: - como ela tá?
Médico: - ela precisa de sangue, urgente, algum de vocês é O-negativo?
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O Anjo - Vidas & Mortes
Mystery / ThrillerVocê alguma vez já se sentiu isolado, como se a sua vida não tivesse a menor importância? eu já. Mas eu cansei, eu decidi mudar a minha história, eu percebi que se as pessoas não gostam de mim, por que eu deveria ter pena delas, eu descobri que e...