Exposed| Looking for a better world| - Oscar Diaz

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Oscar ainda estava em pé na porta do quarto escuro. Ele abre e fecha as mãos com força, suas veias saltaram. O homem ameaçou falar algo mas se conteve, e então saiu do quarto sério. Marcela conformou-se e deitou-se para o lado, se aconchegando na cama. Oscar tinha feito a escolha dele e apesar de estar um pouco decepcionada, a jovem ainda precisava dormir.

[...]

Na manhã seguinte, Marcela acordou com um cheiro forte de café. Minutos depois, Oscar apareceu e, vendo que a mulher estava acordada, bateu na porta aberta no quarto. Devagar, a moça levantou e se espreguiçou. Uma brisa fresca passou pelo seu corpo e ela se lembrou que estava seminua. Todavia, não sentia mais tanta vergonha do seu corpo, muito menos se importava com suas ações imprudentes na frente do homem.

Oscar entrou no quarto carregando uma caneca com café e pôs na mesinha de cabeceira ao lado da cama. O rapaz nem ao menos olhou para a brasileira e saiu do quarto rapidamente. A latina estranhou a ação, entretanto, deu de ombros. Havia coisas realmente maiores para se preocupar do que a confusão que aquele homem fazia em seus sentimentos.

A carioca levantou-se e vestiu suas roupas. Enquanto tomava o melhor café que já experimentou na vida, observou enquanto o homem arrumava superficialmente sua casa em silêncio. A expressão dura em seu rosto repleto de angústia e os movimentos mecânicos evidenciaram, estranhamente, uma certa inquietação.

De súbito, a porta da casa foi aberta revelando César, Monse, Jamal e Ruby. Jasmine não estava junto e Marcela teve certeza de que não foi por opção dela. César ficou surpreso ao notar que a brasileira já estava presente ali e assim que notou a caneca de seu irmão na mão dela, assumiu que a moça tinha passado a noite ali... junto ao seu irmão. Ele ainda não sabia como se sentia realmente com aquilo, parecia ser uma ideia boa no começo, mas agora...

Spooky guiou os adolescentes em silêncio para a mesa da cozinha. Os adolescentes se sentaram. O chicano ficou parado imponente de um lado da cozinha, enquanto Marcela se apoiava na parede tomando aquele resto de café e se perguntando em que momento poderia pedir mais.

- Nós temos que matar a Cuchillos antes que elas nos mate - César tomou a dianteira

Marcela franziu o cenho para o garoto. César exclamou aquilo com segurança, tendo a plena certeza que aquela era a coisa certa a se fazer. Ele tinha o olhar duro como o do irmão. A jovem lamentou.

- Pode considerar feito. - Spooky exclamou

Agora todos os olhares estavam sobre o cholo. Jamal se levantou revoltado.

- FEITO? Como assim "feito"? Isso pode significar qualquer coisa! - Spooky passou sua mão na barba com força. Era o que fazia quando segurava sua raiva - Feito a China. Feito manualmente. Feito com amor-

- É o Spooky podia mandar um cartão para Cuchillos se declarando! - Monse zombou do garoto. Uma notificação apitou no telefone de Ruby

- Um cartão de natal resolve qualquer conflito- Jamal rebate

- JÁ CHEGA!

Spooky fala alto em um tom grave, mantendo sua postura imponente, assim fazendo a atenção dos adolescentes voltar a ele.

- Tem certeza disso? - Monse pergunta para os adolescentes não dando bola ao grito de Spooky - Estamos falando de tirar uma vida. - O celular de Ruby apita novamente.

- Ou a sua, a minha, a todo mundo - A feição de Spooky fecha mais ainda. A brasileira nunca o tinha visto daquele jeito.

- E você trabalha para ela! - O tom de voz da menina aumentou, ela estava pronta para discutir com Spooky