Exposed| Looking for a better world| - Oscar Diaz

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Os dias que se seguiram foram os piores na vida da brasileira. Não falava com sua família no Brasil a dias, Cuchillos havia sumido, Oscar não dava nenhum sinal de vida, Marcela apenas via César ao acordar e ao dormir. E ainda tinha uma cólica que a matava de dentro para fora.

O menino saía cedo com seus amigos e voltava tarde da noite. A brasileira não conseguia conversar com ele. Nem um simples bom dia o menino respondia. A única coisa que a mantinha nessa rotina era que Monse a atualizava sobre o estado de César e garantia que ele não fizesse nada de estúpido novamente.

A carioca havia se afastado quase totalmente de Izabel e Olavi. A latina tinha certeza que se mantivesse contato com eles naquele tempo, eles poderiam estar em perigo apenas por estar em contato com ela se descobrirem sua associação com Cuchillos.

Após uma semana do desaparecimento de Oscar, Marcela trocou diversos documentos e notícias com as pessoas que se aliaram à ela. Em principal, o Offical Hammel. O homem trabalhava todos os dias para a Cuchillos normalmente, entretanto, ninguém a via à dias e seu paradeiro era desconhecido.

A jovem também não conseguia contato com Cuchillos ou seus funcionários, já que não era útil para ela naquele momento.

A carioca teve a ideia de ir até a casa da gângster pessoalmente para investigar, todavia, sabia que isso poderia ser uma ação que Cuchillos esperava que ela fizesse caso não fosse sua aliada e decidiu que não.

Marcela sentia que aos poucos estava ficando louca. Não saia de casa a dias e andava a todo tempo com seus, agora, três celulares esperando alguma ligação de Oscar, seu terceiro celular, comprado para manter contato com seus novos aliados. A carioca ficava sentada o dia inteiro em frente ao seu computador ligando para hospitais procurando indigentes, ansiando para que nunca respondessem que sim. Ela escrevia artigos e artigos de investigação, fazendo ligações com a Cuchillos, tentando encontrar mais ligações e entender o real esquema da mulher. Todavia, nunca conseguia.

O Oficial Hammel era inútil e não sabia de nada além dos trabalhos de "segurança" que ele fazia. Ele não tinha ligações, não conhecia ninguém. Não tinha informação alguma. Os nomes e os documentos que o juiz e o promotor deram para a carioca não tinham utilidade alguma pois Marcela não poderia fazer contato naquele momento. Seus planos estavam se esvaindo aos poucos e suas esperanças também.

Em um de seus e-mails, todos os dias chegavam notificações de pessoas perguntando sobre o jornal. Se ainda terão publicações, quando teriam outros projetos sociais. E apesar da moça quisesse voltar a fazer essas coisas, sua cabeça não aguentaria mais pressão e estresse. Ela precisava se manter segura para garantir a segurança de César.

Algumas batidas em sua porta puderam ser ouvidas. Se arrastando, ela abriu a porta, seus olhos arderam com a claridade do lado de fora. A moça encontrou Mário segurando um enorme pote com algo dentro. Mário observou a jovem. As olheiras da mulher estavam fundas e seu cabelo estava desgrenhado. Ele arregalou os olhos, surpreso.

- Meu Deus! Você tá péssima! - Marcela apenas franziu o cenho. Mário notou o que falou e limpou a garganta. - Você parece...cansada?- Ele deu um sorriso sem graça - Enfim, mama me mandou te entregar esse doce. É Jericalla. Ela disse que você iria gostar.

- Obrigada. Agradeça a ela por mim - A moça disse séria. Eles se olharam estranhamente - Bom...Adeus.

A brasileira fecha a porta rapidamente no rosto de Mário. Enquanto Marcela corria novamente para o seu computador Mario voltou para casa pensativo.

A jornalista pegou uma colher, abriu o pote com o doce e voltou a ficar absorta em seu notebook. Antes mesmo de conseguir provar a Jericalla, alguém bateu em sua porta novamente. Se arrastando, ela abriu a porta e viu Marisol.