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   Na manhã seguinte, a jornalista estava ansiosa, sentia que as palavras do seu último artigo, seriam lidas e entendidas em seu âmago. A brasileira estava otimista, apesar de saber que mexeu com pessoas perigosas e as palavras de Oscar vieram a sua mente novamente "posso te encontrar morta em alguma esquina",  Pelo menos, até aquele momento, apenas Oscar e com certeza Sad Eyes sabiam que ela era a dona do jornal, e como ela estava atacando de forma direta os inimigos dos Santos, ela poderia negociar algum tipo de proteção em troca de denúncias e difamações. Não era o ideal, entretanto era um bom plano, ela precisava sobreviver e mesmo a mulher sabendo que em algum momento iria ofender os Santos e estar em mais perigo ainda. Não estava tão contente em oferecer uma parceria com a gangue, ainda mais por saber sobre César, mas parece ser o mais lógico naquele momento. 

   Marcela colocou o pé para fora de casa e um Impala 65 preto estava em frente a sua casa. Um homem que ela nunca tinha visto estava lá dentro. Ele saiu e  foi de encontro a ela. A brasileira teve uma vontade súbita de voltar para dentro de casa e trancar a porta, mas foi enfrentá- lo . Ele parecia um santo, as tatuagens, a cabeça raspada e o estilo cholo evidenciavam isso. 

-O que quer? - Ela perguntou ríspida e o homem respondeu da mesma forma

- Spooky quer te ver! Entra no carro - Ele se virou e voltou em direção ao seu automóvel de forma impotente. 

 - Não! - O homem se virou incrédulo- Se o "Spooky" quiser falar comigo, ele que venha até mim. - Ela diz o nome do líder com desgosto e ignora o homem e continua andando, indo agora em direção ao ponto de ônibus.

- Sorte sua que Spooky não me deixou usar força bruta! - O homem diz com raiva para si mesmo mas a jovem já estava longe para ouvir. Ele  pegou seu celular enquanto entrava dentro do carro e ligava para seu chefe para avisar o ocorrido. 

   Marcela tremia. "Como foi ele foi tão rápido?" E dessa vez não foi apenas um aviso para ele, ele mandou alguém ir buscá-la de verdade. Ela estava em apuros.

   Seu dia na faculdade e no trabalho foram cobertos por uma ansiedade enorme. Mal conseguia prestar atenção no que estava fazendo. Tudo girava em torno daquela matéria e da possível conversa que teria com Oscar no final do dia. Os comentários sobre sua última reportagem a cada minuto ganhava mais e mais repercussão. Aquilo era incrível, muitos colocando seus relatos de forma anônima, desabafando e concordando com Marcela. 

   Quando saiu da faculdade a jovem olhava para os lados alarmada, não viu nenhum impala vermelho, isso a aliviou, entretanto, foi a primeira coisa que viu quando saiu do trabalho. O líder da gangue estava ali, a esperando, e quando a viu buzinou alto sem escrúpulos. 

-Puta merda!- Marcela exclamou e correu em direção ao maldito impala vermelho.

   Os colegas de trabalho que saíam ao mesmo tempo que a mulher se assustaram com o barulho e quando viram Marcela correndo para dentro do carro, a xingaram mentalmente e tiveram todo o tipo de pensamento sobre a jovem. A brasileira entrou no carro rapidamente e bateu a porta com força.

- Oscar seu filho da puta! Que porra é essa? - Ela olhava para ele com revoltada, apesar de estar sentindo uma pitada de medo - Fazer com que um gangster apareça na minha casa para me buscar para te ver e ainda aparecer na porta do meu trabalho e fazer esse escândalo? 

    Ele dá a partida calado e a olha de relance, observando a mulher respirar fundo 

- Você está passando dos limites- O chicano diz seriamente 

-Eu não estou fazendo nada que eu não tenha te avisado! - Ela diiz presunçosa - E você deveria estar feliz, quem está se beneficiando disso é você! - O homem ergue uma das sobrancelhas - Quantas pessoas estão falando mal dos profetas? Muitas e só esta aumentando a quantidade de pessoas que estão simpatizando mais com vocês - Agora a mulher estava confiante 

Exposed| Looking for a better world| - Oscar DiazOnde histórias criam vida. Descubra agora