Capítulo 9: Bala Mágica

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Saint Luna, 15 de agosto de 2021
Domingo - 10:54 P.M.

— Eu não vi quem o matou, quando cheguei Jeremy já estava sem vida

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— Eu não vi quem o matou, quando cheguei Jeremy já estava sem vida. Eu vi um símbolo igual ao que vocês mostraram, um heptagrama, brilhando com uma luz preta, e em uma das pontas tinha... acho que uma lua brilhando. Não sei explicar, não faz sentido, mas aquela luz foi ficando cada vez mais fosca até sumir de vez. — Lexie tenta explicar de uma forma que não ficasse confuso, mas entendemos o que ela quis dizer.

— Então é como se essa única lua em um ponto aceso indicasse uma morte. Isso significa que pode haver outras seis, para completar o heptagrama. E aí, o que acontece depois? O mundo é dominado pelo grande mal? — Vincent questiona olhando para todos, buscando uma resposta em conjunto. — Quantas igrejas têm abandonadas por aqui?

— Negros morrem injustamente todos os dias e ninguém fala nada. Aí um branquelo nazista morre e vocês querem revirar a cidade? — Maya questiona indignada. — Se a próxima pessoa for tal mal caráter quanto o Jeremy, ficarei feliz.

— Você está certa, Maya. Mas não podemos tirar conclusões precipitadas. Outras vítimas podem ser pessoas normais, pais de família, trabalhadores, jovens com um futuro pela frente. Poderia ser até mesmo um de nós. — Claire diz olhando para a garota, em pé ao lado de Dener. — E de qualquer jeito, é um ritual maligno. Não podemos deixar várias pessoas, mesmo que sejam pessoas ruins, morrerem e completarem um ritual que pode corromper todo o mundo que conhecemos. Não podemos deixar o mal entrar pelo mal.

Claire está certa. De uma forma ou de outra, devemos impedir esses rituais de serem finalizados, pois não sabemos o que pode acontecer caso o ciclo se complete. Todas as teorias fazem todo sentido, mas ainda não entendo o número sete. Sete o que?

— Bom, já está tarde. Amanhã analisaremos o sangue que recolhemos no bar, as sementes e também faremos uma busca dos hospitais abandonados ao redor e tentar identificar quem é o homem da visão de Dener. — Afirmo, pois não dava para investigar com o cansaço corroendo.

— Isso, certo. Amanhã nos vemos na escola. — Vincent afirma, se levantando do sofá em que estava sentado e olha para os gêmeos. — Vou levar vocês para casa.

— Vou pedir para o meu pai me buscar. — Lexie diz pegando o telefone e teclado na tela. Acho que o tal Alex não conseguiu esconder o sobrenatural de Lexie tão bem quanto esperava. Agora ela já estava dentro tanto quanto nós.

Por um momento eu esperei que Vincent fosse oferecer carona à ela, mas ele apenas a ignora e caminha até a porta junto com os outros dois. Acho que ele realmente ficou com o remorso da Lexie.

— Boa noite, galerinha. Não tenham pesadelos. — Diz, antes de sair pela porta.

• • •

Levo um susto ao escutar um barulho no corredor em plena madrugada. Levanto da cama de casal do quarto de hóspedes, o qual nas atuais circunstâncias eu poderia chamar de meu quarto. Abro a porta lentamente e, com um escuro quase absoluto, vejo Adrian tentando passar para o seu quarto.

A Maldição da Trívia - Uma história de "As Fases da Lua" [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora