Capítulo 3: De Volta à Saint Luna

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Madrid, 13 de agosto de 2021
Sexta-feira - 02:12 A.M.

Acordo com batidas na porta

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Acordo com batidas na porta.

Abro os olhos aos poucos, sentindo as rápidas palpitações do meu coração pelo susto. Olho o celular e vejo que o horário batia às duas e pouca da manhã. Coço os olhos, ainda sonolenta, e caminho até a porta. Assim que abro, vejo minha mãe para segurando uma enorme mala.

— Viagem surpresa? — Pergunto, ainda confusa e soltando um bocejo.

— Arruma suas coisas. Vou te levar para Saint Luna. — Diz, sem mais sem menos, com um tom de voz rígido.

Um arrepio passa pela minha espinha. Fazia anos que eu não ia para Saint Luna. Imediatamente me dou conta que algo está acontecendo, algo muito grave.

— O que aconteceu? — Pergunto, e ela dá as costas para mim.

— Te explico no carro em vinte minutos. — Responde, pouco antes de desaparecer na escuridão do corredor de casa.

Não questiono nem por um segundo. Abro meu guarda-roupa e pego duas malas grandes, jogando tudo o que vejo pela frente dentro, pois não tinha nem uma previsão de data. Tiro o pijama rapidamente e logo coloco uma calça jeans qualquer e uma blusa. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo malfeito e desço lentamente, pois as malas estavam pesadas, até a parte de fora da casa. Saio pelo portão, abro o bagageiro do carro e coloco as malas logo, seguindo para o banco do passageiro.

— Não sei quantos dias vou ficar fora. Lucy convocou uma reunião de emergência agora pouco. O Livro Primordial das Sombras foi roubado, alguém com falta do que fazer roubou durante a madrugada passada e não há rastros de quem foi. Agora as coisas estão começando a ficar fora do controle, monstros por toda parte, entidades, feitiços do mal por todo lado, tiktokers... — Ela fala tão rápido que quase demoro para acompanhar. — Aposto que foi adolescente!

— Acha que a pessoa que roubou é a mesma que amaldiçoou o mundo com aquela doença? O coronavírus? — Pergunto confusa, pois não fazia sentido.

— Não. Josephine estava cuidando disso, mas disse que de forma alguma é a mesma coisa. Quem roubou o livro é humano. Pode até ser bruxo, e com certeza que sabia bem como passar por toda a proteção do templo.

— Ah. — Abaixo a cabeça, pensando nas inúmeras possibilidades. — Por que eu não posso ficar com meu pai?

— Na cadeia? — Minha mãe pergunta com o tom acompanhado de sarcasmo. — Quer dizer, você sabe a situação dele.

A Maldição da Trívia - Uma história de "As Fases da Lua" [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora