Capítulo 5: Show de Horrores

23 4 70
                                    

Saint Luna, 14 de agosto de 2021
Sábado - 08:53 P.M.

Lexie nunca havia me tratado assim antes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lexie nunca havia me tratado assim antes.

Pode até ter me ignorado, mandando sair de perto, me excluído e bloqueado em todas as redes sociais, mas nunca, NUNCA usou aquele tom e aquelas palavras para falar comigo. Ela mudou tanto, que aos poucos finalmente a imagem que eu tinha de Lexie estava se desfazendo.

Senti cada pontada no meu coração, como se ela estivesse enfiando facas a cada palavra que dizia. Kaylee levantou para me defender, e isso até foi bom, pois eu não teria resposta para Lexie. Como se já não bastasse a humilhação pública.

Dou as costas e as deixo para trás. Minha cabeça estava um turbilhão de emoções naquele instante. Sei que Claire entenderia, e logo mais nos veríamos à noite. Até a vontade de ir ao show eu perdi. Entro no fusca e dirijo para casa, sentindo o nó na minha garganta e meu olho lacrimejar. Não, não vou dar o gosto de vitória para Lexie. Claire e Kaylee se viram depois indo para casa de uber.

Assim que chego em casa, abro a porta e me jogo no sofá. Levo um enorme susto quando percebo que já havia alguém lá, o suficiente para me fazer dar um pulo e um grito. A pessoa grita de volta, se assustando também. Por que Dener se assustou sendo que ele me viu primeiro?

— DENER! — Coloco a mão no coração, sentindo ele quase pular para fora. — O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

— EU ESTAVA ESPERANDO VOCÊ CHEGAR! — Dener responde, tentando controlar a respiração. — Quero jogar videogame.

Pego a primeira coisa que vejo pela frente: a almofada do sofá, e jogo no rosto dele com força.

— Era mais fácil ter me mandado mensagem, NÃO TER INVADIDO A MINHA CASA! — Digo como se fosse óbvio. — Espera, como você abriu a porta?

— Com a chave. — Ele diz como se fosse óbvio.

— Você tem uma cópia da minha chave? — Antes de surtar de novo, questiono-o indignado.

— Não. Mas sei que você esconde a sua chave debaixo do tapete da entrada. Achei que fosse óbvio. — Abro a boca para argumentar, mas eu não tinha argumentos. Era realmente um lugar estúpido. — Aquele sorvete de chocolate que estava na sua geladeira estava uma delícia, aliás.

— VOCÊ COMEU O MEU SORVETE? — Começo a correr atrás dele.

Hoje ele não escapa.

• • •

Passaram-se algumas horas desde que começamos a jogar Dragon Ball Fighter Z. Foi uma ótima terapia para quem queria descontar a raiva, e confesso, isso me ajudou a esquecer por um tempo o que aconteceu no café hoje de manhã. Olho o relógio e vejo que são quatro da tarde. Como Dener e eu tínhamos feito sanduíches para almoçar, eu não estava com fome.

A Maldição da Trívia - Uma história de "As Fases da Lua" [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora