maratona 2/2.
TATIANA
27 de novembro.
18 anos, finalmente dezoitei, minha fata preferida no ano que me faz refletir todos os dias sobre tudo que passei e vivi. Acordei com flores na cama trazidas pela bibi e pelo Leandro, seguidos de café da manhã na cama e uma caixinha da vivara. Já que eu estava em processo de repouso por ter colocado silicone a algumas semanas atrás, estava no meu auge, me sentindo outra mulher. Faltava pouco pra ter liberação total do médico, já que não estava mais usando nem a sonda mais.
— Feliz aniversário minha nega, que o cara lá de cima te dê muita saúde. — Me deu um beijo.
— Feliz aniversário tati, fiz esse desenho pra você. — Bibi me entregou o papel que era eu, ela e o pai de mãos dadas.
— Minha neguinha, tia te ama. — Beijei a bochecha dela. — Eu amei a surpresa de vocês, tô toda boba com as minhas flores. Estaria completo se minha mãe voltasse atrás e me perdoasse.
— Se liga nisso não que só te faz mal, já te falei pra deixar o tempo agir pô, vai dar tudo certo no final. Vou sair pra resolver umas coisas, mais tarde tô aí pra gente comemorar.
— Tá bom, vai com Deus!
Ele me deu mais um beijo e um na cabeça da bibi, saindo do quarto. Peguei meu celular que tocava sem parar, respondi algumas mensagens, mas a única que me deixaria feliz nesse dia era da dona rute.
s t a t u s
temporada 18, episódio 1
s t a t u s
um tebete especial do meu presente antecipando, agora mamãe de gêmeos!
Desliguei o celular e arrumei o quarto com a ajuda da bibi, queria fazer algo diferente pro almoço e como não tinha as coisas que eu precisava em casa, resolvi ir no mercadinho perto de casa.
— Tia, a gente pode comprar sorvete? — Perguntou assim que entramos no mercado.
— Podemos, vamos só pegar as coisas pro almoço e depois pegamos um pote grande de sorvete, ta bom? — Ela concordou animada, fui colocando as coisas no carrinho enquanto encontrava algumas pessoas conhecidas pelos corredores que me davam os parabéns.
— Tia tati, tem uma moça olhando pra gente. — Bibi chamou minha atenção.
— Mãe. — Falei ao me virar e ver minha mãe praticamente atrás de mim.
— Tatiana. — Me olhou e depois pra bibi atrás de mim envergonhada. — É filha do Russo.
— É, bibi essa é a minha mãe. A senhora está bem mãe?
— Na medida do possível, e você parece está ótima, agora com a vida que o outro te proporciona, né.
— Muito pelo contrário, eu estou conquistando minhas coisas por mérito próprio, terminando os estudos, aluguei uma casa que estou reformando aos poucos, trabalho e tenho meu próprio dinheiro, e tenho muitos planos ainda. E durante todo esse projeto eu queria poder contar, compartilhar com a senhora, mas eu entendia que devia te dar seu espaço, respeitar seu tempo. Eu espero que algum dia possamos sentar e conversar mãe, me dói muito ter que passar pela senhora como se fossemos estranhas.
— Você sabe o que causou tudo isso Tatiana, se você me escutasse tudo seria muito diferente, você acha que não me dói também? me dói, muito, mas eu não quero ver de perto quando aquele lá fizer alguma merda e te deixar no fundo do poço, nenhuma mãe merece assistir isso.
— A senhora fica com a sua razão e eu com a minha, sei de toda a sua preocupação mãe, mas eu cresci, sou capaz de tomar minhas próprias decisões e lidar com as consequências seja qual forem elas.
— Espero que você não se arrependa dessa sua decisão, mas saiba que as portas da minha casa sempre estão abertas a sua espera, quando você cair na realidade. — Se virou pra sair, mas antes de ir se virou novamente pra mim. — Um feliz aniversário, e que Deus coloque juízo na sua cabeça!
Ela se apressou saindo meu campo de visão e eu respirei o mais fundo possível, mordendo o lábio com força, me sentindo mal por aquela conversa.
— Não fica triste tia tati. — Bibi me abraçou e eu sorri sem mostrar os dentes.
— A tia tá bem meu amor, vamos lá pegar o seu sorvete.
Saimos do mercado e andamos um pouco até chegar em casa, não era longe. Coloquei as sacolas em cima da bancada, bibi ficou brincando com as bonecas enquanto eu preparava o almoço. Ouvi um assobio e já sabia que o outro tinha chego.
— Papai. — Bibi se animou ao ver o pai.
— oi minha princesa.
— Eu fui no mercado com a tia tati hoje papai, comprei até sorvete. — Pulou no colo dele. — A tia tati até viu a mãe dela lá.
— Ah é? — Ele me olhou como se perguntasse "que que pegou?"
— Bibi você pode pegar o celular da tia lá no quarto por favor. — Ela desceu do colo do pai e correu pras escadas.
— Fala aí, o que pegou? — Se encostou na bancada de braços cruzados.
— Nada demais, eu só encontrei minha mãe no mercado e você sabe como ela é, continua na mesma, sem querer assunto comigo enquanto eu estiver contigo, tá péssimo o clima.
— Dona rute não é mole mesmo em, que isso, não dá trégua. Pô amor, não quero te ver mal com essas paradas não, ainda mais hoje que é teu dia. — Veio até mim e me abraçou pela cintura. — Tô contigo independente de qualquer parada.
Cruzei os braços no pescoço dele e dei um beijo rápido, em seguida deitando a cabeça na curva do pescoço dele. Bibi apareceu e eles ficaram conversando, enquanto eu terminava o almoço. Vi que Leandro ficava o tempo todo no celular, só queria saber oque ele estava arrumando a essa altura do campeonato.
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