Epílogo: Um começo

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— Pare de se mover! Ou você vai cair e eu não vou te pegar. — Harry tira o cabelo dos olhos, um braço em volta da cintura de Draco, e o outro esticado e mexendo nas torneiras do chuveiro. A água cai em riachos gelados, encharcando o braço e metade do rosto de Harry.

Harry pragueja, e Draco ri enquanto ele gentilmente se desembaraça do lado de Harry e se inclina contra a parede de azulejos. Feitiços de limpeza só podem fazer muito antes de se tornarem ineficazes, e depois de um monte de resmungos e reclamações de Draco, os Curandeiros finalmente deram seu consentimento para Draco tomar banho, desde que ele aceitasse ajuda.

Draco empalideceu ao ouvir isso, sem dúvida não gostando da ideia de um estranho ver seu corpo nu quase tanto quanto Harry não gostou da ideia de um estranho ver o corpo nu de Draco.

— Eu vou - er - ajudá-lo — Harry se ofereceu, contorcendo-se sob a sobrancelha levantada do Curandeiro Clarke. Harry, envergonhado, mas pensando que o cara teria que ser cego para não perceber que havia algo acontecendo entre Harry e seu paciente, encontrou o olhar de Draco do outro lado do quarto do hospital e viu seus olhos cinzentos passarem de indefesos a excitados.

Harry corou em um tom de vermelho esperançosamente não tão perceptível, porque Draco não estava bem, droga, e Harry não estava disposto a corrompê-lo em um box do St. Mungos, por mais atraente que isso parecesse.

Agora, depois de ajustar a temperatura da água para um calor aceitável, Harry dá um passo para trás e se vira para dar a Draco tudo claro, e se depara com algo que o faz gemer e pensar que o banho frio é uma ideia melhor, afinal.

— Você não vai ficar comigo? — Draco pergunta melancolicamente, seu tom contrasta completamente com o olhar ardente em seus olhos e seu pênis duro e esperante, que atrai os olhos de Harry como um ímã agora que Draco descartou seu roupão.

A voz de Harry parece tê-lo abandonado, porque ver Draco daquele jeito, nu, lindo e excitado, bem na frente dele, está fazendo coisas muito perigosas para seu cérebro, coração e pau. E deveria ser ilegal, Draco sendo tão perfeito, porque ele deveria estar frágil e se recuperando, e ele está dando a Harry muita dificuldade para tentar se controlar - literalmente.

— Tudo bem — Harry resmunga, desviando o olhar, com o rosto em chamas, para qualquer coisa que não seja Draco. — Mas não tenha ideias. Você é um paciente.

— Quem disse alguma coisa sobre ideias? — Draco dá um passo mais perto, ainda usando a parede para se equilibrar.

Harry se recusa a apontar que a ereção de Draco é a própria definição de uma ideia, e arregaça as mangas da camisa. — Entre, então. — Ele aponta para o chuveiro enquanto se move para o lado.

Draco, pela primeira vez, faz o que lhe mandam e se dirige com bastante habilidade para ficar embaixo do chuveiro. Ele solta um pequeno suspiro de alegria que faz os dedos das mãos e dos pés de Harry se curvarem, e inclina a cabeça para trás para permitir que a água deslize sobre seu pescoço e peito.

— Você não vai entrar? — Draco pergunta, e os olhos de Harry estão grudados no movimento de sua garganta longa e pálida, e na forma como a água escurece seu cabelo até ficar loiro arenoso.

Harry, com os jeans agora desconfortavelmente apertados, diz com voz rouca: — Meu trabalho era garantir que você não tropeçasse e batesse a cabeça no chão, não - não tomasse banho com você.

Draco faz um barulho desapontado no fundo da garganta, e então se vira para que Harry tenha uma visão clara de suas costas musculosas e ágeis e da redondeza atrevida de sua bunda.

Harry xinga baixinho, pressionando a mão na frente de sua calça jeans para tentar aliviar um pouco da dor, um pouco da necessidade.

— O que é que foi isso?— A voz de Draco viaja por cima de seu ombro.

Temptation on the Warfront | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora