Estrela da Noite•11

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Klaus me ajudou a ficar de pé ainda sentindo muita dor nas minhas partes íntimas, aquela joelhada foi de uma tamanho crueldade que juro que me deu vontade de desejar que ela fosse um demônio só pra me vingar desse ato tão vergonhoso que aquela moça me fez passar. Daniel estava paralisado olhando o nada ou pelo menos era algo a um minuto atrás, antes daquela moça que parecia muito com a garota dos meus sonhos abrir um portal e desaparecer nele. Desde aquele momento Daniel não tinha tirado os olhos daquele lugar, como se ele estivesse processando algo em sua mente repleta de história de todas tipos que você pudesse imaginar. Mas sua reação era de que algo tinha lhe pegado de surpresa. Mas o que?
— Daniel?— Chamei. — Está tudo bem?— Ainda sentia dor que ardia. Ela me paga, juro.
— Aquela garota. — Ele apontou para onde ela tinha estado.
— O que tem? — Klaus uniu as sobrancelhas grossas e feitas.
— O portal… — Engoliu em seco. —... é igual a do meu irmão, somente nós temos essas habilidades, porque somos os únicos a manipular as tempestades o ar…climas. E ela fez o portal que nele tinha raios azuis, a marca do meu irmão, sombra e raios.
    Daniel estava eufórico, tentei acalmá-lo, mas logo ele voltou olhando para seu relógio de pulso. Estávamos atrasados, teríamos que encontrar logo nossos amigos neste bendito templo aqui na terra.

— Depois eu conto, agora nesse momento temos que encontrar nossos amigos e saber se estão bem. Se eles tiveram a mesma sorte que nós tivemos, de ter ajuda.

Começamos a correr na mesma direção em que a moça estava indo antes de desaparecer indo para o leste, não havia ninguém nas ruas, mesmo assim não poderíamos abaixar a guarda. Diminuamos nossos passos quando passamos próximos de algumas pessoas que atravessaram a rua, Daniel passou a minha frente virando a oeste deixando ainda mais ofegante e confuso, aquele lugar, eu nunca tinha visto em toda minha existência com tanto prédios velhos e com desenhos estranhos e agora pessoas estranhas com tatuagens nos braços e algumas delas na face com várias cicatrizes, este nos encaram dando alguns passo para nossos frente, mas ficaram espantando dando passos para trás de imediato quando me viram e começaram a cochilar. Alguns deles próximo a mim, ouvia dizer “ É ele” e apontavam para mim.
Klaus diminui os passos ficando ao meu lado com as mãos no bolso de sua camisa moletom preta, Daniel ficou na minha frente bloqueando o máximo que eles pudessem me ver.
— Desertores — Murmurou Daniel — não podem te machucar, mas podem dar a localização de nós a quem podem nos matar.

Depois de uns vinte minutos andando em ruas estranho e quase abandonadas saímos em outra rua está mais claros e arborizada com casas com pinturas claras e bem construída mas de pouco movimento,  não era uma rua grande somente umas cinco casa e uma bela construção gigantesca entre elas de cor em azul cítrico com branco estilo renascentista, na frente do templo uma floresta a perder de vista com viela estreita de terra vermelha entre as árvores. Este caminho levava a algum lugar à dentro que  me fez sorrir o coração, era muito parecido com o meu sonho, muito parecido. Fiquei ali parado sentindo meu estômago se revirar com múltiplos sentimentos se revirando dentro de mim da qual eu não saberia descrever com clareza e com palavras. Era maravilhoso demais pra ser verdade me dando medo de ser tudo uma ilusão e está em mais um dos meus incontáveis sonhos que tive neste três anos.
Daniel tocou meu ombro me trazendo de volta para minha realidade, e  não era um sonho.
— Vamos? — Daniel acenou com a cabeça apontando para o templo, dei alguns passos subindo três lances de degraus, enquanto Klaus estava encantado com aquele lugar tanto quanto eu.
— Que lugar é esse? — Olhei em volta havia poste de luz de metal iguais as cidades européias, inclusive próximo das floresta, deixando as um pouco ensombreadas e misteriosas.
“ Teria que voltar aqui de dia. Precisa adentrar naquela floresta para saber o que há lá dentro”
Não só pensei mas também iria lá com toda certeza.
— É o local onde os anjos costumam se refugiar, e aguardar certos segredos.
— Aqui! Na terra! Não é arriscado alguém descobrir. — Daniel sorriu.
— É mais fácil encontrar Atlântida no fundo do oceano do que esse lugar, existem runas em cada canto deste lugar para que passe despercebido para os humanos, demônios como nossos vizinhos desertores que víamos agora pouco. Somente quem tem alguma ligação muito forte com o divino pode vê, até mesmo os demônios não vêm.

Confronto Imortal Vol:01Onde histórias criam vida. Descubra agora