Depois da Explosão •12

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Daniel foi bem convincente quando inventou mil motivos para sairmos da biblioteca que com certeza eu retornaria não para conhecer o templo e fazer um tour pelo interior da mesma, já que nós só ficamos na parte inferior no solo, mas pelas grandes escadas de ambos os lados teria mas a nós apresentar.  Jake e Lily também tinham ido embora antes de Jairo fazer mil informações e dicas do que fazer, onde ir e o quê não fazer nesse trajeto que nós iríamos fazer até a casa de Daniel que ficava num bairro muito isolado num prédio bem discreto na beira da uma estrada isolada de pouco movimento. Eu já tinha ido várias vezes e algumas delas levei Pérola e Chloé num sábado a noite de lua cheia, fui muito hilário já que as meninas ficaram com medo o trajeto inteiro, Chloé estava agarrado com seu spray de pimenta e Pérola com pequeno punhal, tinha ido de carro mesmo assim não impediu que ela sentisse medo de está naquele lugar.
Mas hoje era tudo uma farsa pois nosso caminho seria outro, apesar que eu não gostava de mentir muito menos pra meu anjo da guarda, Ariel. 

Se eu não morresse ela me mataria se descobrisse que eu saí um minuto debaixo de suas asas lindas”.

   Mas eu não poderia colocá-la nisso ela iria voando contar ao meu pai que me arrancaria as penas das minha asas uma por uma, e isso era inadmissível minhas asas ninguém tocaria.
Seguir Daniel por uma rua movimentada onde tinha vários jovens no parque se divertindo nos brinquedos a fila estava enorme para irem na roda gigante, trem fantasma, pêndulo,  era os brinquedos mas interessante e cheio de adrenalina no parque principalmente o pêndulo que já andei várias vezes, mas hoje só vi a multidão que estavam no parque. Avistei de longe alguns dos meus colegas de classe com Sebastian e Chloé com alguns colegas, Alba e Rodrigo estavam entrando na  roda gigante depois de muito enfrentar a fila com um lindo casal apaixonado. Mas o que me surpreendeu bastante foi ver um casal, esse casal eu só tinha visto uma vez, a moça de pele negra de cachos cheios volumosos. Era a mesmo garota que Anna  flechou, ela estava vestida em um conjunto de saia longa de cintura alta laranja com cropped ao seu lado rindo feito bobo (ambos estava rindo feito bobos)

Eu também queria está rindo feito bobo com garota dos meus sonhos”

Ao lado dela o rapaz de pele bronzeado de cabelos claros bem alinhado parecendo um playboyzinho, ele usava calça social “provando que ele era  um playboyzinho” e camisa social de mangas curtas para tirar o ar de riquinho mas isso estava estampado na cara dele e naquele cabelos penteado pela mamãe, ri do que tinha pensando.
— Compartilha a risada. — Ironizou Daniel me trazendo de volta.
— Está vendo aquele casal, a garota de laranja e o rapaz…
— ….parecendo uma almofadinha? —Daniel provocou. — Ele tem bom gosto, espero que ele saiba fazer ela feliz.
Olhei por cima do meu ombro enquanto Daniel comia uma pipoca que tinha roubado de uma criança, pensando em como ele saberia.
— Quê? — Falou de boca cheia enquanto triturava uma pipoca fazendo os pelos do meu braço se arrepiarem. — Está na cara que ela é muita areia pro caminhão dele. Ela é uma moça simples de família honesta, trabalhadora. Ele, bom, vem de uma família tradicional rica cheias de frescura começando pela mãe…— Ele deu uma pausa respirando fundo pensando numa forma de dizer o que eu já saberia dizer o que a mãe dele era.

Lembro quando pensei que qual seria o obstáculo que eles enfrentariam para ficar juntos? Bom era o que parecia que nunca, nunca acabaria, mesmo com evolução da humanidade ainda persistência no mesmo e único botão que já estava desgastado de tanto teclar. Que não importava o quanto o ser humano fosse rico ou pobre, bem educado ou de pouca educação ambos alguns compartilhavam o mesmo pensamento retrógrado de uma época que eles sofreram e hoje só lutam para serem visto não pela cor da pele, formatos dos cabelos e sim pelo caráter, educação e acima de tudo serem visto com pessoas, seres humanos que são como qualquer outra pessoa. Era esse o obstáculos que eles enfrentariam, o racismo.
— Até quando isso? — Fiz uma pergunta retórica mas que Daniel me respondeu.
— Ainda existe muitos com pensamentos igual a da mãe dele, mas um dia quem sabe tudo será como deve ser. — Falou de uma forma que ainda seria uma grande batalha, mas que a vitória chegará desde que não desistissem de lutar por uma vida melhor, para ambas as raças, pois juntas seríamos humanos melhores. — Vamos, já estamos atrasados.
— Eu mandei mensagem para ela antes de sair do templo, ela está me esperando.  O apartamento fica a poucas quadras daqui.
— Ótimo, vou ficar por perto. Não confio nessa criatura, algo nela não me cheira bem. — Daniel jogou o saco de pipoca no lixeiro passando as mãos na outra retirando os farelos da pipoca, dei uma última olhada nos casal e desejei que meu avô os abençoasse dando a eles força para não desistisse um do outro.
 
    Seguir Daniel a passos largos já que o anjo caído estava quase correndo, me aproximei dele com rapidez.
— Você já avisou ela que está chegando? — Perguntou com olhos focados a frente na pequena avenida que levava até o prédio de Laila, que era pequeno de uns quatro andares com pintura em vermelho queimado ao lado dele, outros de tamanho igual de cores diferentes como branco, azul, cor de pêssego dentre outros.
— Mandei mensagem a dois minutos, ela confirmou que está me esperando. — Minha espinha gelou até minha nuca, eu teria que fingir muito bem, para conseguir tirar algumas das informações necessárias daquela mulher e saber qual era a dela comigo.
— Vou ficar por perto, mas não irei subir com você, ela poderá estar de olho para confirmar se você realmente subiu sozinho até o apartamento dela. — Daniel ficou sobre as sombras das árvores que ficava próximo dos prédio sentou-se numa mureta de concreto. — Não bebe nada que ela te der, prenda a respiração quando sentir uma aroma doce, pode ser uma forma de te encantar, te seduzir. — Ele pegou algo do bolso lateral de sua calça jeans preta que estava por dentro de sua bota cano médio preto, a camisa em que ele usava era branco com desenho de duas espadas cravados numa bandeira pirata de cor preto. O pingente de um potinho em vidro com líquido rosa pelo meio.
— Coloque no pescoço e não tire quando estiver perto dela. — Daniel me entregou.
— O que esse líquido? — Perguntei.
— O antídoto, tudo indica que ela roubou uma das flechas de Anna e usou em si mesmo, uma flecha tem o poder para duas pessoas e a outra pessoa é você. — Engoli em seco. — Beba um pouco do líquido que vai te deixar imune ao efeito da flecha caso ela use e o resto você tenta dar a ela.

Confronto Imortal Vol:01Onde histórias criam vida. Descubra agora