Confronto Imortal Vol:01

Teias e Armadilhas • 23

No dia da reunião no templo Max não demonstrou estar chateado, até porque ele não tinha controle de seus dons. Miguel se prontificou a treiná-lo junto com Jairo. Nem Max nem qualquer um de nós, saberia quais eram os verdadeiros poderes dele. Jake e Lily disseram que ele era filho de ofanim, sendo até mais poderoso que eles, já que Max era filho e não ligado como eram Nefilins Ofanim. Miguel ficou uma fera ao saber que um anjo da hierarquia dele tinha pisado na terra sem seu conhecimento e pior ainda, ter tido um filho com uma humana sem ao menos saber das consequências, mas prometeu ajudar Max, principalmente para compreendê-lo. Por isso nosso grupo estava com um a menos, foi por isso que Jairo estava no grupo de Marlon. Era muito arriscado para Max participar disso, sem saber se defender no uso de seus poderes. Já que nem sua mãe quis saber dele sendo criado por sua tia.

††

As grandes árvores vistas de dentro eram muito maiores do que vista de fora, os troncos grossos e imponentes com raízes, muitas delas espalhados pelas laterais sendo um grande obstáculo. Saltei algumas raízes acompanhando meu grupo. Daniel estava na frente acompanhando por Ravi e Lara que estava muito confiante do que ontem, Dinah estava ao meu lado, Klaus com Ísis que fez de tudo pra entrar a contragosto de Miguel, que não tinha dito o nome dela igual ao de Max. De vez em quando eu olhava para trás, algo me dizia que nós estávamos sendo seguidos vigiado de perto. Sentia minhas costas fervilhar como se estivesse alguém nos seguisse, graças a minha mãe eu tinha sabido o motivo dos meus dons estarem bloqueados, estava conseguindo senti-los outra vez, cada vez mais forte como se voltasse tudo de uma vez. Isso estava cada vez mais forte, quando eu sentia uma alta sensação de que algo nos observava de perto e não era o grupo de Marlon. Apressei meus passos para me aproximar dos outros, toquei nas costas de Dinah apressando seus passos.
—Estamos sendo seguidos — Sussurrei para Dinah que passou as mãos nos ombros sentindo o mesmo que eu.

Não parecia algo da minha espécie, era outra bem mais destemida. Daniel diminui os passos sentindo o mesmo que eu, Klaus fez uma espera de fogo igual a de Pérola iluminando o lugar que até agora estávamos usando somente a nossa visão, que dava pra nós se virar muito bem sem luz artificial. Mas com o tamanho da presença que nós estávamos sentindo, era melhor ter uma luz extra para nos iluminar. Algo rápido e veloz passou na frente de Daniel quebrando alguns galhos que fez um barulho trepidante, Daniel invocou suas espadas de raios, que deixou Dinah intrigada com o que era feito as lâminas das espadas, feitas de raios com espessura densa de uma névoa que circulava ao redor dos raios. Ísis retirou de seus ombros seu arco dourado e uma flecha apareceu no meio do mesmo.
—Vamos seguir em frente —Disse Daniel dando passos cautelosos olhando para os lados. Eu estava mais atrás com Dinah, Ravi e Lara no meio, nas laterais Klaus e Ísis. Tanto Lara quanto Ravi não tinham empunhado suas armas, mas seus olhos estavam de cor violeta.
Seguimos mas alguns metros para dentro da floresta, quando ouvimos um grito vindo do lado oeste, depois outro grito mas esse saiu como um uivo.
—Meu irmão matou alguma coisa. —Falou Ísis com os olhos negros, Klaus deu um salto para traz quando viu o cupido daquela forma, um calafrio percorreu meu corpo arrepiando todos os pelos do meu braços.
—Pelas barba do profeta! —exclamou Klaus dando um passo para trás. Quando vi os olhos de Ísis ficarem negros.
—Ela está vendo através do olhos de Marlon, por isso ficam dessa cor —disse Dinah trocando de lugar com ela e Klaus ficou ao meu lado. —Vamos?
Seguimos em frente e pulamos uma árvore morta com tronco que dava para nos abrigar quase chovesse....

Eu e minha boca grande.

Começou a chover de início leve, depois moderado até ficar tórrida com raios e trovões que iluminava a floresta quando riscava o céu com nuvens pesadas e grossas, olhei para cima via alguns vultos que circulavam o céu, Miguel e Raziel estavam nos observando lá de cima e sabiam o que estava acontecendo aqui em baixo. Continuamos, sentindo o peso das águas, umedecer minhas roupas fazendo meus cabelos grudarem na minha nuca enquanto a lama ficava cada vez mais espessa.