CAP 20

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                             Fumaça

Eu estava na sala fumando o meu bom e velho cigarrinho quando desce a doida da Ingrid, ela não tá aparecendo nada com uma pessoa que trabalha na biqueira! A mina tava com um vestido rosa bebê, todo florido, com o cabelo solto cheio de cachinhos, de maquiagem e a coisa mais normal que ela tava usando foi a havaiana branca.

Fumaça- mas que porra é essa? —ela cruzou os braços na minha frente e me olhou com cara de interrogação.

Ingrid- querido não é só por que eu vou trabalhar vendendo droga, que eu vou parecer uma noiada!

Fumaça- mais também ficar parecendo uma bonequinha também não dá! Essa roupa não tá boa!

Ingrid- querido quem é você para dizer que não está bom? Eu em!

Fumaça- os cara vão ficar que nem urubu pra cima de tu!

Ingrid- e?

Fumaça- tá bom, eu avisei depois não vem reclamar não!

Ela passou por mim e o cheiro do perfume dela me deixou anestesiado de tão bom. Eu não sei se foi a ervinha o se foi o perfume mais que em deixou balançado deixou. Ela ficou do lado de fora me esperando enquanto eu fui buscar a moto. Assim que ela viu que a gente ia de moto ela quase teve um treco.

Ingrid- fumaça me diz que a gente não vai de moto pelo o amor de Deus!

Fumaça- ok, então eu não digo.

Ingrid- cara eu tô de vestido!

Fumaça- e o quico?

Ingrid- quer saber então, eu vou a pé mesmo!

Fumaça- oi?

Ingrid- Claro, Tim, Vivo...

Ela começou a descer o morro debochando da minha cara. Eu quase que fui de moto sozinho só pra ela aprender, mas eu ia ser muito babaca se fizesse isso. Então encostei a moto em frete de casa e corri atrás da Zé lelê.

Fumaça- vai pra onde sozinha? Sabe nem aonde é a boca!

Ingrid- eu ia sair perguntando, é pra isso que existe boca!

Fumaça- ainda bem que eu não preciso fazer isso. A minha boca serve pra outras coisas se é que você me entende! —Falei jogando a bituca do cigarro e peguei outro.

Ingrid- pra fumar por exemplo? Cuidado pumalzinho preto! Se continuar assim, eu vou dançar em cima do seu caixão, mais cedo do que o esperado.

Fumaça- eita como me ama! —fomos o caminho todo emplicando um com o outro, quando chegamos na boca todos olharam pra Ingrid. Eu avisei que isso ia acontecer, mas ela nem deu bola! Sai de perto e fui até o morcego.

Fumaça- cadê o sorriso, morcego?

Morcego- na sala das contagens patrão!

Fumaça- vem Ingrid! —chamei a mesma que tava parada na frente da entrada, ela veio e fomos atrás do sorriso. Entramos na sala onde ele estava e ele estava fazendo a contagem das drogas. Assim que ele nos viu veio cumprimentar.

Sorriso- eai parceiro, oi Ingrid!

Fumaça- eai!

Ingrid- oi!

Fumaça- sorriso a Ingrid vai te ajudar nas suas tarefas agora, ensina ela a usar qualquer tipo de arma, a fazer a contagem e etc. Tudo que tu souber passa pra ela.

Sorriso- pode deixar!

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