𝟾.𝙶𝚊𝚕𝚊 𝚍𝚒𝚗𝚗𝚎𝚛. 𝚙𝚊𝚛𝚝.𝟸

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|𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟾: 𝙹𝚊𝚗𝚝𝚊𝚛 𝚍𝚎 𝚐𝚊𝚕𝚊. 𝙿𝚊𝚛𝚝𝟸.|



Simplesmente cansada de ser tratada como uma boneca, onde você pode brincar e vestir lacinhos e controlar todos os seu movimentos. Cansei de ser usada, menosprezada, e jogada de lado como um rato. 

Eu só queria ter um pai, não um controlador Narcisista. Queria ter alguém para brincar comigo quando eu era criança, alguém pra me ensinar o dever de casa, alguém para me abraçar enquanto eu choro. Mas infelizmente eu só tive ele. Ele.

Eu odeio ele. Eu odeio ele. Eu odeio ele. Eu odeio ele. Eu odeio ele.

-Kira, está tudo bem?- Kuroo entra na adega, que parecia mais uma "sala de vinhos", onde tinha um sofá branco e uma mesa de centro no meio da sala, e uma parede cheia de vinhos. Todo o local era feito de madeira trazendo um clima calmo.

-Me deixe apenas um minuto sozinha, por favor.- Minha voz sai como se fosse um sussurro.

-Princesa, eu sou seu capitão, conversa comigo.- Ele sempre com suas brincadeirinhas.

-Você é meu capitão, não meu chefe.- Solto. Sua mão para no meu ombro e eu me viro pra ele, que parece surpreso ao ver meus olhos cheios de água. Sua mão sobe para meu rosto e sua feição suaviza.- Não preciso da sua pena.- Viro minimamente o rosto para que ele pare de tocar em mim.

-Não estou com pena de você.- Ele é direto.- Só quero que converse comigo. 

-Droga.- Me afasto me sentando no sofá branco e virando a última taça.- Meu pai é um merda. Um controlador. Ele só se importa com a maldita empresa, e nenhum pouco da sua atenção vai pra sua família. Pela primeira vez eu vi minha mãe mostrar que estava chateada com ele, minha irmã deu uma nele, e ele ainda sim, não sabia o que tinha feito de errado.- Lágrimas saiam do meu olho sem que eu controlasse, e mesmo assim mantinha um sorriso sarcástico nos lábios porque ainda estava incrédula que ele poderia ser assim.- Eu o odeio, e odeio como me olha. Seu olhar parece de um demônio, me faz tremer como se eu fosse um rato na ratoeira.- Kuroo se senta ao meu lado e coloca a mão na minha coxa exposta pela fenda.

-Se eu fosse você teria orgulho.- Eu o encaro como se não entendesse.- Qualquer outra pessoa já teria respondido ele, e já teria se fodido muito mais. Você pelo menos tem uma consciência de que não pode peitar ele. E eu admiro isso em você. Tipo, você enfrenta todos que te deixam por baixo, menos ele, até porque você ainda mora com ele e ele é seu pai, ainda precisa ter um pequeno respeito. Eu acho..

Não sei se é a bebida ou se é sua mão na minha coxa, ou quem sabe seu tom de voz baixo e delicado comigo...mas eu o beijaria. 

-Se quiser me beijar fique a vontade.- Ele diz rindo reparando que encarava sua boca.- Nesse momento sério, e você de olho em mim. Parece que temos uma princesa depravada.- Ele me encara com um sorriso extremamente sexy.

Não me sinto bêbada, então porque quero tanto beija-lo? 

Que se foda.

Em um impulso, puxo seu pescoço na minha direção e encontro nossos lábios dando um selinho longo. Separo eles por alguns segundos, antes de Kuroo me puxar novamente nos unindo. Sua língua pede passagem e eu libero sem pensar duas vezes. Nosso beijo era lento e gostoso, era como não ter pressa para ter a melhor refeição do mundo. Porque seu beijo era tão gostoso? Nossa boca se encaixava perfeitamente, nossas línguas dançavam em perfeita sintonia, e sua mão em meu cabelo acariciando o local me deixava nas nuvens.

𝐒𝐄𝐔 𝐎𝐋𝐇𝐀𝐑 ~𝐓𝐞𝐭𝐬𝐮𝐫𝐨̄ 𝐊𝐮𝐫𝐨𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora