𝐒𝐄𝐔 𝐎𝐋𝐇𝐀𝐑 ~𝐓𝐞𝐭𝐬𝐮𝐫𝐨̄ 𝐊𝐮𝐫𝐨𝐨

𝟷𝟹.𝚈𝚘𝚞𝚛 𝚗𝚊𝚖𝚎

|𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟹: 𝚂𝚎𝚞 𝚗𝚘𝚖𝚎|

Apenas em silêncio na companhia um do outro, olhando as luzes que iluminavam toda a praça. Suas mãos entrelaçadas com a minha, as luzes amarelas enroladas nos galhos das árvores e nos arbustos, as crianças correndo junto do seus pais, o clima fresco, tudo estava perfeito. Nunca havia visto essa praça, e muito menos uma tão iluminada quanto essa.

Era estranho gostar de ficar perto do Kuroo? Principalmente nessa situação?

Não sei, só sei que hoje está perfeito.

Tinha um coreto no meio da praça, assim que bati o olho nele, Kuroo foi em direção a ela sem nem falar nada.

-Kuroo, esse lugar é lindo. Nunca tinha visto uma praça tão iluminada. Nem está perto do natal, e mesmo assim tem tantas luzes.- Digo maravilhada com o local.

-Minha irmã e eu vínhamos juntos aqui sempre, e sempre falávamos isso. Sempre gostei daqui.- Nos escoramos na barra de ferro e continuamos a observar as luzes e as poucas pessoas que andavam por ali.- Mas, e então. Estou perdoado?- Ele me encara.

-Só mais uma coisa.- Ele revira os olhos com um sorriso nos lábios. Eu vou ter que aproveitar um pouco da sua boa vontade.- Tenho um trabalho, e o prazo está bem perto. Falta duas semanas pra data de entrega, e eu ainda não fiz nada. E meu pais vão viajar semana que vem, e você podia ir pra minha casa me ajudar com esse trabalho. Principalmente pelo fato de que você deve ter feito um trabalho parecido e isso pode agilizar o processo.- Sorrio pra ele que me encarava com um sorriso de canto.

-Certo, com isso você vai me perdoar?- Afirmo com a cabeça.- Então assim que seus pais viajarem você me manda uma mensagem e eu vou até você te ajudar.

-Agora sim você está perdoado.- Sorrio para ele.

Ficamos em silêncio novamente, sorrisos mínimos no rosto sem ter o que falar. 

-Kira, posso te fazer uma pergunta?- O encaro.- Eu sei que é do nada, mas você se arrepende do que aconteceu entre a gente no jantar?- Por essa eu não esperava.

-Sendo sincera, eu não me arrependi.

-Posso perguntar o por que?- Ele me encara fazendo nossos olhares se cruzar.

-Porque você foi gentil comigo, você beija bem e também foi bom.- Quebro nossos olhares pela vergonha.- E você se arrepende?

- Não.

-Posso te perguntar o porque?- Repito sua pergunta como piada e o encaro sorrindo.

-Porque eu faria tudo de novo. Menos a parte que eu vacilei.- Rimos da sua última frase.

Ficamos nos encarando por um tempo apenas digerindo o que ele disse. Continuamos nas mesmas posições, o coração acelerado, e a boca sem conseguir falar mais nada. Em um impulso do moreno, ele coloca sua mão no meu pescoço e me puxa para um beijo, que em seguida foi retribuído. Sempre vou dizer isso, mas o beijo dele é doce e forte, mas ao mesmo tempo delicado. Nossas línguas dançavam em perfeita sintonia, e nossa boca encaixava tão perfeitamente que parecia que foram criadas uma para a outra.