fifth

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Han Jisung POV

Ele é tão pequeno. Tá bom que ele é maior que eu, mas tem como vocês não me julgarem? É um coelhinho fofo e meio gordinho! Eu só queria esquentar o Min com um abraço, mas o local e nossa relação não permitem.

Minho fica fofo com minha blusa cinza, enquanto eu finjo não sentir o mínimo daquele vento gelado à noite. Finalmente os três esportistas decidiram parar de se acidentar, agora que tá mais escuro, vieram falar com a gente e ficaram sentados nos próprios skates.

- Eai, galerinha do morango... - Changbin foi o primeiro a se pronunciar, interessado no doce, porém só restava nossos palitos - Não deixaram nenhum pra mim? Os de verdade eu sei quem são. - o anão roubou minha frase e ainda fechou a cara, eu não mereço.

- A gente queria ir comer lanche... Cês' não querem também? - já tentei desviar o assunto do morango, nunca que eu pagaria um pra ele, aquilo era caro demais pro jeito devorador do Bin, ia comer que nem um animal e nem sentir o sabor.

- Tá bom, mas só se o Chan pagar! - sim, ele jogou a moral pro Chris, já que ele era o mais velho e potencialmente aquele com mais dinheiro.

- Não abusa, Bin hyung! - Felix defendeu o outro australiano, não sei se foi muito útil, entretanto o charme dele sempre convence o Changbin uma hora ou outra.

- Então não vou, eu tô quebrado! - anunciou se levantando e pegando o skate que usava, só pra encaixar debaixo do braço e sair andando - Valeu, valeu, tô indo... - acenou e foi andando.

- Bin! - poderia ser muito fofo como Felix ia implorar pela presença do mais velho, só que a voz de trator me fez rir - Fica que eu pago, chato. - levantou e cruzou os braços, que criança preocupada.

A discussão não durou muito e Minho só ia aceitando, até que a gente foi pra lanchonete mais próxima dali, infelizmente um MC Donald's mesmo porquê era o que nossos bolsos permitiam, em comparação à fome.

Sim, eu fui com o Min na minha garupa de novo. Que droga, fico boiola e tenho que fingir que tô rindo daqueles idiotas andando de skate praticamente no meio da rua. Mas eu tô rindo das risadinhas do moreno atrás de mim, pois é.

Chegamos ao mesmo tempo no lugar e assim deixei minha bike do lado de fora, e a gente colocou os skates embaixo da mesa que sentamos. Fiquei encarregado do pedido, junto de Chan, e assim na hora de falar o que queríamos, fomos dividindo em comandas pra cada um pagar o seu.

Era óbvio que eu ia juntar o meu com o do Min? Sim, era. Por isso o Chris só soube de rir da minha cara, ele tem ideia do quão apaixonado eu sou, inclusive fica promovendo esses rolês pra me deixar perto dele, um anjo e tanto.

Apesar do Bang ser um anjo, eu não sei até aonde isso é bom. Eu amo passar tempo com ele, meu pequeno Minho que é muito mais ele mesmo quando não estamos naquela escola, mas será que ele também gosta? Ou ele acha horrível e pensa que estamos forçando a barra?

Talvez eu force demais uma intimidade que não temos. Espero que isso não incomode ele. Pedi seu lanche favorito, que foi o que ele escolheu, mas pedi uma batata frita extra, já que ele também ama, e ainda vou pegar um top sundae pra gente dividir, pois nasci gay.

Quando entregaram tudo ele agradeceu, e nem reparou o fato de ninguém ter dado uma comanda só pra ele. Pequeno, fofo e inocente. Comemos quase em silêncio, ao menos eu e ele, não estava me sentindo falante depois de tanto tempo fora de casa.

Changbin manteve suas conversas bobas, as vezes se perdendo em flertes sem muito objetivo com Felix, ambos ficavam felizinhos assim então eu estaria feliz por eles também, ainda mais que preocupado com a volta pra casa.

Finalmente acabamos, os três radicais foram embora cada um pro seu lado, e eu fui com o Minho pra minha bike fofinha. As flores dele ainda estavam lá intactas, e eu acabei por sorrir olhando elas. Droga, eu só queria o amar.

- Obrigado pelo lanche... Eu sei que foi você que pagou, eu tô devendo demais pro Chan me fazer essa caridade. - aquele sorrisinho fofo e culpado dele apareceu de novo, que droga, não posso amassar.

- De nada, tudo bem, hyung. - se eu dei de ombros pra disfarçar? Óbvio, como sempre. Então subi na minha nave - diga-se de passagem - e ele veio atrás, dessa vez sem segurar em mim, quase chorei.

Vou chorar no meu caderninho depois.

Rapidinho pedalei pra casa dele, eu tava nervoso, eu queria um tempo sozinho. Sozinho com ele. Mas esse eu não teria, então tudo bem, pretendia chegar no meu quarto e pensar.

Parei na calçada, esperei ele descer e fiz o mesmo. Deixei o pé da bicicleta no chão pra ela não cair, e peguei as flores, encarando elas pra não encarar ele. Doía um pouco.

- Boa noite, Min hyung. - proferi quando estiquei meu braço na direção dele, dando o mini arranjo - Espero que tenha se divertido... - droga, por que eu ficava tímido em cima da hora?

- Claro que sim, Hannie, com vocês é difícil ficar entediado. - ele riu, tão fofo, pequeno, meu, ou era com isso que eu sonhava - Posso... Te abraçar? - como ele tinha coragem de me perguntar?

Abri os braços e dei um passo na direção dele, circulei seus ombros devagar enquanto ele tocou minha cintura de forma singela, era complicado com as flores nas mãos, mas a gente deu um jeito.

Durou pouco, o suficiente pra gente sorrir a noite inteira. Eu sorrir a noite inteira. Lee Minho, o dono da minha insônia. Fosse por tristeza ou alegria, apenas o dono das minhas noites em claro.

- Tchau... - disse baixinho e voltei pro meu banco, ele acenou e foi entrando, eu esperei claro, não deixaria meu miau sozinho na rua.

E lá fui eu novamente, pedalei pra chegar em casa, e quando cheguei corri pro quarto, eu só queria descansar. Fui tomar um banho correndo pra deitar na minha cama, peguei aquela agendinha preta e abri o coração.

pelo menos eu posso te chamar de meu às vezes. meu hyung.
obrigado por um dia ao seu lado, adorei comer moranguinhos, mesmo que você ficasse que nem um doido julgando minha existência o tempo todo.
é muito pra mim. é muito pensar em você. é muito me preocupar se você tá dormindo direito. é muito me preocupar se você come direitinho. é muito tentar decorar tudo sobre você como se isso fosse mudar a nossa relação. é muito te ver em cada artigo fofo que olho, sejam acessórios ou desenhos. é muito te olhar todo dia e imaginar uma casa nossa, cheia de gatinhos. é muito querer morar no seu abraço.
sou um inquilino indesejado, eu sei. queria mesmo era o seu coração. quando deito no seu peito, sinto ele batendo. queria fazer parte disso. me sinto feliz com você e por você. não sei o que será de nós, mas sei que esse "nós" deveria ser eterno, é meu maior desejo.
obrigado, min, sua existência brilha na minha alma, me dá uma vontade de viver que você nem faz ideia.
eu te amo, senhor lee minho.

de: hannie (na voz dele) / para: min (na minha voz)

de: hannie (na voz dele) / para: min (na minha voz)

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secret secret - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora