secret secret - minsung

twentieth

Lee Minho POV

Ter Hannie comigo era a melhor sensação do mundo.

Ele estava tão quentinho e confortável, nós riamos juntos e dava pra sentir. Meu Ji fazia carinho no meu cabelo e eu tinha o corpo todo arrepiado debaixo daquelas roupas. Sempre fui sensível à toques, porém com ele parecia pior.

Era como estar molhado no vento, quer dizer, talvez esteja mais próximo de um ASMR devido o conforto. Nunca me senti tão livre dizendo três palavrinhas, enquanto podia fazer carinho nele sem medo. Jisung era finalmente parte de mim, sabendo disso.

- Ji... - toda vez eu que o chamava, não que estivesse o culpando, mas já havia virado um fato que ele estava perdido - O que acha da gente ler juntos o resto? - ofereci algo que talvez pudesse destravar a gente um pouco, e também assim entender o que cada um sentia, sem precisar se forçar a dizer em voz alta, ainda.

- É... Tudo bem, Min. - meu pequeno concordou e ficou ali. Ele queria que eu lesse pra ele? Isso?

- Acho que pra lermos juntos seria necessário que você virasse, Sung. - tive que rir um pouco para que não fosse mal entendido, não queria o rejeitar e não era isso que eu estava fazendo.

- Ah... - sim, Jisung havia esquecido dessa parte.

Ele levantou seu rosto todo rosadinho de vergonha e olhou pra mim, que apenas sorria, saindo do meu colo e caindo na realidade um pouco, dessa vez ficando sentado do meu lado, algo que eu não esperava por querer ele tão perto.

- Você quer ler o meu primeiro? Sei que é ruim ser exposto, então posso tirar essa dor de você. - brinquei sabendo que daria vergonha, entretanto não tinha mais volta, ele já sabia de tudo mesmo.

- É sacanagem com você, Minnie! - seu jeito "militante" e defensor apareceu, fazendo eu me render - A gente lê um meu, um seu e assim por diante... Uma hora só vai ter meu, então eu só te assisto. - ofereceu o mindinho pra mim, e eu cruzei eles, aceitando o que parecia justo.

- Escreveu muito sobre mim, é? - zoei pra ver ele felizinho agora, aquelas bochechas lindas pelo sorriso de esquilinho também, que droga eu precisava o amassar um dia.

- É... Mas me deixa! - outra vez fingindo se proteger do que eu dizia.

- Eu deixo! Estou genuinamente curioso, confia em mim, pequeno. - abracei sua cintura acreditando que podia fazer aquilo, ele não recuou e pegou os cadernos, abrindo para saber qual era o dele.

"é tão difícil falar com o minho!
eu amo, amo ele. mas não consigo ficar perto dele e me manter normal. exatamente pelo fato de gostar demais! ele deve me achar um chato
eu vivo fazendo coisas pequenas e demonstrativas, mesmo com medo, não sei me calar
tudo bem que muitas aparentam apenas amigáveis, o negócio é que eu não faço isso com outros amigos, já que não me sinto tão assim com eles.
todos são muito importantes, não quero desmerecer, mas ter Minho na minha vida parece algo muito superior ao resto, principalmente quando levo em conta minha sensações perto dele, seja de proteção, alegria, segurança, carinho...
tudo é melhor ao lado de Lee Minho!
eu tenho medo sim dele descobrir que eu o amo e ficar me zoando por isso pro resto da vida, enquanto eu finjo que era tudo zoeira.
se eu tenho outra solução? não.
pretendo continuar fazendo coisinhas pra ele, pensando nele em todos meus movimentos, procurando o fazer um pouco feliz na medida do possível todos os dias.
sei que ele nunca fez por mal, e não tem ideia do que sinto, mas imagino se eu pudesse estar no lugar dele (ou seja, ser amado pelo meu melhor amigo) o quão mais legal não seria.
não posso dizer que sou triste com tudo isso, entretanto sempre poderia ser melhor. poderia ser nós. eu e minho. como um casal, e não como uma dupla de amigos como todas as outras de nosso grupo.
lee minho + han jisung = minsung? acho que sim.

- aquele que deseja que exista "minsung""

Li com calma e ele também parecia reler, algumas vezes olhando meu rosto feliz e emocionado, principalmente quando mesmo sem querer eu já apertava o abraço mais um pouco.

- Primeiramente, senhor Hannie... Você é normal. - falei só pra ver ele arrependido do que havia escrito, afinal era um tanto estranho ver novamente os pensamentos mais velhos, provavelmente.

- Mas...

- Eu gosto disso. Gosto que você é normal. - sorri e roubei um beijinho de sua bochecha, fingindo tanta normalidade quanto a qual havia dito que ele tinha - Agora continuando... Não te acho um chato, jamais acharia... Quero ser sua proteção e alegria, segurança e carinho... E também não te zoei por saber que me amava. - ri baixinho, meu indicador esquerdo deslizava pela folha ao mostrar o que eu queria responder - Não sei você, mas eu acredito que você está no meu lugar agora, hm? E... "Minsung" pode existir, só depende de você. - eu desejava que fossemos um casal e isso também era muito óbvio, desde que eu cheguei ali, pensava nisso frequentemente.

Meu lindo e pequenino Hannie continuou sorrindo. Não disse nada, me enrolou, e me deixou paralisado nesse momento também. Eu estava esperando ele falar comigo ou trocar o caderno, contudo nada acontecia.

- Só de mim? Isso é um pedido ou...?

- Não! Não é um pedido. - eu recusei de imediato, havia planos melhores - Tem dois planos, qual você prefere? Deixa eu dizer... É que assim... Por favor, tenha a mente aberta agora. - o assustei um pouco para ser mais surpreendente - Quem de nós pedir em namoro, não pode pedir em casamento. Então temos que decidir. - nunca fui tão sério na vida, apesar do assunto parecer até brincadeira, pra mim não era.

- Hyung! - recebi um tapinha e ele riu nervoso, mas pensava sobre o que eu disse - Ambas opções são únicas... E como você tem mais experiência... Você aceita ficar com o pedido de namoro? Até eu te pedir em casamento, vou ter um longo tempo pra aprender ainda mais sobre você, e assim valerá a pena esperar tudo isso pra me ver te oferecendo meu amor em uma aliança. - sorriu de canto fofinho, querendo me convencer de verdade, todavia eu já estava mais do que convencido.

- Sim, Han Jisung, trato feito. - voltei a abraçar ele com mais jeito e deixei meu rosto em seu pescoço, se ele podia fungar meu cabelo, eu podia sentir seu cheiro de nozes quando quisesse.

- Vou esperar ansiosamente, tá bom? - sua voz tão feliz e única chegou aos meus ouvidos de forma suave.

- Sim, pequeno. - senti vontade de o beijar, de selar o que tínhamos de alguma maneira que ultrapassasse o abraço, entretanto não o forçaria a nada.

Nos soltamos para ler mais, era evitável a encarada antes de voltar a vida real, se existia um momento perfeito, era quando nossos olhos se encontravam de forma próxima.

- Não quero roubar. - sorri intercalando o olhar entre os olhinhos brilhantes e os lábios pequenos que encaixavam perfeitamente nos meus, silenciosamente indicando sobre o que eu dizia.

Ele riu baixinho e me fitou como eu fazia. Entendi o quão afetava, inconscientemente me sentia seu refém. Jisung gostava dessa sensação? De estar rendido à mim? Não é tão ruim, é?

Me perdi em pensamentos e só saí deles por um motivo: senti ele beijar meu sorriso. De forma torta ou mal combinada, sua boca selou parte de meus dentes e meus lábios também. Não deixei de sorrir até cair na realidade, tentando beijar ele de volta, porém meu bebê desviou e riu de mim outra vez.