twelfth

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Lee Minho POV

Há 4 dias não vejo Jisung, finalmente poderei sorrir de novo. Adoro feriados para descansar, mas é possível mensurar a dor de não ver meu esquilinho?

Conversamos bastante pelo celular, entretanto nunca é a mesma coisa que ter aquele sorrisinho ao vivo só pra mim, muito menos poder o ouvir rir ao invés de "ler" isso, pois jamais seria tão precioso quanto.

Eu tenho certeza que ele vai estar cansadinho, então, pra dar uma serotonina ao Hannie e também um pouco de energia, estou levando chocolate pra ele. Comprei vários Choco Heim, assim podemos dividir, já que adoramos isso, e vende pertinho da nossa casa.

Dessa vez cheguei na sala e nem sinal dele, Changbin era sempre um dos últimos e eu já estava acostumado, talvez eu que fosse ansioso demais por poder ver Jisung, mas tudo bem, eu amo ele mesmo.

- Bom dia, hyung... - ele disse com um sorrisinho, acenando pra mim, assim que passou do meu lado pra se sentar em seu lugar - É pra mim? - Hannie apontou a caixa que deixei sobre sua mesa, dos chocolates.

- É pra nós, mas eu não ia conseguir guardar a surpresa. - ri também, pegando a caixa pra esconder na bolsa, antes que outra pessoa visse - No intervalo fica aqui e come comigo... - pedi e ele afirmou, apertando meu braço suavemente, nunca entendi o porquê dele fazer isso.

- Claro que sim, hyung. - confesso que eu queria um beijo, porém sei que nunca vai acontecer, então eu sorri pequeno, imaginando aqueles lábios fofinhos na minha bochecha.

Virei pra frente, senti a respiração dele perto demais e fiquei quietinho, não sei se estava cheirando meu cabelo ou tirando sarro de mim, só aceitei, não me importava o motivo, e sim o jeitinho curioso e fofo dele, que eu simplesmente fingia não saber.

Esperei até o intervalo ansiosamente, assim que tocou o sinal e todos saíram, peguei a embalagem e virei pra trás, abrindo em cima da mesa dele que já não tinha mais caderno nenhum, estávamos ansiosos por isso.

Quebrei ele em coluninhas e dei uma pro meu pequeno, começando a comer a outra, esfarelava um pouco mas estávamos rindo por isso, era muito gostoso e valia a pena, bem melhor que o café da escola.

- Hm... Tá bom... - o Han disse com as bochechas gostosinhas, aquilo era meu pagamento pelo sofrimento longe dele, e assim eu seguia a vida - Foi quanto...? Eu te pago. - proferiu sincero até demais, coitado, faz de tudo por mim e não deixa eu usar minhas migalhas por ele.

- Para, Ji, não sou incapacitado também! - dei um tapinha muito leve no pulso dele, recebendo uma cara "feia" em troca, se é que posso dizer isso - Não vai pagar nada, é comida, acabei com seus argumentos. - dividi outro trio do doce com ele, ouvindo meu Ji rir e deitar com a testa na mesa, sentindo-se derrotado. Tão fofo.

Infelizmente a alegria sempre dura pouco, Changbin voltou e com companhia, Felix e Hyunjin apareceram pra encher nosso saco, quase conseguiram roubar nosso doce e ainda por cima ficaram xingando nós dois de individualistas. Mereço.

Conversei mais com o Han e a gente decidiu sair depois da aula, era uma plena quarta feira, mas não custa nada caminhar a toa, a gente evita ficar visitando lugares específicos pra não gastar dinheiro, e assim tornar nossos passeios mais recorrentes.

Saímos da escola e fomos andando pelas ruas, era devagar e trocávamos o caminho, literalmente passando na frente de locais que nunca tínhamos visto, era curioso dessa forma, e afinal nosso destino era o mesmo, sabemos seguir placas.

Roubei uma florzinha de uma praça e dei pra ele, foi quando o vi correr do nada, então segui ainda sem entender, parando ofegante quando vi meu pequeno agachar. Ele pegou um dente-de-leão no chão e cobriu do vento para trazer próximo de mim.

- Faz um pedido e assopra! - aquele sorriso fofo apareceu, me fez sorrir mais ainda. Aquilo doía demais.

- Tá bom... - encarei os olhos dele e depois a planta, e a única coisa que consegui pensar antes de assoprar foi "milhões de desejos para compartilhar com você", e assim acabei com a parte branquinha dela, vendo ele jogar o cabinho verde ali.

- Agora pode me contar! - esse intrometido voltou a andar e eu fui também, rindo de sua fala, mesmo sem ser supersticioso, preferi evitar problemas.

- Não posso! Vai quebrar, Ji... Não posso dizer, senão não realiza. - foi só eu terminar que recebi um soquinho fraco no braço.

- Hyung malvado e sem coração! - fez seu bico chateado, era apenas um esquilo fofoqueiro.

- Quem dera ser sem coração... - meu tom foi um tanto sarcástico e eu ri, aquilo machucava na verdade, pois eu queria simplesmente me livrar dos meus sentimentos, e tecnicamente isso significava não ter coração mais.

Ele pegou no meu braço e continuamos andando, o deixei em casa e aproveitei pra fazer carinho no cachorrinho fofo que ele tem, ainda que nada se compare aos meus gatinhos, esse bichano também me conquista, já que ele faz meu Jiji sorrir.

Voltei pra casa e fui tomar banho, coloquei meu pijama e fui comer também, eu tava cansado mas muito feliz de ter tido um tempinho com meu bebezinho, e agora poderia escrever isso com a maior facilidade.

Sair com o Hannie nunca será algo menos brilhante. Passeamos, vimos animais de rua e fizemos carinho assim mesmo, pegamos flores e plantinhas fofas, tentamos nomear pássaros e ainda julgamos umas casas feias, acontece.

Hoje cedo também dividimos nosso chocolate, um dos favoritos, acho que se um dia fossemos algo, com certeza esse docinho estaria presente em todas datas especiais (ou seja, todos os dias, porque eu comemoria cada momento podendo o amar e ainda sendo amado).

Nada nesse mundo paga a alegria de ser todo dele. Mesmo que ele não saiba, isso é um fato pra mim, e me orgulho. Imagino que ainda que não seja verdade, se fosse, eu seria um sortudo, com bom gosto, e com certeza muito mimado pelo meu potencial namorado. Ele é um amor de pessoa, e eu não me permitiria ser triste nunca mais.

Como é possível?! Não sei se ele gosta de alguém, ou se tem a intenção de em algum momento ter alguém, entretanto eu ficaria muito feliz por esse ser, não deve ter nada mais fofo do que poder ver um Han Jisung com cara de sono e cabelo bagunçado toda vez que quiser.

Me impressionaria se soubesse que ele não seria tão apaixonado a ponto de abrir mão de tudo, até de sua "dignidade", pra fazer seu/sua amado/a feliz, não duvido nada que iria tirar as fotos mais bestas e zoadas sem medo, e que iria encher essa pessoa de surpresas fofas e apaixonadas.

Eu quero ser essa pessoa.

- a (única) pessoa (que nunca seria ela).

- a (única) pessoa (que nunca seria ela)

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secret secret - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora