Damn Boy

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CAP. 23 – Damn Boy

[Domingo – 24/12/2006]

Era noite de natal e eu estava de frente para o espelho. Estava prestes a chorar. Não tinha gostado da minha roupa e não dava tempo de trocar.

Não sei se realmente não tinha gostado ou se era a TPM, mas eu não estava nada bem hoje.

Passei o dia cansada e chateada por motivo nenhum, mas não queria que minha família ficasse preocupada então toda vez que saia do quarto colocava um semblante tranquilo no rosto, mesmo sentindo o corpo cansado.

Gustav: S/n! Tá pronta? A vovó ta esperando a gente lá em baixo!

S/n: Eu já vou descer! – passei a mão no vestido vermelho, tentando tirar o amassado que tinha. Não tinha amassado, mas eu estava me convencendo de que tinha pra tentar esquecer de chorar.

[Quarta – 27/12/2006]

Estava em casa, enrolada no cobertor pesado, enquanto morria em cima da cama.

No domingo eu estava cansada e querendo chorar sem motivo porque realmente estava de TPM. Desceu no dia 25 e eu estava morrendo de cólica até hoje e por sorte pararia no dia 29.

O frio estava ficando cada vez mais intenso e por mais que eu soubesse que o aquecedor estivesse ligado, eu continuava morrendo de frio, tinha medo até de ficar resfriada de tanto frio que eu estava sentindo.

Ouço meu celular tocar mas não me dou o trabalho de levantar a cabeça pra saber onde ele estava.

Mas aquele barulho infernal não parou, então tive que procurá-lo pra fazer parar.

Mas que bosta.

S/n: O que é?

Tom: Oi pra você também, princesa.

S/n: O que você quer ein?

Tom: Nossa, ta de mau humor hoje?

S/n: O que te interessa?

Tom: Ai... o que aconteceu, pequena?

S/n: Cólica e frio, tem coisa pior?!

Tom: Não sei sobre cólica, mas calor é pior que frio.

S/n: Eu vou desligar pra continuar morrendo aqui, tchau.

Tom: Esp-

Desligo o celular e vou tomar um banho quente para tentar fazer o corpo relaxar um pouco mais.

Funcionou por cinco minutos.

O que ajudou no frio também, mas assim que sai do chuveiro senti a pele do corpo inteiro arrepiar.

Depois de meia hora eu já estava com meu pijama mais confortável – a camisa e o casaco de Tom – e um short um pouquinho folgado com uma meia rosa neon, eu já estava de volta na cama e não sentia vontade de fazer nada. Minha vontade de comer doce era enorme e como não tinha nenhum aqui eu senti os olhos queimarem e logo as lágrimas começaram a rolar.

Eu só queria um docinho, poxa.

*toc toc toc*

S/n: Tá aberta! Eu não vou levantar! – eu fungava e tanto que chorava e escuto a porta sendo aberta. – Não sei quem é mas é melhor sair, to no nível de bater em idosos e xingar crianças. – estava coberta e abraçada com o meu travesseiro.

Tom: Pensei que fosse precisar disso... – me viro com os olhos inchados e molhados. – O que aconteceu? – Tom estava com uma camisa branca, uma calça jeans e um casaco preto. Ele segurava duas sacolas e um suporte com dois sucos na mão. Ele sentou do meu lado e colocou a mão na minha testa.

FAMOUS • Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora