Lily respirou fundo precisava ser sincera.
- Primeira coisa que eu preciso te dizer, eu não estou com a Lucya, ela queria, e saímos para comer alguns dias, mas eu falei para ela que estava em um momento que queria focar mais na minha vida profissional e não na pessoal.E sim eu dei a entender que estávamos juntos, porque eu me senti muito humilhada quando você foi até a minha casa propor sexo casual - disse Lily.
- Eu sinto muito mesmo, eu nunca quis te humilhar, você é muito melhor que eu em vários sentidos eu jamais quis que você se sentisse assim. Eu fui uma covarde porque não tive coragem de admitir que eu queria era ficar com você. E saber que você não tá com aquela insuportável me deixa mais feliz. - disse Margot.
Lily sorriu, aquela sim era a Margot que ela conhecia que não tinha papas na língua.
- Com relação a gente. Sim eu me apaixonei por você, eu lutei muito porque éramos completamente diferentes e você no início era insuportável e arrogante. Mas cada dia que eu te conhecia mais eu gostava mais e mais de você e foi inevitável me apaixonar por você. Quando a gente transou eu sabia que não tinha mais volta, eu te amava e foi duro fingir que eu não sentia nada. As expectativas fui eu que criei, mas isso não faz com que doa menos- disse Lily.
- Aquela história que você falou na entrevista sobre eu ter sido sua tutora e sobre eu ser sua crush? - perguntou Margot
- Era verdade, foi por essa paixão platônica que eu descobri a minha sexualidade. Mas eu tenho quase absoluta certeza que você nem lembrava de mim. - disse Lily.
- Eu não dei muitas tutorias em Pinhal, mas eu lembro de uma menininha que eu fui ensinar matemática e eu achei ela inteligente demais para precisar de tutoria, tudo que eu perguntava ela sabia e ela não parou de me olhar a aula inteira, ela tinha uma mania de mexer no anel. - disse Margot.
- É sério? Você lembra disso mesmo? - quis saber Lily.
- Essa menina era você? - perguntou Margot.
- Sim, era. - disse Lily saudosa.
Margot se aproximou mais de Lily no sofá e pegou sua mão.
- Eu não sou uma pessoa romântica, eu não sei direito como essas coisas funcionam, mas eu tô disposta a aprender se você quiser. - disse Margot.
- Eu não quero que você tente ser algo que você não é, eu me apaixonei por você, mesmo você tendo esse gênio do cão. - disse Lily.
- Eu não sei direito como fazer isso, mas você aceita namorar comigo sem contrato, sem regras, apenas eu e você? - pediu Margot.
- Estamos falando de uma relação amoroso totalmente monogâmica, romântica e sem sexo? - disse Lily.
- Você tá dizendo que a gente não iria transar tipo nunca? E se a gente estabelecesse sei lá a cada 4 meses? Ou uma vez no mês como a gente fazia? - disse Margot pisando em ovos.
Lily começou a rir.
- Eu tô brincando, apenas na parte do sexo o resto é verdade. Eu bem que tentei fugir, mas não adianta eu te amo. - disse Lily.
Margot abriu um sorriso e puxou Lily para perto de si.
- Eu não sei direito o que namoradas fazem, mas você pode me ajudar. - disse Margot.
- O que você quer saber? - disse Lily.
Margot segurou o rosto de Lily com as duas mãos com o maior cuidado possível e a beijou.
- Fazem isso? - disse Margot voltando a beija-la.
- Isso tá liberado. - disse Lily sem conseguir conter o sorriso.
- E abraçar? - perguntou Margot puxando Lily para os seus braços.
- Também, pode. - disse Lily.
- E a melhor parte chega quando? - perguntou Margot.
- Sexo? Daqui a 2 meses completamos seis que é o nosso combinado né. - disse Lily.
Margot respirou fundo.
- Eu espero você o tempo que for. - disse Margot.
- Eu tô brincando. - disse Lily deitando Margot no sofá e subindo em cima dela a beijando.
As mãos de Margot seguravam a cintura de Lily que beijava Margot com saudade e fervor. Até o celular de Lily despertar.
- Meu Deus quase seis horas, preciso ir para o bistrô. - disse Lily se levantando.
- Ah não, faz menos de 15 minutos que nos tornamos namoradas e você já vai fugir de mim? - disse uma manhosa Margot.
- Eu tô atrasada, preciso ir. - disse Lily.
- Posso te buscar mais tarde? - perguntou Margot.
- Pode. Mas hoje é dia de muito movimento vou sair tarde. - disse Lily.
- Tudo bem eu espero, podemos jantar depois? - quis saber Margot.
- Eu vou sair de lá provavelmente 1 da manhã, a não ser que você feche um restaurante pra gente, não vai ter nenhum lugar aberto. - disse Lily.
- Tudo bem. - disse Margot fazendo biquinho.
- Você é insuportávelmente fofa, sabia? - disse Lily indo até Margot e dando um selinho.
Margot a puxou e deu outro beijo em Lily.
- Eu tenho que ir. - disse Lily.
- Vou contar as horas pra você voltar, posso te levar? - pediu Margot.
- Pode. - disse Lily.
As duas saíram do apartamento e Margot entrelaçou os dedos na mão de Lily e foram até o carro.
O apartamento de Lily era perto do bistrô então elas chegaram rápido.
- Não tem chance de você mudar de ideia e tirar uma folga? - perguntou Margot.
- O negócio recém está começando se eu tiro folga ele não abre porque falta pessoal. - disse Lily.
- E se eu contratar uns 10 funcionários você teria folga. - disse Margot.
- Não começa com isso, é o meu negócio - disse Lily.
- Tudo bem, desculpa eu só vou sentir saudades. - disse Margot.
- Ah meu Deus que coisa mais fofa é a minha namorada. - disse Lily dando um selinho em Margot e saindo do carro.
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Fake Dating
RomantizmMargot é rica, hétero, egocêntrica e polêmica. Lily é uma estudante lésbica, sem dinheiro e desempregada. Completamente opostas uma da outra, as duas concordam em fingir um namoro durante 6 meses, afinal nada poderia dar errado não é mesmo?