Maiara narrando...Acordo e me dou conta que não estava em meu quarto. Ainda meio sonolenta começo a observar os detalhes daquele ambiente e me dou conta onde estou.
Eu estava da mesma forma que fiquei na madrugada passada quando sentei ao lado da Marília, pra que ela pegasse no sono e então eu pudesse ir embora. Mas, acredito que nesse tempo todo entre ela pegar no sono e se declarar eu também acabei pegando no sono.
Sua cabeça ainda está sobre as minhas pernas e um de seus braços estava envolvendo a mesma, como se me segurasse pra que eu não saísse dali. Me mexo com delicadeza pra não acorda lá e conseguir sair, mas na primeira mexida ela segura com mais força a minha perna, ela resmunga em seguida e parece está brigando com o sono.
— Mai...
— Humm?
— Não sai correndo hoje! — Ela diz com sua voz rouca de sono enquanto se ajeita pra me olhar. — Não corre de mim como fez nas outras vezes.
— Eu realmente preciso ir.
— Eu sei que não! Suas desculpas são horrível quando você quer simplesmente se livrar de mim. — Ela se senta na cama e me encara.
— Eu nem deveria estar aqui. Era só pra esperar você dormir e ir pra casa. Passei mais tempo do que deveria.
— Nada que eu te falei foi importante pra você?
Eu estava na torcida que ela esqueceria tudo que havia falado na madrugada passada, mas pelo jeito o álcool não foi o suficiente.
— Você estava bebada!
— Se quiser eu posso repetir tudo agora já que estou sã.
— Não será necessário!
— Maiara... — Ela faz uma pausa e me olha. — Me dá um tempo pra conseguir te reconquistar? Não preciso de muito, talvez um mês ou menos. Eu juro que se você aceitar isso, depois que esse tempo passar e você realmente não sentir nada por mim eu te deixo... deixo ir, não te procuro mais.
— Um mês? — A olho confusa. — posso pensar?
— Não!
— Mas eu não tenho opção?
— Pra mim suas opções são sim ou sim. Mas como não serei injusta, acredito que já teve tempo demais pra pensar algo sobre nós. Eu não vou te obrigar a passar um tempo comigo, mas quero deixar claro que é tudo que quero e preciso. Mas agora eu vou ser um pouco egoísta e vou dizer que você precisa decidir agora, se quer me dar essa chance ou não. Talvez sob pressão você reaja melhor.
Eu a olho e fico surpresa com toda sua sinceridade. Na verdade uma vida toda ela foi assim. Justa e sincera demais, seus desejos e opniões sempre foram expostas, nunca deixou que o meio onde estava influenciasse sobre o que pensava.
— Eu...
— Seja sincera consigo mesma, Maiara. Eu duvido que não existe nem que seja um por cento de mim ainda em você.
— Marília, toda a sua insistência me fez pensar e chegar a conclusão que...
Faço um longo silêncio e a vejo me olhar como estivesse ansiosa pra esperar por mais alguns segundos.
— Diz logo!
— Eu aceito!
Sua reação é inesperada. A sinto me puxar pra mais perto, me abraçar, aperta, me sufocar e... me beijar! Quando sinto seus lábios nos meus fico confusa, fico imóvel, dura. Ela logo se dá conta do que fez e se afasta.
— Desculpa! — Ela diz sem jeito. — Desculpa, Maiara. Eu não queria... — Ela faz uma pausa e logo volta a falar. — Bom, eu queria, mas não queria te deixar desconfortável. Desculpa.
Eu tento permanecer seria mas acabo deixando escapar um sorriso por vê-la tão nervosa. Seu rosto está corado e ela tenta disfarças seus olhares dos meus. Eu tento diminuir o sorriso dos meus lábios mas é como se eles já não me obedecessem.
— Dessa vez passa, mas... — A olho seria. — Da próxima vez terá consequências.
— Bom, se a consequência vier depois de ter beijado os teus lábios, talvez, eu realmente aceite pagar o preço.
— Você não muda não é?
— Quando se trata de você as minhas ideias e desejos nunca mudam. — Ela dá um sorriso. — Bom, já que você aceitou nada mais justo do que começarmos tomando café da manhã juntas.
— Sem chance! — Falo sem pensar.
— Por que? Não vejo problema algum. Você aceitou Mai, precisa está aberta a isso.
— Não é isso, mas seus pais e seu irmão estarão aqui. O que eles vão pensar me vendo aqui sem nem ao menos ter chego hoje?
— Bom, pelo que eu os conheço, ficaram felizes assim como eu também ficarei. Você parece não entender, não é apenas eu que sinto a sua falta e quero você na minha vida. Eu percebo o quanto meus pais, principalmente a minha mãe quer saber como estamos e se estamos. Mas ela não toca no assunto pois sabe que ainda é algo delicado pra mim. Mas eu sei que no fundo ela sabe que a única pessoa que fui capaz de amar e mudar a minha vida foi você.
— Você sabe né?! — A olho.
— O que?
— Papo você tem! Entendo por que as mulheres são loucas por você.
— Me senti ofendida!
— Ué, ofendida por ter lábia?
— É que não parece uma qualidade, ainda mais quando esse comentário vem depois deu ter aberto meu coração. — Ela me olha com a um olhar triste e faz bico com os lábios.
— As vezes eu acho que você tem cinco anos. — Dou risada e me aproxima e levo minhas mãos até a sua bochecha e as aperto. — Desculpa! — Falo tirando minhas mãos dela.
— Eu não sou como você.. eu não ligo! Pode me tocar, apertar... — Ela olha em meus olhos e se aproxima do meu rosto. — Se quiser você também pode beijar. — Ela diz em um sussurro.
Mentalmente eu estou a xingando por fazer isso. Não sei se é nítido mais eu ainda a tenho como meu ponto fraco. Por mais que eu a evite, a ignore, finja que ela não existe, meu coração, meu corpo e tudo que rege o meu corpo ainda responde muito bem a ela. E as vezes eu o odeio por isso, eu quero manter a pose, mas a cada toques e respirada dela próximo demais de mim, faz com meus pensamentos vão longe me levando a lugares que eu no momento quero evitar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Onde o amor nos levará? - MAILILA.
FanficMarília com vinte e três anos assumiu os negócios de sua família. Não porque seus pais já não estão entre nós, pelo contrário. Eles resolveram que ela já tinha responsabilidade suficiente pra tocar os negócios da família enquanto eles apenas desfrut...