CAPÍTULO 09

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Becky Armstrong  | Point of View
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Não sei explicar exatamente o que estou sentindo nesse exato momento, era como se tudo ao meu redor estivesse girando lentamente, como por exemplo, o ponteiro no relógio, as pessoas andando em passos lentos, até mesmo o vento que entrava através da janela da sala de aula, a boca da professora que se movimentava enquanto ela explicava o exercício pra se feito em casa, acho que entendi o que estou sentindo, e isso se chama tédio.

Eu ainda tinha que suportar Friend, falar sem parar ao meu lado. Às vezes ela parecia um rádio velho quebrado, acho que era aquilo que fazia minha dor de cabeça aumentar, fora o seu perfume forte e enjoativo. Uma coisa que me arrependo muito na minha vida é estar namorando com Friend.

— Dá pra você parar de colocar a mão na minha coxa – Era a décima vez que aquelas palavras saíam pela minha boca, apenas hoje — Isso já tá ficando chato. – Tirei sua mão pela última vez dali, voltando a deitar a cabeça sobre meus braços cruzados.

— Cala a porra dessa boca – Falou próximo ao meu ouvido — Eu sou sua namorada, então eu coloco aonde bem entender – Revirei os olhos arrumando minha postura.

— Você é a droga da minha namorada, não a dona do meu corpo – Falei a encarando seriamente — Então, se eu disse que não quero a nojenta da sua mão na minha perna, então não é pra pôr – Nesse momento Friend olhava com olhar de raiva, por está a desafiando daquela forma.

— Está tudo bem aí, senhorita Armstrong? – Escuto a voz da professora e então finalmente parei de encarar Friend, ao virar meu rosto na direção da professora, vejo que todos os olhares daquela sala estavam em mim, alguns meio chocados com a minha reação.

— Está sim – Falei simples pegando uma caneta e começando a rabiscar qualquer coisa no meu caderno.

— Voltando aqui pessoal... – Senhora Kelly fala voltando sua a explicação sobre células.

Estava cansada de fingir ser a garotinha inocente e boba que Friend acha que sou, deixei ela se iludir demais achando que ela pode simplesmente me manipular. Ela pode ter me enganado no começo, quando ela disse que iria me ajudar a ter quem eu queria, mas faz um bom tempo que o jogo virou.

Quando olhei pela última vez no relógio, o sinal soou indicando fim da aula. Arrumei minha mochila com tranquilidade, levando em seguida pra me encontrar com Freen no portão do colégio. Sentir meu braço se puxando com força e eu sabia muito bem quem era.

— Qual é o seu problema? – Friend falou depois que o último garoto passou pela porta — Deu pra me desafiar agora?

— Eu não tenho nenhum problema – Falei puxando meu  braço do seu aperto — Te desafia? – Rir.

— Sabia que eu tô gostando mais do que deveria disso? – Disse com um sorrisinho malicioso colando seu corpo no meu.

— Dá pra você se afastar, você está invadindo meu espaço pessoal.

— Qual foi Becky, que tal a gente ir lá pra casa. Então a gente final... Você sabe né? – Ela se inclinou pra me beijar mas eu virei o rosto — Pra gente fuder bem gostoso na minha cama.

— Você parece aqueles machos escrotos falando – Olhei pra ela com nojo.

Ela passou seus braços pela minha cintura com força, segurando em seguida meu rosto e me beijou à força.

— Sua puta – Me xingou assim que mordi sua boca a empurrando para longe de mim.

— Espero que tenha aprendido a lição.

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