CAPÍTULO 40

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Freen Sarocha | Point of View
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Meus olhos se abriram ao pouco, piscando algumas vezes tentando se acostumar com o pouco de luz que invadia meu quarto. Busquei pelo celular sobre a mesinha ao lado, e olhei as horas que marcavam exatamente dez da manhã. Sorri admirando a foto nossa que Becky tinha colocado no meu bloqueio de tela.

Fiquei mais algumas horas com o olhar fixo no teto do quarto enquanto vários pensamentos dançavam pela minha cabeça, pensamentos esse que tem haver com próximo ano que se aproxima. Verdadeiras responsabilidades que vão aumentar assim que eu assumir a máfia, não deixo transparecer muitas vezes mas tenho vários medos, e um deles é falhar com meu pai.

Preciso ter uma conversa com o papai. Saí da cama e caminhei até o banheiro, para começar a fazer a rotina matinal de sempre. 

Assim que terminei de fazer tudo que era preciso, peguei o celular e coloquei junto da carteira no bolso da calça jeans clara, pegando também os óculos escuros e pendurados na camisa social branca. Ao entrar na cozinha preparei algumas torradas e comi rapidinho acompanhado por uma vitamina de banana, após terminar lavei tudo que foi usado para não deixar nada sujo.

Peguei as chaves da moto e desci para o estacionamento, esperava que o trânsito não estivesse tão lento.
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Quando passei pela porta da casa dos meus pais, a primeira voz que ouvi foi da minha mãe que dava uma bronca no meu pai, tive vontade de rir mais me segurei.

— Freen, ainda bem que você chegou. – Papai veio rapidamente com os braços abertos me abraçando apertado. — Vamos sair para comprar algumas coisas que esquecemos de comprar.

— Willian Chankimha, nem tente fugir de mim! – Mamãe gritou da cozinha.

— Vem filha. – Meu pai me puxou pelo braço, não me dando tempo pra falar nada.

— Pai calma. – falei rindo dele, que me puxava até o carro.

Assim que entramos, ele deu partida no carro na direção do mercado mais longe possível de casa. Depois de alguns minutos e minha crise de riso tinha passado, perguntei ao meu pai o que tinha acontecido para ele estar fugindo da mamãe.

— Sua mãe quer ter outro filho, ela tá com isso na cabeça desde que Susan apresentou Atlas pra ela.

— Agora entendi, mas porque o senhor não quer?

— Não sei. – suspirou — Tenho que processar tudo isso. – Ele riu.

— Mudando de assunto, Nam vai para o almoço?

— Não sei, tentei falar com ela mas ela não quis falar comigo. Não entendo sua irmã, sua mãe conseguiu falar com ela, e ela disse que iria ver.

— Nam mudou muito, sinto saudades da minha irmã. – Suspirei subindo os óculos para a cabeça. — Pai, queria conversar com senhor algo.

— Pode dizer. – Ele sorriu, dando uma rápida olhada na minha direção e voltando a focar no trânsito.

— Sei que ano que vem, o senhor que se aposentar da máfia e vai passar o comando pra mim. O senhor não acha que está muito cedo? Eu tenho medo de falhar. – falei nervosa e ele sorriu novamente pra mim.

— Medo é normal, quando foi minha vez eu também tive muita, acredite. Mas não vou deixar você sozinha, vou está ao seu lado auxiliando. Não vou jogar tudo na sua costas assim filha, sei que é muita responsabilidade.

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