Sobre Meu Olhar

CAPÍTULO 30

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Becky Armstrong | Point of View
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Será que hoje vai ser meu último dia? Não sei, apenas o universo saberá.

Meu corpo estava completamente dolorido, era como volta no tempo, exatamente na época que sofria com os espancamentos dos meus genitores. Essa era a quinta vez que Lucas acertava aquele maldito chicote nas minhas costas, tentando tirar algum grito de dor da minha garganta.

— Vamos tentar novamente, qual é a identidade do homem que seus pais trabalham? – Perguntou olhando dentro dos meus olhos.

Eu apenas ri da sua cara, sem dizer nada. Percebi ele trancando o maxilar e em seguida acertar um soco na minha boca, senti o sangue mina na minha boca e então cuspi na cara dele que se afastou com raiva, passei a língua lentamente sobre meus dentes que estavam coberto de sangue enquanto sorria pra ele.

— Você quer saber a identidade do cara? Ok, o nome é Tonhão da 17.

— Garota, você não deveria brincar comigo. Eu vou matar você. – Ri novamente vendo ele ficar cada vez com mais raiva.

Talvez, eu gostasse de brincar com a morte.

— Espero sair morta mesmo, porque se eu sair com vida desse maldito lugar. Eu vou até no inferno atrás de você e ter mostra como se tortura alguém. – Sorri.

— Vocês dois. – Falou para dois babacas que estavam no fundo da sala, Seng e Yuri. — Soltem ela e coloque amarrada novamente na cadeira, e bem apertado, quero ver se ela vai continuar com esse sorrisinho rosto.

Os dois babacas chegaram até onde estava acorrentada e me soltaram, fazendo exatamente o que foi mandado. Cada vez que eles apertavam mais àquelas cordas envolta do meu tórax, a dor nas minhas costas ficava insuportável, estava me sentindo como uma laranja no espremedor, mas não iria dar a ele o gostinho de ouvir meu gritar de dor. Senti o sangue escorrer pelas minhas costas, e era como se tivesse vários espinhos entrando em mim.

Engolir com força toda aquela dor, meus braços era como se estivessem sendo arrancando, uma pequena lágrima solitário escorreu do meu olho fazendo Lucas sorrir.

— Uma lágrimas Rebecca? – Ele passou a ponta do dedo no meu rosto, reconhecendo a pequena lágrima de dor. — Que fraquinha.

— Eu... Espero sair... Morta daqui... Porque se não... Eu vou fazer pior... Com você. – Falei com dentes travados enquanto aquelas cortadas me apertavam cada vez mais e mais.

Aqueles malditos estavam querendo rasgar a minha pele? Acho que sim. Apertei os lábios e os olhos com força quando senti a lâmina do canivete deslizar sobre minha coxa esquerda, fazendo mais sangue sair do meu corpo.

— Você não vai sair com vida daqui. – Ele se afastou jogando o canivete na mesa, fez um sinal para Seng e Yuri soltar as cordas, fazendo o aperto alivia um pouco. — Vou te dar um descanso, espero que quando voltar, você fale o que eu quero. Yuri você vem comigo, Seng você fica de olho nela.

— Como se... Eu fosse fugir. – Ri e levantei a cabeça totalmente ofegante.

Yuri me algemou e entregou a chave para Seng, voltei a abaixar a cabeça tentando recuperar meu fôlego ao pouco, sentir meu próprio sangue embaixo dos meu pés e pela quantidade eu estava sangrando muito. Ouvi a porta da sala finalmente bater, significado que eles já tinham saído.

Escutei o barulho de uma cadeira ser puxada e parar na minha frente, Seng abriu as algemas mas eu não sentia nada eles estavam completamente adormecidos.

— Becky? – fiquei em silêncio. — Desculpa, eu não queria estar aqui fazendo isso com você. Fui ameaçado por Lucas e Friend, eles me ameaçaram dizendo que me daria um tiro se não fizesse o que eles queriam. – Ele dizia enquanto limpava o sangue que escorria da minha perna.