CAPÍTULO 32

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Freen Sarocha | Point of View
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Quando entrei naquela sala e vi como Becky estava, era como se uma parte de mim se perdesse por alguns segundos. Ela estava coberta de sangue ao lado do corpo de Seng, seu rosto bastante machucado e inchado além dos vários cortes espalhados por seu corpo.

— Becky? Amor. – falei com voz trêmula correndo até ela. — Eu tô aqui amor.

A peguei nos braços com cuidado deixando as lágrimas finalmente descerem, fazia tempo que não chorava daquela forma, a única vez que chorei assim foi quando meu cachorro morreu. Ver minha Becky daquela forma era horrível, assim que ela deitou a cabeça no meu peito pude perceber que tinha desmaiado. Então sair rapidamente daquele lugar horrível, para podermos irmos o mais rápido possível até um hospital. 

— Enid! – Chamei pela loira que veio até mim correndo. — Temos que levar ela até o hospital rápido.

— EMMA!! CUIDA DE TUDO!! – gritou para a morena que apenas fez um joinha com dedo.

Caminhamos até o carro a passo rápidos, Enid abriu a porta de trás me ajudando a entrar com Becky em meus braços, assim que entramos levei dois dedos até seus pescoço tentando sentir sua pulsação, que estava bastante fraca.

— Vai Enid, o mais rápido que você puder. – falei assim que ela deu partida no carro.

— Calma, ok.

— Não me peça calma, Enid!!

— Calma porra, Becky não vai morre. Mas se você continuar gritando, quem vai morrer nessa merda será nós três. – Enid disse com raiva, pisando no acelerador sem dó. Ok, essa é a primeira vez que escuto Enid xingar.

Fiquei em silêncio, enquanto via as coisas passarem pela janela como vulto. Ainda bem que Enid era piloto de fuga, porque se fosse Emma nesse volante, eu estava imaginando nossa morte.

Respirei fundo e voltei meu olhar para Becky, tirei alguns fios de cabelos que estavam grudados no seu rosto e colei minha testa na sua, fazendo em seguida um carinho na sua bochecha inchada, mais lágrimas escorriam pelo meu rosto.

— Ela vai ficar bem Freen. – Não falei nada.

Deixei um selinho nos seus lábios sentindo sua respiração fraca bater no meu rosto.

— Por favor, não me deixe, ok? Eu preciso de você, como necessito de ar para respirar. – sussurrei baixinho.

Espero que ela tenha me escutado.
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Quando chegamos no hospital, minha mãe já nos esperava com uma maca e mais dois enfermeiro. Fiquei um pouco surpresa com aquilo, mas Enid disse que ligou avisando para ela que estávamos vindo e Becky estava muito ferida. Assim que coloquei ela deitada na cama os enfermeiros colocaram um reanimador manual nela, levando às pressas para dentro.

— Mãe, ela vai bem né? – Pergunto a seguindo.

— Pelo estado dela, ela deve ter perdido bastante sangue e vai precisar de uma transfusão sanguínea. Agora fiquei aqui, daqui a pouco volto. – Ela disse sumindo pela porta de emergência.

Caminhei até a sala de espera me juntando a Enid, coloquei os cotovelos sobre os joelhos enquanto focava minha visão no chão daquele hospital. Sinto a mão de Enid no meu ombro na tentativa de me confortar.

— Becky é forte, fique tranquila.

— Eu sei, ela não é louca de me deixar sozinha. – Sorri entre lágrimas.

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