CAPÍTULO 13

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Freen Sarocha | Point of View
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Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi subir para quarto. A casa estava um completo silêncio, significado que meu pai já tinha saído e eu estaria sozinha por um tempo. Tirei o moletom e os tênis, ficando apenas com as meias brancas. Peguei o controle que estava sobre a mesa, ligando logo em seguida numa temperatura média, deixando o ambiente do quarto mais quentinho. Me sentei na cadeira começando a folhear meu sketchbook para começar meu primeiro desenho de hoje.

Assim que a primeira linha foi traçada no papel, o som de notificação se fez presente duas vezes seguidas, apenas olhei de lado vendo o número desconhecido na tela, franzir as sobrancelhas deslizando o dedo sobre a tela desbloqueando o aparelho.

"Acho melhor você se afastar dela, se não quiser sofrer com as consequências."

"Ela é perigosa."

Soltei uma gargalhada sincera vendo aquelas mensagens sem contexto algum, pessoas me ameaçando? Isso é novidade pra mim. Neguei com a cabeça batendo a lateral do celular na palma da minha mão, senti meu celular vibrar outra vez com a chegada de outra mensagem.

"Estou avisando para o seu bem."

Antes de tudo, a primeira coisa que eu queria saber era quem era o corajoso ou corajosa que estava tendo aquela coragem toda para me ameaçar. Se essa pessoa soubesse quem era o verdadeiro perigo aqui, não estaria me ameaçando dessa forma, pobre inocente.

Mas, quem é essa pessoa perigosa? Becky? Tenho certeza que ela não mataria nem uma formiga, vai ser perigo para a minha pessoa? Não. Fiquei alguns minutos pensando no que fazer, eu poderia muito bem deixar aquilo de lado, mas eu queria muito saber quem era a pessoa. Então, resolvi ligar para alguém que vai conseguir descobrir isso bem rápido.

Disquei o número da minha prima que só me atendeu na terceira vez que liguei.

— Caramba, onde você estava?

— Jogando, eu tenho uma rotina bem corrida.

— Sua rotina é ficar enfurnada dentro de um quarto jogando, Emma.

— Respeita minha rotina, ok?!

— Eu preciso da sua ajuda.

— Sabia, você nunca me liga.

— Não seja dramática. – Falei ficando de pé começando a caminhar pelo quarto — Preciso que você descubra quem está enviando mensagens anônimas e me ameaçando.

— Ameaçando você? Esse tem coragem.

— Então, vai fazer esse favor pra mim?

— Claro né, somos família. Mais...

— Fala logo, o que você quer Emma?

— Arrumar um encontro com Sadie?

— Isso não vai rolar, Sadie está saindo com a Nam.

— Que droga!! Então me arruma um encontro com a Becky?

— Myers, você quer morrer?

— Tô brincando – Ela riu — Não quero nada então, vou fazer de graça pra você prima. Posso hackear seu telefone então?

— Pode, quando descobrir me ligue imediatamente.

— Sim senhora.

— Tchau – Falei encerrando a chamada.

Ao terminar a chamada, voltei para o desenho que tinha começado com alguns rabiscos aleatórios. Estava pensando em desenhar alguma paisagem, então comecei a traçar as primeiras linhas dando vida a um belo campo de margaridas, sendo banhadas por um lindo amanhecer que nascia atrás das montanhas rochosas ao fundo.

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