CAPÍTULO 15

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Freen Sarocha | Point of View
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Hoje seria um dia que eu não iria me estressar, mas quando vi Friend segurar Becky daquela maneira, eu realmente fiquei com muita raiva. Tinha acabado de sair da minha primeira aula, e hoje por incrível que pareça estava com bastante fome, ainda bem que trouxe dinheiro suficiente para comprar aquela lanchonete inteira se possível.

Depois que enfrentei uma fila enorme, consegui comprar alguns donuts, dois sanduíches e uma lata de coca cola, aquilo daria até eu chegar em casa. Enquanto caminhava no corredor em direção ao telhado onde sempre ficava, senti meu braço se agarrado fazendo meu lanche ir ao chão, soltei um gemido de dor com impacto forte nas minhas costas e cabeça contra a parede.

Fechei os olhos com força, senti minha camisa se agarrada pela gola, seguido por dois socos fortes na boca, sentir o gosto de ferro surgir fazendo minha boca se encher de sangue, fui empurrada novamente contra a parede e finalmente levantei a cabeça.

— Eu não falei para você se afastar dela, sua desgraçada – Dei um sorriso largo mostrando cada dente que tinha na boca passando a língua sobre cada um, que se encontrava coberto de sangue.

— Tinha que se você – Falei olhando pra sua cara vermelha de raiva.

— Do que você tá rindo? – Perguntou desferindo outro soco no meu rosto, rir daquilo cuspindo o sangue que tinha se acumulado na minha boca — Tá gostando de apanhar, sua otária.

— Quando você terminar me avise, porque estou com fome. E vou ter que comprar outro lanche, já que você estragou o meu – Falei passando o polegar no canto da boca limpando o sangue.

— Entende uma coisa Freen, Becky é minha, para de querer sempre as minhas coisas – Aquilo fez um ódio tão grande crescer em mim, ela está tratando Becky como um objeto? É isso mesmo?

Empurrei ela com força fazendo ela me largar e cambalear para trás, segurei sua camisa dando três socos seguidos no seu rosto sem pena alguma. 

— Olha aqui – Falei pressionando meu antebraço no seu pescoço com ódio — Você pode me bater o quanto quiser, mas nunca trate Becky como um objeto qualquer.

— Eu tra-to do jeito que eu qui-ser, ela na-mora comi-go. – Disse gaguejando por conta do aperto no seu pescoço.

— Não, você não trata – Falei batendo sua cabeça na parede a largando em seguida ao ouvir seu grito de dor.

— Vo-cê não conhece aque-la vadia.

— E você acha que me conhece? – Rir limpando o sangue da minha boca — Não se meta comigo novamente. – Disse pegando minha mochila no chão caminhando para fora daquele corredor logo em seguida.

— Isso não vai ficar assim, Freen!! 

— Eu vou estar esperando você, Friend!! – Falei sem olhar pra trás.

Desci meu olhar para minha camisa branca manchada de sangue, não acredito que sujou meu uniforme. Ao passar por alguns alunos que me olhavam espantados pelo meu estado, apenas dei de ombro não ligando para os olhares e cochichos deles, andei tranquilamente até a enfermaria do colégio para fazer um curativo na minha testa por conta da pancada e colocar um pouco de gelo no rosto.

Assim que entrei a enfermeira se espantou ao ver meu estado caótico.

— Que isso, foi atropelada por um carro.

— Mais ou menos isso. Tem como você me livrar das próximas aulas? – Ela estreitou os olhos colocando as mãos na cintura — Te dou duzentos dólares.

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