Sobre Meu Olhar

CAPÍTULO 24

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Freen Sarocha | Point of View
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Na manhã seguinte, sou acordada pelo barulho do meu celular tocando. Solto resmungo e sinto Becky se virando para o outro lado, pego meu celular na mesinha ao lado atendendo a chamada sem nem mesmo olhar quem era.

— Alô? – Falou meio grogue de sono enquanto me sento na cama coçando os olhos.

— Freen? Acordei você? Desculpa. – Era meu pai.

— Tudo bem pai. – Digo me espreguiçando — Aconteceu algo?

— Não, daqui a pouco estou indo para Londres e queria me despedir de você.

— Assim, vou lavar apenas o rosto.

— Ok, vou esperar você no meu escritório.

— Sim senhor. – Encerro a ligação e caminho até o banheiro para lavar o rosto.

Após terminar de fazer o necessário, voltei novamente pro quarto sentado ao lado que Becky estava virada dormindo feito uma pedra. Tirei alguns fios que cobriam seu rosto fazendo um carinho na bochecha, ela dormia tão tranquila que parecia um bebê. A chamei pelo seu nome baixinho próximo ao seu ouvido, deixando alguns beijinhos no seu rosto.

— Hum...

— Acordar babe.

— Que horas são?

— Oito e meia, mas estou acordando você porque tenho que ir.

— Por que? – Pergunta abrindo finalmente os olhos.

— Meu pai, vai voltar para o trabalho e quer se despedir de mim antes.

— Entendo, mas você dormirá hoje aqui de novo, né?

— Hoje não.

— Por que não? – Fez bico abraçando meu pescoço.

— Vou me ocupar o domingo todo, e à noite terei muitas atividades do colégio.

— Você faz aqui. – Existiu.

— Babe, prometo mandar mensagem.

— Tudo bem. – Se deu por vencida.

Deixei um beijo rápido na sua bochecha fazendo ela sorrir.

— Já vou indo, volta a descansar.

— Tá bom.

Fiquei de pé dando a volta na cama pegando meu celular e o pondo no bolso, saindo em seguida do quarto de Becky enquanto arrumava minha camisa. Ao descer, encontro Enid e Emma deitadas juntas um por cima da outra dormindo, não sei porque essas doidas não foram pro quarto que Becky preparou para elas, acho que foi muito álcool no sangue.

Detesto acordar pessoas, mas fazer o que né? Tenho que levar essas doidas para casa. Chamo as duas em um tom alto, as sacudindo com força sem nem me importar de derrubar Enid no chão.

— Levanta, temos que ir para casa.

— Acorda as pessoas com delicadeza pelo menos. – Enid reclama enquanto se levanta do chão.

— Mais eu acordei.

— Deus me livre, quero nem imaginar você não sendo delicada. – Emma diz esfregando as mãos nos olhos, dou de ombro caminhando até a porta sendo acompanhada pelas duas.

Destranco e saímos de casa.

Ao passar pela porta da minha casa junto de Enid e Emma, encontro a pequena mala que meu pai sempre leva para a viagem próxima a porta. Vou até a sala encontrando minha avó numa conversa bastante animada com Wednesday.