— Acorda! Querida! Vamos, venha comigo! — Uma mulher loira, com olhos bem azuis, me acordava em meio à uma sala branca, haviam brinquedos no chão, e alguns desenhos na parede.
— Onde nós vamos?
— Vamos aproveitar a oportunidade, vamos fugir! — Explicou, vestindo um casaco em mim, estava frio naquele dia, e eu não conseguia entender.
— Papai não vai gostar disso...
— O papai está ocupado agora, você não precisa se preocupar. — De repente, um alarme começou a soar, as luzes do lado de fora ficaram vermelhas, ouvi tiros. — Está tudo bem, não vamos nos machucar. Você não vai se machucar.
— Promete?
— E-eu prometo Seis. — A bela mulher me deu um beijo na testa, e me levou para fora do quarto pela mão.
Ouvimos tiros no fim do corredor, haviam médicos e enfermeiros correndo de um lado para o outro.
— O que está fazendo?
— O doutor Brenner pediu para levar as crianças para o playground. — Ela disse, me escondi atrás da mesma, meu coração estava acelerado.
— Nenhuma criança sai do quarto. — O doutor disse, desconfiado.
Outro tiro, ela o matou, seu corpo caiu morto no chão. Quando acordei, já era manhã, outro pesadelo estranho, papai? Doutor Brenner? E quem é aquela mulher? Era hora de levantar, para enfrentar Lizzie e toda a escola. Meu rosto estava péssimo, resultado de uma noite mal dormida. Tomei banho e voltei para o quarto, pensando no que iria vestir para enfrentar este dia, Grace havia deixado meu uniforme de líder de torcida em cima da cama, fiz um coque alto com um laço da cor do uniforme, e vesti meu uniforme.
— Bom dia, olha só como você está linda. — Grace disse, sorridente, meu pai nem conseguia me olhar, estava irritado ainda.
Ela veio até mim, ajeitou meu laço, e deixou um beijo em minha testa. Sentei-me na frente do meu pai, perto da mesa, e me servi com panquecas de maçã e alguns morangos, coloquei muita chantilly.
— Emm, chantilly. — Grace repreendeu, era hora de parar.
— Pai.
— Preciso ir, vou chegar tarde pro jantar, esteja em casa depois da aula para cuidar da sua irmã. — Pediu, mais como uma exigência.
— Entendi.
— Entendeu? Da escola para casa, da casa para a escola. — Engoli em seco, ele certamente estava bravo.
— Ei, vamos aliviar o clima, aqui está bem? Emma já se arrependeu pelo que fez, e o seu pai já pediu desculpas pela briga.
— Você pediu por ele. — Resmunguei para mim, meu pai fez que não ouviu.
— Estou indo. — Ele se despediu da esposa com um beijo, e saiu porta à fora.
Soltei os ombros, aliviando a tensão, Grace me encarou com pena do desentendimento, estava chateada por nós dois.
— Vai ficar tudo bem, ele só é um pouco cabeça dura.
— Ele nunca brigou comigo antes... — Resmunguei para mim, e dei uma colherada na panqueca com morango.
— É normal querida, eu mesma já discuti muito com a Kat, e agora ela é quem toma as próprias decisões. — Grace segurou meu ombro, tentando me reconfortar.
— Sinto falta dela, teve notícias?
— Ela me ligou esses dias para reclamar do Steve, e dizer que haviam terminado. — Grace retirou meu prato, agora vazio, e levou até a pia.
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Garota Estranha, Stranger Things
Fanfiction༄ Stranger Things ❝ Tudo muda quando uma garota estranha muda-se com sua família para uma cidadezinha em Indiana. Emma terá que lidar com sua nova vida enquanto explora os mistérios de Hawkins, mas felizmente terá seus amigos ao seu lado, a quem...