013) Garota problema

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𝕂𝕒𝕥𝕚𝕖 𝔽𝕣𝕖𝕪𝕖𝕣

Uma explosão chamou minha atenção, parecia vir do centro da cidade, Steve pulou da poltrona assustado. Quando olhei pela janela, uma nuvem de morcegos parecia se espalhar pelos céus, se espelhar por Hawkins.

— Ai meu deus, Steve! — Chamei, minhas mãos tremiam ao tocar a janela, Steve veio até e olhou pela janela.

— Puta merda! E-eu preciso ir, fica aqui. — Ele disse indo até a porta, o segui.

— Espera! — Corri atrás dele, enfermeiros e policiais corriam rapidamente. — Steve!

— Kat, fica aqui, fica com o seu pai.

— Não, não, escuta minha irmãzinha ta lá fora. Nós brigamos, mas eu preciso saber se ela está bem, se está segura. — Expliquei, ele negou, tentando me afastar. — Sem chance de você sair desse hospital sem mim.

— Ninguém vai a lugar nenhum. — Um policial alto e forte avisou, enquanto conversava com uma enfermeira.

— Senhor, meus amigos estão na escola, a maioria foi evacuada para lá. Nós temos que verificar.

— Escute filho, as portas estão fechadas até o amanhecer. Nós já contatamos os militares, meu trabalho agora é manter todos aqui, seguros. — Ele dizia, movimentando as mãos de forma calma para cima e para baixo.

— Como é? O meu marido e meus filhos estão lá fora! Eu exijo sair para vê-los! — Uma mulher foi à frente, com o braço engessado e alguns ferimentos no rosto, ela começou a confronta-lo. Steve e eu aproveitamos a deixa para correr até a porta, o policial tentou passar, mas a senhora se colocou em sua frente impedindo-o.

— Vocês dois! Esperem! Não é seguro lá fora! — Gritou com a mão no coldre, postura clássica de um policial fora do controle.

Steve segurava minha mão tão forte que parei de sentir, estava dormente. Ele me puxou de um lado para o outro, até que apontou para um carro qualquer no meio da estrada, com a porta aberta.

— Entra, entra! — Me empurrou para dentro, entrei no carro e pulei para o banco ao lado. Para nossa sorte, as chaves ainda estavam lá, Steve ligou o carro velho e dirigiu com cuidado até a escola, meu coração estava acelerado e a boca seca, as mãos de Steve pressionavam firme o volante. Engoli em seco, quando voltei meus olhos para a estrada, um monstro pulou no carro na nossa frente, seu corpo era magro e esguio, e a boca se abria feito uma flor. — Puta merda!

Steve freou o carro bruscamente, e deu a ré, o monstro pulou na nossa frente e gritou alto e estridente, cobri os ouvidos fazendo uma careta.

— Steve atropela ele.

— O que?! — Gritou incrédulo.

— Passa por cima cacete! — Mudei a marcha, Steve pisou no acelerador e bateu com tudo no monstro, ele ficou amassado entre o carro da frente e o nosso.

— Que merda. — Ele praguejou, tirei o cinto e saí do carro. — Por aqui, não é muito longe.

Steve me levou pela mão, parando em algumas esquinas como se fosse minha mãe quando criança, ele olhava atentamente para os dois lados, com os olhos arregalados assustado. Quando entramos na escola, os corredores estavam escuros e vazios, parece que havia sido abandonada faz horas.

— Chegamos tarde. — Praguejei num sussurro, Steve encarou o chão. De repente alguém apontou uma arma com uma lanterna para a minha cara, levantei as mãos, assustada.

— Calma. Somos só nós dois. Viemos ajudar. — Steve explicou, o policial baixou a arma.

— Fiquem quietos, e me sigam. — Ele pediu e virou-se, seguiu pelos corredores com passos lentos e silenciosos até o ginásio.

Garota Estranha, Stranger ThingsOnde histórias criam vida. Descubra agora