015) Natal Estranho (Especial)

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Hawkins, Indiana
24 de Dezembro de 1985

🎀

Estava frio, Hawkins parecia mais sombria do que o normal, com exceção de uma casa, bem decorada e aconchegante para qualquer um que visitasse.

— Estamos um pouco atrasados, espero que gostem de cookies. — Grace segurou firme um pote retangular, repleto de cookies com gotinhas coloridas.

— Emm, você está linda. — Clarke disse ao ver a filha, levemente ansiosa, pelo espelho retrovisor do carro.

— Está mesmo. — Grace concordou sorridente.

A mais nova estava realmente linda, mas não se importava com isso, tudo que queria agora era reencontrar os amigos, sua ansiedade fazia levemente bater os pés. Quando finalmente sentiu o carro diminuir a velocidade, em frente a uma casa na qual ela nunca poderia esquecer, a garota saiu do carro, logo que o pai estacionou, ajeitando o vestido azul escuro.

— Emm, espere por nós! — Grace pediu, acariciando a barriga enorme.

O bebê estava quase chegando, e ela já sentia o peso da gravidez em suas costas, quando chegaram em frente a porta, a sra. Wheeler abriu, animada em recebe-los.

— Fico feliz que vieram, mesmo com tanta neve! — Dizia, dando espaço para entrarem. — Emm, as crianças estão lá em baixo.

Emma não contou tempo, e desceu rapidamente buscando os amigos, o porão estava repleto de luzes de natal, e seus amigos estavam em volta de uma mesa, comendo e contando suas experiências na escola.

— Emma! Sentimos tanto a sua falta! — Max pulou de onde estava, e abraçou a amiga, Jane fez o mesmo. Will ficou sem jeito ao notar a presença da garota, tentando conter a animação.

— Oi pessoal, o que estão fazendo? — Perguntou.

— Jane estava contando como é na nova escola. — A ruiva respondeu.

— É legal? — Emma sentou-se em frente a Will, o garoto assentiu em resposta, estava tão diferente em poucos meses.

Ombros largos, um novo penteado curto, e levemente ondulado, e a jovem tinha quase certeza de que ele havia crescido alguns centímetros.

— E o Hunter? — Max perguntou. — Ele vem?

— Acho que não, nós não nos falamos mais depois que ele foi para o Maine. — Deu de ombros.

— Nem por telefone? — Max acrescentou.

— Mike me ligou todas as noites depois que nos mudamos. — Jane acrescentou, com receio do relacionamento da amiga.

— Então vocês terminaram? — Max continuou.

— E-eu não sei, talvez? — Deu de ombros pensativa.

O cômodo ficou silencioso e desconfortável, até Nancy descer e os chamar para o jantar, a sala de jantar dos Wheeler nunca esteve tão animada, pratos e potes passados de um lado para o outro, risadas e o calor do momento.

— Já pensarem nos nomes? Vai ser menino ou menina?

— Ainda não sabemos.

— Pensamos em Nathaniel se for garoto, em homenagem ao avô da Grace, ou Hailey se for garota.

— São lindos nomes — Joyce acrescentou.

— Já se acostumou com as dores nas costas? Lembro de quando estava para ter o Mike, nunca me senti tão travada. — Karen brincou.

— Mãe! — Mike repreendeu, envergonhado.

— O que foi? Estou falando a verdade, não tem porquê ter vergonha.

Garota Estranha, Stranger ThingsOnde histórias criam vida. Descubra agora