014) Verão Estranho

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— Querida, acorda! Katie! — Katie acordou atordoada, com a mãe chamando.

— M-mãe? O que está fazendo aqui? — A garota levantou de onde estava, confusa.

— Decidimos voltar, não era certo deixar vocês, onde estão as meninas? O Clarke não estava com vocês?

— Eles... eles... estão. — Ela levantou, procurando por eles. — Temos que ajuda-los!

*

— Emma! Por favor! Não! — Jane se debatia no colo de Clarke, logo atrás da garota devorada.

Clarke a colocou no chão, ainda confusa, de repente o mais velho caiu no sono, e o coração de Jane acelerou, Emma estendeu a mão para ela.

— On, por favor, se junte a mim. Podemos ser irmãs, só você e eu.

Jane negou, ainda no chão por causa da perna, ela se rastejou para longe, Emma correu para cima da garota e segurou seu pescoço apertando-o.

— E-emm para! — Jane dizia, com dificuldade, sentindo o pouco ar que lhe restara, saindo por sua garganta.

— Se não se juntar a mim! Os seus amigos! A sua família! Vão todos morrer! — Emma segurou a cabeça de Jane, tentando entrar.

— Não! — Gritou.

— Me deixa entrar! — De repente, o monstro devorador começou a explodir, com fogos de artifício, fazendo Emma cair em cima de Jane.

— Não vou deixar... ele... te tirar de mim. — Jane disse com dificuldade, Emma mal levantou, e sentiu o calor das mãos de Jane no seu rosto. — Estamos conectadas, eu to aqui, você não ta sozinha. Você é forte, não como eu, mas como você! E-e eu to aqui pra vencer ele. Se cairmos, vamos nos erguer, não consegue ver? Já somos irmãs Emm.

— Não. — Emma sussurrou, em hesito, Jane sabia que as lágrimas vinham da irmã em relutância, tentando se livrar do controle, suas lágrimas caíram sobre o rosto de Jane, fazendo-a sorrir.

— Volta pra mim Emm. — Ela sussurrou, limpando as lágrimas da menina.

Emma fechou os olhos e assentiu, ela se afastou e ajudou Jane a levantar, deram as mãos, e ficaram frente a frente com o Devorador.

— Juntas. — Emma disse, Jane assentiu.

As garotas levantaram, e apontaram as mãos para o grande monstro, Jane não tinha poderes mas tinha razão em uma coisa, Emma era forte, ela soltou a mão da irmã e caiu no chão. Emma por outro lado, levitou seu próprio corpo apenas com seus poderes, e controlou o Devorador, não haviam mais vozes, só uma, a dele. Sua conexão com ele nunca foi tão forte como dissera, ela podia ver tudo e mais um pouco, segredos, planos, de repente o monstro começou a se debater, até cair no chão e se desfazer em partes humanas, Emma voltou ao chão ao lado de Jane. O portal havia se fechado.

Três semanas depois...

Quando acordei, foi a coisa mais confusa pela qual já passei, ao invés de um completo caos, estava em uma sala limpa, com o som de uma TV velha ligada, flores e ursinhos no pé da cama, e o som dos passarinhos cantando do lado de fora.

— Pai? — Emma chamou, Clarke havia pego num sono em uma poltrona, assim que ouviu a voz da filha, pulou de onde estava.

— Emm?! Emma! — Foi até ela, com um sorriso no rosto.

— O que houve? — Emma tentava se esforçar para entender, como havia parado em um quarto de hospital.

— Você dormiu um pouco, só isso. — Brincou, tentando desviar o assunto.

Garota Estranha, Stranger ThingsOnde histórias criam vida. Descubra agora