Capítulo 04

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Pov's Lena Luthor

Fiquei até às duas da manhã naquele lugar. Pensei sobre tudo que estava acontecendo em minha vida e em como deixei as coisas chegarem nessa situação. Estou totalmente sem família porque todos estão mortos.  Meu relacionamento acabou. E de quebra a minha empresa está começando a passar pela primeira vez por crises financeiras. Nunca pensei que iria passar por isso, mas como falam..temos a primeira vez para tudo nessa vida.

Acordei com o toque do meu celular e resmunguei deixando ele de lado para abraçar o travesseiro. Fiz uma burrice de comprar uma garrafa de vinho para tomar sozinha lá em cima.. acabou que quando cheguei no quarto não tive forças nem pra trocar de roupa.

- O que você quer?! - minha voz saiu rouca na ligação com a Samantha - Não me conta problemas, estou com enxaqueca.

- Não deveria ter viajado sozinha, Lena. Estou preocupada, sabia? E a Kara também.

- Foda-se. Estou bem aqui.

- Tem certeza que não foi mais uma briguinha besta de vocês? Lena, não é a primeira vez que esse tipo de coisa acontece e no final vocês sempre acabam voltando.

- Dessa vez eu não vou voltar, Sam. Será que você pode desligar a ligação? Não estou a fim de discutir sobre algo que já está resolvido.

- Tudo bem. Te liguei para avisar que vou me reunir com um possível cliente seu hoje..se dê tudo certo vou te mandar a documentação pelo e-mail, a outra coisa é que preciso que me mande todo o orçamento do mês passado da empresa..as contas não estão batendo com meus cálculos e preciso fazer uma verificação um pouco mais cautelosa.

- Está achando que me roubaram, Samantha? - meus olhos finalmente se abriram com essa hipótese.

- Não vamos tomar verdades precipitadas. Estou verificando, me mande ainda hoje o que lhe pedir.

Concordei com um som nasal e ela desligou a ligação. Suspirei passando a mão no rosto pensando na possibilidade de ter contratado um golpista para cuidar do financeiro da L-corp. Não é atoa que ele me pediu demissão antes mesmo de encerrar o tempo estipulado no contrato.
Filho da puta. Se eu o encontrar, juro que mato.

Levantei da cama e liguei para o serviço de alimentação. Pedi meu café da manhã no quarto, são quase onze horas, e não estou afim de sair do quarto hoje. Fui tomar banho enquanto aguardava meu pedido chegar. A água quente relaxou meus músculos e eu saí do banho menos irritada. Vesti um conjunto moletom preto e liguei a televisão.

As batidas na porta chamaram minha atenção e eu fui abrir a mesma. Era a mesma senhora que me entregou o panfleto no primeiro dia, sorri simpática e puxei meu carrinho com as comidas para dentro do carro. Franzi o cenho quando vi uma caixa de remédios em cima da bandeja.

- Moça, eu não pedi isso daqui - peguei a caixa e entreguei a ela.

- Leia o cartão que está abaixo do frasco de açúcar.

Ela me deu as costas e foi embora. Fechei a porta colocando o remédio de volta na bandeja e peguei um cartão. As letras tinham uma cor bem forte de preto.

Soube que recorreu ao álcool durante toda a noite, Senhorita Luthor. Não acho que seja saudável dormir pela madrugada e embriagada. Muito menos andar nesse estado pelo meu cruzeiro. Poderia ter se machucado na volta para sua cabine, visto que, mantenho minhas luzes apagadas.

Espero que tenha acordado bem. Solicitei aos meus funcionários que mandassem remédios para ressaca, caso a senhorita ligasse pedindo seu café da manhã no quarto.

𝐎 𝐄𝐧𝐜𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐃𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞 | ʟᴇɴᴀ ʟᴜᴛʜᴏʀ ɢ!ᴘ ˣ ʸᵒᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora