Capítulo 20

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Los Angeles, Califórnia
22 de abril, 2018

— Mas eu não escutei nenhum barulho dela se fechando…

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— Mas eu não escutei nenhum barulho dela se fechando…

— Nunca te ensinaram a não deixar a porta ou a janela do seu quarto aberta? Assim fica mais fácil de alguém entrar… — uma voz grave masculina ecoou no silêncio do quarto.

Eu petrifiquei, não ousei mexer um músculo sequer.

Agora, uma sensação de desconforto se instala, e cada sombra ganha vida na penumbra. Mesmo a lua parece menos amigável, enquanto meu coração bate apressado, ecoando no silêncio tenso do ambiente.

A voz masculina continua, permeando o ar carregado de suspense.

— Você realmente acreditou que seria fácil me colocar para fora da sua vida, Cinderela? Engano seu...

Ouço passos lentos se aproximando, e a escuridão parece se intensificar ao redor. Sinto um arrepio percorrer minha espinha enquanto tento discernir de onde vem a sua voz.

Por que? Por que está fazendo tudo ao contrário do que eu disse? — perguntei, tentando ser firme, buscando coragem na escuridão, enquanto me virava.

O seu  vulto emerge das sombras, revelando a sua altura, e quanto estava perto, vestindo uma calça jeans rasgada no joelho, acompanhada com um tênis, e uma regata preta, por baixo de seu moletom da mesma cor que a escuridão. Seus olhos, penetrantes como a noite, fixam-se em mim.

— Você não disse que era para eu me ficar longe de você… — ele sorri, revelando um brilho sinistro nos olhos.

A tensão no quarto torna-se quase palpável, e uma sensação de perigo iminente preenche o ambiente. Enquanto a lua continua sua vigília silenciosa, estou à mercê de um encontro noturno que transcende o comum.

Quebrando a tensão do quarto, solto uma risada nasal.

— Você é tão burro… Que não entra no seu cérebro de minhoca que, eu também quero isso! — digo, forçando o meu indicador contra a minha têmpora.

— E você é tão perfeita que, cada centímetro seu, parece ter sido esculpido cuidadosamente do diamante Hope, e em menos de um mês, você fez com que eu ficasse extremamente louco por você… — ele sussurrou, mãos gélidas e ásperas pousaram uma em meu pescoço, e a outra em minha cintura.

Senti uma leve ardência nas minhas maçãs do rosto, e quase agradeci a deus por está tudo escuro.

Por um momento… Por a droga de segundo, quase acreditei que…

Fechei meus olhos, e permiti que o meu coração errasse uma batida… Permiti que aquilo acontecesse…

— Diz de novo… — não pedi, ordenei, deixando uma lágrima solitária cair lentamente.

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