Capítulo 23

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Los Angeles, Califórnia
22 de abril, 2018

Dylan encarou a porta, segurando a maçaneta

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Dylan encarou a porta, segurando a maçaneta. Com a voz gelada, ele perguntou:

— Por que?

— Porque não quero. — respondi, com a voz firme.

— Ah… — Dylan soltou uma lufada de ar, e logo em seguida soltou o meu pulso.

Ele vai mesmo acertar a minha decisão?

Dylan se vira para mim, com um olhar vazio.

— Você não quer dividir o mesmo quarto eu… — murmurou ele, parecendo triste. Mas logo um sorriso endiabrado surgiu em seus lábios. — Sem problema, eu te obrigo. — disse Dylan, em um tom simples.

Foi tudo tão rápido e de repente…

Mãos tocaram a minha cintura, o barulho da maçaneta se abrindo soou, as mãos que estavam em minha cintura desceram até minhas coxas, pressionando-as uma contra a outra, os meus pés saíram do chão, o meu corpo foi jogado sobre o ombro dele, como uma toalha. E antes que eu parasse para raciocinar ou poder fugir daquilo, nós já estávamos dentro do quarto, e Dylan fechando a porta com o pé

— O que você acha que está fazendo? Seu idiota, babaca! — exclamei, sacudindo a cabeça, para que alguns dos meus cachos saíssem do meu rosto. Logo em seguida, comecei a lhe dar cotoveladas em suas costas para que ele me soltasse.

— Vamos conhecer o nosso quarto. — disse ele simples.

— Não! Eu já disse — forcei a voz, dando-lhe outra cotovelada com mais força. —, eu.não.vou.dividir.o.quarto.com.você! — digo, palavra por palavra com raiva, forçando o maxilar.

— Que bom para mim. — disse ele, sem se importar com as cotoveladas ou com as minhas últimas palavras. — Eu nunca te escuto mesmo. — ele soltou uma risada nasal.

Desisti de fazer com que ele sentisse dor, e disse soltando uma lufada de ar.

Eu te odeio!

— Odeia tanto, que até agora não me pediu para te soltar. — Dylan soltou uma risada nasal.

— Não pedi, porque sei que você não vai me soltar! — digo em um rosnado furioso.

— Pelo menos tente. — Dylan disse, se movendo.

— Me solte. — pedi em um tom seco.

— Com educação. — a sua voz soou com veneno.

— Vá se fuder! — rosnei furiosa, dando-lhe outra cotovelada com toda a minha força.

— Que boquinha mais suja… — disse ele em desaprovação, estalando a língua no céu da boca algumas vezes. — Tente novamente, princesa. — ele parou em frente a um espelho.

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