capítulo 40

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Wanda

Bem, lembra do que eu disse no começo, sobre eu não conseguir controlar meus poderes direito quando eu fui pra escola? Pois é, pense nisso.

Respirei fundo e contei a história de como entrei na escola (omitindo a parte da origem dos poderes, obviamente) e depois comecei a contar a história das provocações:

— Naquela época, o bulliyng era meio... pesado. Sabe, me enfiavam em armários, me zoavam pelos corredores e me faziam me meter em encrencas às vezes. Uma vez, uma garota chamada Agatha chamou umas amigas pra me baterem, mas isso foi só uma vez – eu acrescentei, mas ela arregalou os olhos mesmo assim. – É sério, não é nada demais.

Natasha decidiu não dizer mais nada, apenas continuou me ouvindo.

— Enfim, eu sempre tentei ignorar. Mas só funcionou de verdade quando entrei pros Vingadores e as pessoas começaram a me respeitar.

"Eu sempre tive muito medo dos meus poderes. Quando aprendi a controlar, jurei pra mim mesma que nunca os usaria para o mal ou para me vingar de alguém. Eu poderia me descontrolar seriamente e acabar cometendo genocídios, no plural, em menos de duas horas. Então sempre que algum idiota tentava me provocar por eu fazer parte dos Vingadores (como sempre acontecia com os outros, mas eles revidavam), eu tentava deixar quieto, não me estressar e não usar meus poderes pra revidar."

"Eles tinham parado de fazer isso no ensino médio, quando viram a potência do meu poder e que rumo isso poderia levar. Mas acho que quando perdemos essa batalha... eles esqueceram disso."

Quando acabei, apoiei minha cabeça em seu ombro e tentei segurar as lágrimas, mas não funcionou bem. Comecei a chorar, pra caralho, e enterrei meu rosto em seu ombro.

Natasha não disse nada, apenas me puxou para um abraço e ficamos assim por um tempo até eu me acalmar. Ela é uma excelente ouvinte, sabe o exato momento de falar.

— Não acho que você iria perder a cabeça – ela disse, quando eu já não estava chorando. – Mas se tem tanto medo, posso dar um jeito neles pra você. Ninguém mexe com a minha garota.

— Que irônico – eu disse, sorrindo e ainda abraçada com ela. – Eu ganho numa luta contra você, mas não consigo cuidar dos valentões.

Ela fez uma cara indignada, o que me fez rir. Quando parei, olhei novamente para ela e vi que Natasha estava sorrindo apaixonadamente, o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida.

— Você é tão linda – eu disse e ela corou, ainda sorrindo. – Tão linda... que me dá ódio. Tipo, me causa dor, dor física. Caralho, você é muito linda.

— Tem noção de que está parecendo uma boiola apaixonada nesse momento?

— Isso porque você não está se olhando no espelho pra ver esse seu sorriso idiota.

Natasha sorriu mais e me beijou, eu retribui e nos beijamos lentamente por algum tempo. No fim, eu nem lembrava o que Loki tinha me dito naquele dia.

Depois, ela passou a amedrontar todos que falavam alguma coisa minimamente idiota pra mim.

a espiã e a vingadora- wantasha Onde histórias criam vida. Descubra agora